Fábio Vilas-Boas confirmou ontem que a eleição elevou o número de casos de coronavírus na Bahia
Foto: Reprodução
Por: Rodrigo Daniel Silva
O secretário estadual de Saúde (Sesab), Fábio Vilas-Boas, confirmou ontem que a eleição elevou o número de casos de coronavírus na Bahia. "Os números apresentam essa evidência de forma clara. Nós estamos vendo no interior taxa de crescimento superior ao que nós estamos vendo na capital. O tipo de política que se faz no interior, de campanha é muito diferente da capital. Há uma proximidade do candidato com o eleitor. Ele vai para rua, aglomera. A gente viu com paredões ambulantes, pessoas andando atrás de carro som, fazendo verdadeiras festas. Não eram comícios fixos, mas eram comícios móveis. E agora nós estamos vendo isso. Terminada a campanha tem havido um maior número de pessoas atendidas”, declarou, em entrevista à rádio Metrópole.
Vilas-Boas disse que, em algumas cidades, a taxa de ocupação de leitos de UTI está em 60%. O caso mais preocupante é Feira de Santana, onde ainda ocorre o segundo turno das eleições. Na Princesinha do Sertão, 90% dos leitos de UTI do estado estão ocupados, já os do município não têm nenhum vago. O secretário ressaltou que os leitos desativados, se necessário, serão reativados para atender novos pacientes.
O titular da Sesab ainda demonstrou preocupação com as festas de final de ano. "Nós temos que encontrar, nesse momento, uma forma de nos comunicar, de nos conectarmos, de conversar, dialogar com a sociedade para explicar para ela que de forma pode contribuir. Por exemplo, neste final de semana, refleti muito sobre como vai ser esse final de ano. É natural que nós durante os festejos de final de ano, de todas religiões, promovamos reunião de família, de amigos. Eu acho que esse ano precisamos conversar com a sociedade para que esses eventos não aconteçam. Temos que conversar sobre o Natal virtual, sobre o reencontro dos amigos de forma virtual”, pontuou.
Vilas-Boas não acredita que a vacina contra Covid-19 estará disponível antes do primeiro trimestre de 2021 no Brasil. Segundo ele, países do Hemisfério Norte devem ter preferência na disponibilização já que vão entrar no inverno, período em que a doença se dissemina mais rápido. “Quem precisa ser vacinado neste primeiro momento é quem está enfrentando seu período sazonal de doenças respiratórias. Então, os fabricantes tenderão a atender prioritariamente quem está na Europa, nos Estados Unidos, na Ásia para depois atender o Hemisfério Sul”, disse, ao ressaltar que a logística é um outro dificultador já que não teria como disponibilizar a vacina para todos.
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