Caros amigos
Durante a vida ouvi algumas vezes a frase
que dá título a este texto. Deveria ter prestado mais atenção a ela,
principalmente quando acreditei na sinceridade da mensagem “Brasil acima
de tudo”, adotada na última eleição presidencial.
Hoje, frustrado e decepcionado, sou
chamado de “desesperado” por aqueles que, tapando o Sol com a peneira,
teimam em acreditar em estratégias mirabolantes elaboradas por “enviados
de Deus” que, como gênios da lâmpada, atiram no que vemos para acertar
no que só eles e seus iluminados enxergam.
Há algum tempo, ainda acreditando em
rótulos, comprei livro da autoria de um conhecido astromante que
prometia tirar da pasmaceira quem o tivesse lido. Sentí-me um perfeito
idiota quando dei-me conta de que tinha apenas contribuído para
assegurar a boa vida do autor no seu autoexílio.
Há lições que realmente são difíceis de
serem aprendidas quando confrontadas com a esperança – principal
criadora das expectativas e das suas frustrações.
Assisto, sem qualquer prazer, orgulho ou
satisfação, ao desespero, este sim verdadeiro, dos falsos profetas e
seus fiéis seguidores para esconder e distorcer a realidade, mudar
planos e metas, fazer novas e impensáveis alianças para assegurar o
mandato e o poder, ao custo da coerência e da fidelidade às principais
promessas do protocolo de intenções que encantou quase 58 milhões de
brasileiros em 2018.
Em que pese o sucesso das obras de
saneamento básico propostas e executadas pelo Ministro da
Infraestrutura, a fragilização e a demonização da Operação Lavajato são
as maiores evidências de que o projeto de saneamento moral da Nação não
ultrapassou as barreiras da retórica e dos interesses pessoais e se
transformou em lamentável frustração.
O mesmo destino tomaram o programa Escola
Sem Partido, a meritocracia e o fim do execrável Presidencialismo de
Coalizão, com todo o pesar que causa aos que, como eu, acreditaram que
se dera início ao fim da politicagem, dos conchavos, do populismo e da
colocação de interesses pessoais acima de tudo!
Infelizmente a hora é da frustração e não
da mudança que o discurso transformou em esperança diante da qualidade
da equipe de governo que deu início ao que se pensava ser um “novo
tempo”.
Gen Paulo Chagas.
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