Muitas equipes de analistas, matemáticos, estatísticos e cientistas de dados têm levantado provas materiais de fraude em todos os estados onde há testemunhos de anormalidades e irregularidades na votação ou na apuração. Coluna de Flávio Quintela para a Gazeta do Povo:
A
grande mídia americana – e a brasileira, a reboque – continua chamando
Joe Biden de presidente eleito, como se o resultado das eleições já
tivesse sido sacramentado. Em vez de noticiar as inúmeras iniciativas,
tanto da campanha de Trump como de organizações independentes, de coleta
e cruzamento de dados eleitorais com o intuito de demonstrar que houve
inúmeras irregularidades fraudulentas nos processos de votação e
apuração em diversos estados, preferem noticiar uma “transição de
governo” imaginária, onde um homem que ainda não foi eleito passa seus
dias escolhendo pessoas para cargos que ele ainda não tem certeza se vai
comandar.
Um
exemplo real e concreto de ação investigativa é o da organização Voters
Integrity Project, comandada por Matt Braynard, com foco nos dados
eleitorais da Carolina do Norte. A VIP tem investigado dezenas de
milhares de casos de solicitação de absentee ballot –que nada mais é do
que uma cédula eleitoral para quem não poderá votar pessoalmente no dia
da eleição, mas deseja enviar suas escolhas pelo correio – por pessoas
que não poderiam fazê-lo. Vou chamar esse grupo de pessoas de Grupo 1, e
ele compreende:
* Pessoas mortas;
* Pessoas que registraram mudança de endereço para outro estado;
*
Pessoas de outros estados que registraram mudança de endereço para um
endereço comercial de caixa postal “maquiado” como endereço residencial
através da troca do termos “caixa postal” por “apartamento” ou
“unidade”; e
* Pessoas legalmente incapazes.
Além desses casos, foram também identificadas as seguintes situações, envolvendo o que chamarei de Grupo 2:
*
Pessoas legalmente habilitadas que solicitaram um absentee ballot e
posteriormente não mandaram a cédula de volta, mas que mesmo assim
tiveram-na marcada como devolvida e, portanto, contada na apuração;
*
Pessoas legalmente habilitadas que solicitaram um absentee ballot e
posteriormente enviaram a cédula de volta, mas que mesmo assim
tiveram-na marcada como não devolvida e, portanto, não contada na
apuração;
Essa
investigação foi baseada na coleta de informações de quatro fontes
diretas: da base de dados eleitorais estadual, de telefonemas para
eleitores que constam nessa base como solicitantes de absentee ballot,
de registros públicos de falecimento e do Cadastro Nacional de Mudança
de Endereço (National Change of Address, NCOA). Por meio do cruzamento
de dados dessas fontes, a equipe do VIP montou uma grande matriz de
irregularidades e fraudes, composta de dois tipos de evidências: 1.
Provas materiais da solicitação ilegal de absentee ballots por pessoas
do Grupo 1 e, em muitos casos, do recebimento e contagem desses votos na
apuração oficial; e 2. Depoimentos juramentados de pessoas do Grupo 2
afirmando que jamais solicitaram um absentee ballot, ou que solicitaram,
mas jamais o retornaram, ou ainda que solicitaram e retornaram, mas
nunca receberam confirmação (em outras palavras, seus votos não foram
contados).
Essa
iniciativa é provavelmente uma das mais sérias e bem executadas de
todas as que tive notícia, produzindo uma quantidade massiva de
evidências reais e admissíveis perante um tribunal.
Assim
como a VIP, muitas outras equipes de analistas, matemáticos,
estatísticos e cientistas de dados têm levantado provas materiais de
fraude em todos os estados onde há testemunhos de anormalidades e
irregularidades tanto no processo de votação como no de apuração. São os
casos de pessoas que chegam para votar e veem a mensagem “você já
votou” nas urnas eletrônicas, de fiscais de partido que são impedidos de
fiscalizar, de apurações paralisadas no meio da madrugada e cujos
resultados após a paralisação não respeitam nenhuma propriedade
estatística, de porcentagens de comparecimento totalmente fora dos
padrões históricos, e muitas outras ocorrências.
A
pergunta a ser respondida é: será possível colocar essa quantidade
monstruosa de dados diante de juízes federais antes que os delegados do
Colégio Eleitoral se reúnam para votar e, somente então, determinem quem
será o presidente dos Estados Unidos a partir de 2021? O tempo é
escasso, mas as possibilidades são muitas. A equipe do Donald Trump tem
mostrado um otimismo e uma disposição inédita nesse confronto com a
mídia. O Partido Republicano também, fazendo sua parte nos estados,
mantendo um caminho para a vitória de Trump que, embora improvável,
continua possível. Tivessem os democratas se posicionado a favor de um
processo amplo de auditoria e certificação das eleições, não ficaria no
ar o cheiro de fraude. Mas a posição beligerante que têm assumido só dá
força ao sentimento de que o resultado não reflete a vontade da
população.
Seja
qual for o desfecho, os dias serão de tensão até 20 de janeiro de 2021.
Até mesmo a possibilidade bizarra de o país ter dois presidentes em
algum momento tem sido levantada por alguns analistas, tamanha é a
incerteza. Considerando que estamos em 2020, não poderia ser diferente.
BLOG ORLANDO TAMBOSI
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