MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quarta-feira, 8 de novembro de 2023

Mês da Consciência Negra: racismo estrutural, e eu com isto?

 


 


Uma pessoa branca e uma pessoa negra estão concorrendo a mesma vaga de emprego: quem tem mais chance de conseguir o cargo? Segundo pesquisa "As faces do racismo", feita pelo Instituto Locomotiva a pedido da Central Única de Favelas, para 91% dos entrevistados, a resposta é "uma pessoa branca". Apesar de, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 56% dos brasileiros, se declararem pretos ou pardos, apenas 10% dos participantes do estudo têm chefes negros. Esses números revelam a face econômica do racismo estrutural no Brasil, uma vez que essa parcela da população tem mais dificuldades para conseguir um emprego

Especialista em ética, diversidade, equidade e inclusão, negro e CEO da Condurú Consultoria, Deives Rezende Filho, explica que é somente a partir do letramento racial que as empresas são capazes de refletir sobre como o antirracismo é uma responsabilidade de todos. "Esse é um passo fundamental para promover uma conscientização geral sobre o impacto do racismo nas dinâmicas de trabalho e nas relações interpessoais. Conscientizar as pessoas colaboradoras sobre a necessidade de abordar o racismo e promover a equidade é uma responsabilidade compartilhada, não apenas do grupo racialmente discriminado, mas de todos os membros da organização. À medida que a empresa promove uma cultura de aprendizado, discussão aberta e ação antirracista, todos os colaboradores passam a ter um papel ativo na promoção da igualdade racial", afirma.

Embora esteja explícito para todos que o racismo estrutural é um problema que está na estrutura da sociedade, há muitas organizações que ainda não entendem que, no combate ao racismo, cada pessoa colaboradora tem o seu papel, ou seja, pessoas negras e não negras, em todas as funções e hierarquias. As organizações têm razões sólidas para assumir um papel vital: o de colaborar ativamente na promoção de sociedades mais igualitárias, ao mesmo tempo em que incorporam profissionais capazes de impulsionar criatividade e inovação em suas equipes

"A população negra tem se empenhado em desenvolver a conscientização racial, buscando alcançar não apenas a própria afirmação de direitos, mas também o potencial perpetrador de discriminação, incluindo pessoas não negras. É importante reconhecer que, embora pessoas negras também possam perpetuar o racismo, ainda não existe um manual perfeito para o combate ao racismo. Portanto, há uma constante construção de valores humanistas, muitas vezes liderada por aqueles que vivenciam a discriminação e compreendem profundamente o seu significado. Essa busca pela conscientização não exclui a possibilidade de solidariedade e empatia entre as pessoas", explica Rezende.

Caso tenha interesse na pauta, fico à disposição para fazer a ponte com o especialista.

Deives Rezende Filho

Fundador da Condurú Consultoria e possui 40 anos de experiência no mercado financeiro e em outras empresas. Trabalhou em organizações nacionais e internacionais como Itaú, Unibanco, Instituto Ethos, Grupo Stratus, Citibank, Credit Suisse, Morgan Stanley, JPMorgan, Royal Bank of Canada e Banco Real. Graduado em Ciências Contábeis, possui MBA em Gestão Empresarial (FGV-SP) e extensão em Negociação e Sustentabilidade (FGV). É coach e mediador organizacional pelo Instituto EcoSocial, Professional Certified Coach (PCC), Mentor Coach (International Coach Federation), especialista em temas de Governança Ética, ex-presidente do Comitê de Ética ICF-Brasil e palestrante em Ética Empresarial, Conflitos no Ambiente de Trabalho, Protagonismo do Negro e Inclusão Racial. Escolhido pelo Forbes 2021 como uma das 10 pessoas com +50 que se reinventaram na carreira. 

Condurú Consultoria

Criada em 2017, a Condurú é uma consultoria que auxilia na implementação de programas de governança, apoia a construção ou atualização de códigos de ética ou de conduta e promove palestras e workshops de diversidade, equidade e inclusão. 

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