Alex Pipkin, PhD
Atônito, vendo o resultado dessa “nova era progressista”, da distinção
da ignorância, da imbecilidade, da divisão social, do protagonismo da
mentira escrachada, do apogeu das frivolidades, dos conflitos e das
guerras religiosas e ideológicas, questiono-me, de quem é a culpa?
Acho importante identificar as razões do fracasso e seus respectivos culpados, sem dúvida. Entretanto, o essencial mesmo é verificar se há alguma luz no fundo do túnel.
Claro que eu sou sabedor de que o grande vilão da história é o deliberado abandono dos valores virtuosos judaico-cristãos, aqueles que edificaram e produziram o progresso da civilização ocidental. Aqui existem reais propósitos: individuais e coletivos.
A “moderna (des)elite progressista” luta cotidianamente para romper com o passado, com os valores de liberdade factual, de justiça, de família, de fé, e da herança cultural e de seus respectivos princípios, aqueles que passaram pelo teste dos tempos.
A culpa é desses hipócritas, apologistas da descultura “woke”, que fazem o possível e o impossível para se aprazerem do poder. Porém, certo é que nós fomos coniventes com tudo isso, assistindo de camarote toda a contaminação, passo a passo, das instituições, em especial, no seu berço, as universidades.
Quando digo nós, incluo os “limpinhos”, e os de coração culposo pelas transgressões nesse mesmo passado, parcialmente cancelado.
A juventude emburreceu, emburrecemos todos, uma vez que são as - más - ideias de hoje aquelas que estarão na liderança das decisões no amanhã. E, com essas, às consequências desastrosas para gerações e gerações.
A verdadeira cultura que restou se dependura em um fiapo. Mas é pior, não há mais exposição plural das “coisas” do mundo e no mundo. Jovens são totalitariamente mergulhados em uma só visão de mundo, sendo impedidos de ter contato e aprofundamento com as “outras” correntes fundamentais do passado e no presente.
Inexiste o genuíno pensamento plural, amplo e crítico, fazendo com que o próprio ser, embasado, exercite sua consciência e seu pensamento individual e crítico. Nesta direção, fazendo suas próprias escolhas, e definindo seus planos de vida.
Muito poucos leem, estudam, o aprendizado se tornou uma espécie de brinquedo do telefone sem fio, sempre a partir das mesmas narrativas e falácias bom-mocistas, “progressistas”.
Poucos leem, poucos escrevem… poucos pensam reflexivamente.
Perdeu-se a história, foca-se apenas em capítulos interesseiros e desviantes, deixando-se de se ver e compreender todo o portfólio de personalidades, de gêneros, de experiências, de fatos, de sucessos e de fracassos genuínos. Retrocedeu nosso aparato cognitivo-psicológico.
Atualmente, a
juventude, estimulada por outros jovens e adultos “progressistas”,
encontra-se aprisionada nas suas cavernas/cabeças, cheias de impulsos
pessoais e de fantasmas da opressão. Fora desse invólucro, não há mundo,
não há como enxergar as imanentes pluralidades da vida.
Eles têm parte da culpa, mas são explorados pelos semideuses doutrinadores do “você pode ser quem você quiser”.
Eles não possuem as “janelas”, só os cacos de vidro, e não estão “contaminados” pelo tempero da experiência e da sabedoria acumulada.
São rebeldes de qualquer causa, mesmo daquelas mais bárbaras, pois transformam suas frustrações em extremismos coletivistas e/ou em mais um prazer para suas mentes individualistas.
Eles veem, mas não enxergam o mundo. Eles entendem de tudo, mas não sabem de quase nada.
O politicamente correto do “wokeismo” é o pai dessa obra de arte - popular?
Leia um jornaleco. Ligue a televisão, voz uníssona. Ouça um programa de opinião e análise: eles falam de um só lado, mas não dizem nada!
Não, a culpa não é somente deles, é de todos nós. Tomamos café, almoçamos e jantamos com a sórdida dieta “woke” e suas narrativas completamente canhotas, sustentadas apenas pelas fantasias, pelos interesses próprios, pelas utopias e, (i)lógico, pelo pensamento único grupal do time vermelho.
Eles pregam a diversidade, qualquer modelo de visão e de opinião, desde que seja colorado.
Tarefa titânica é recuperar a verdade. Trazer de volta a história civilizacional, por em moda o exercício sadio dos valores judaico-cristãos, enfim, resgatar a genuína cultura e a sanidade.
Hercúleo é vencer o “wokeismo”, o politicamente correto, o imoral, que desempenha absurdo terror moral contra aqueles que pensam - de fato e distintamente - das narrativas do nefasto e enganador pensamento grupal. Evidente, esse grupo é composto de hipócritas e interesseiros, ávidos pelo exercício e pelas benesses do poder.
Será que vamos conseguir superar isso?
Será isso só imaginação?
Será que nada vai acontecer?
Será que vamos conseguir vencer?…
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