sábado, 28 de fevereiro de 2015

Justiça estende decisão e determina liberação de todas as BRs no RS


Decisão é do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4).
Conforme PRF, mais de 20 rodovias ainda têm piquetes de caminhoneiros.

Do G1 RS
Tropa de choque da PRF atua para liberar a BR-101, em Três Cachoeiras (Foto: Alessandro Castro/PRF)Tropa de choque da PRF atua para liberar a BR-101, em Três Cachoeiras (Foto: Alessandro Castro/PRF)
O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) estendeu a todo o Rio Grande do Sul a decisão da Justiça Federal de Porto Alegre que determinou a liberação da BR-116, em Camaquã, uma das várias rodovias federais bloqueadas por caminhoneiros no estado.
A decisão desta sexta-feira (27/2) é do juiz federal Loraci Flores de Lima, convocado para atuar no tribunal. O recurso peticionando o aumento da abrangência da medida foi movido pela Advocacia-Geral da União (AGU), após liminar anterior obtida junto à 1ª Vara Federal de Porto Alegre.
Desde segunda-feira (23), quando os protestos dos caminhoneiros se intensificaram em todo o país, a AGU está recorrendo na Justiça para tentar liberar as rodovias onde há bloqueios no trânsito. Até agora, os juízes vinham limitando sua decisão à abrangência de sua subseção judiciária, o que obrigava a procuradoria a entrar com vários recursos.
Flores de Lima afirmou que a extensão dos efeitos da decisão de primeiro grau é imprescindível para coibir a ocorrência de novos transtornos e evitar a necessidade de ajuizamento de dezenas de ações idênticas. Uma multa de R$ 5 mil por hora foi estabelecida para o caso de descumprimento.
“A existência de uma decisão com efeitos sobre toda a unidade federativa possibilita às autoridades responsáveis por eventuais medidas a articulação mais racional dos meios necessários a evitar cada um dos bloqueios”, observou o magistrado.
Conforme o último balanço da PRF, há bloqueios de caminhoneiros em 24 rodovias federais no Rio Grande do Sul. Nesta manhã, a tropa de choque da PRF e homens da Força Nacional de Segurança entraram em conflito com caminhoneiros e usaram bombas de gás de lacrimogêneo para liberar a BR-101, em Três Cachoeiras.
Os caminhoneiros impedem a passagem de veículos de carga para protestar contra o aumento do óleo diesel, os custos dos transportes e as más condições das estradas, entre outros itens. Na noite de quarta-feira (25), o governo federal anunciou um acordo com a categoria para colocar um fim nos protestos, mas os bloqueios continuaram.

Justiça impõe multa e 'força policial' para desbloquear rodovias do Paraná


Caminhoneiros serão multados em R$ 10 mil a hora nas rodovias estaduais.
Mesmo com a determinação, ainda há 14 pontos de bloqueios no estado.

Do G1 PR
A Justiça determinou a aplicação de multas e o "uso da força policial" para a liberação imediata das rodovias estaduais do Paraná de bloqueios de caminhoneiros, neste sábado (28). A decisão atende a pedido do Governo do Estado, com a justificativa de que os protestos causam "inúmeros prejuízos ao Estado e, em especial, à população paranaense".
 
Para os caminhoneiros que insistirem nos bloqueios, a multa, conforme a determinação, é de R$ 10 mil a hora. Pelo mesmo motivo, a sanção é de R$ 100 mil, também por hora, para os réus no processo: Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), Federação Interestadual dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens (Fenacam) e sindicatos de caminhoneiros.
"O direito à livre expressão e manifestação, de cunho constitucional, é assegurado aos caminhoneiros. Contudo, ao lado de tal direito está o que confere a liberdade de locomoção de todos os cidadãos, direito este igualmente constitucional", pontuou o juiz Tiago Gagliano Pinto Alberto na determinação.
Segundo a liminar, as polícias rodoviárias Estadual (PRE) e Federal (PRF) já receberam ofício para cumprir a a decisão "com a cautela necessária e suficiência requerida ao caso". As polícias confirmam as notificações e dizem que estão nas rodovias para tentar negociação para o fim dos protestos.
Mesmo com a decisão, o Paraná ainda tinha três trechos de rodovias estaduais bloqueados, conforme balanço divulgado às 17h pela Polícia Rodoviária Estadual (PRE). No mesmo horário, 11 estradas federais ainda tinham pontos de bloqueio.
Confira as rodovias estaduais atualizadas até as 18h deste sábado (28)
PR-239, km 625, Toledo
PR-373, km 168, Furnas
PR-495, km 75, Missal
Confira as federais fechadas até as 17h30
BR-272, km 365, Campo Mourão
BR-277, km 238, Irati
BR-277, Km 667, Medianeira
BR-277, km 452, Laranjeiras do Sul
BR-369, km 387, Mamborê
BR-369, km 500, Corbélia
BR-373, km 478, Coronel Vivida
BR-467, km 197, Campo Mourão
BR-467, km 85, Cascavel
BR-163, km 139, Capitão Leonidas Marques
BR-277, km 584, Cascavel

Motoristas fazem protesto em cidade de MT para apoiar caminhoneiros


Comércio fechou as portas durante o período da manifestação.
Em Campo Verde, moradores dizem sentir reflexos dos bloqueios.

Pollyana Araújo Do G1 MT
Caminhões foram adesivados para manifestação (Foto: Marcelo Kumbier/ Arquivo pessoal)Caminhões foram adesivados para manifestação
(Foto: Marcelo Kumbier/ Arquivo pessoal)
Em apoio aos caminhoneiros que protestam há 10 dias nas rodovias federais, os motoristas de Campo Verde, a 139 km de Cuiabá, saíram às ruas neste sábado (28), em carreata. Os comércios da cidade também fecharam as portas em adesão ao movimento, que protestou, principalmente da elevação do preço do combustível, a cobrança de pedágio e a aprovação da nova 'Lei dos Caminhoneiros. A manifestação durou todo o período da manhã, segundo Marcelo Kumbier, que participou do ato. Em uma carreta, uma mensagem diz as reivindicações dos caminhoneiros e incentiva a paralisação.
Marcelo trabalha em uma transportadora de carga no município. Ele disse que os moradores já sentem os reflexos das manifestações nas rodovias federais, mas acredita ser necessário protestar. "Tem alguns postos que já não têm mais combustível", afirmou. Os veículos saíram em carreata da BR-070, sentido Primavera do Leste, a  239 km da capital, que também tem bloqueios dos caminhoneiros, passando pelas avenidas Brasil e Brasília, na região central da caidade.
Ele explicou que o município tem a agricultura como uma das principais atividades econômicas e, por isso, os motoristas que trabalham no transporte de carga dentro do município e para outros municípios vizinhos, os caminhoneiros resolveram se manifestar a favor do protesto nacional. "Tem o transporte que funciona dentro do município, que puxa soja e outros grãos das fazendas para os armazêns e também para os municípios vizinhos", contou.
Além dos motoristas de veículos pesados, outros motoristas da cidade também participaram da manifestação que durou cerca de 5 horas.
Neste sábado, seis trechos das BRs 163, 364 e 070 estão bloqueados, em Sinop (km 839), Sorriso (km 746), Nova Mutum (km 583), Lucas do Rio Verde (km 686), em Primavera do Leste (no km 274) e Diamantino (km 614).
Em Cuiabá, o trecho da BR-364 que estava bloqueado desde o início da semana foi liberado pelos manifestantes após a chegada da Polícia Rodoviária Federal para a notificação da decisão da Justiça Federal. No entanto, a via foi interditada por um curto período neste sábado. Após a PRF ir até o local, os caminhoneiros desbloquearam a via, na saída de Cuiabá, sentido Rondonópolis, a 218 km da capital.

Caminhoneiros fazem churrasco em acostamento de rodovia em Cuiabá


Costelas bovinas foram assadas às margens da BR-364 neste sábado.
Trecho foi bloqueado pelos manifestantes durante a tarde.

Pollyana Araújo Do G1 MT
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Manifestantes assaram costela bovina às margens de rodovia em MT (Foto: Osvaldo Pasqualotto/ Arquivo pessoal)Manifestantes assaram costela bovina às margens de rodovia em MT (Foto: Osvaldo Pasqualotto/ Arquivo pessoal)
Os caminhoneiros que encontram-se aglomerados nas proximidades do trecho da BR-364, em Cuiabá, que está bloqueado desde segunda-feira (23), com algumas interrupções, fizeram um churrasco neste sábado (28), no acostamento da rodovia, no perímetro urbano da capital. Em uma churrasqueira improvisada, eles assaram costelas bovinas. Em Mato Grosso, sete pontos de três rodovias federais estão bloqueados.
O produtor rural Osvaldo Pasqualotto, que passava pelo local, registrou a cena. "Eles seguram os caminhões e atraem mais manifestantes [caminhoneiros] para o bloqueio [com o churrasco]", afirmou o produtor.
Durante este sábado, a via foi interditada por várias vezes e, por volta de 16h [horário de Mato Grosso, os caminhoneiros voltaram a bloquear esse trecho. Com isso, são sete trechos bloqueados no estado. Mesmo com a decisão da Justiça determinando o fim das interdições, os manifestantes continuaram impedindo o tráfego de veículos pesados por esses trechos das BRs 163, 364 e 070.
A rodovia tinha sido bloqueada de manhã, mas, após a chegada dos agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF), liberaram novamente. Assim como em Cuiabá, outro trecho da BR-364, em Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá, foi fechado e desbloqueado neste sábado.
Porém, desde a quarta-feira da semana passada (18), trechos da BR-163 em Lucas do Rio Verde e Nova Mutum, onde começou o protesto no estado, permanecem interditados. Nesta sexta-feira, após serem notificados da decisão da 3ª Vara da Justiça Federal em Mato Grosso, liberaram a via, mas depois de uma briga entre eles o trecho foi fechado novamente.
Além de Cuiabá, outros seis trechos das BRs 163, 364 e 070 estão bloqueados, em Sinop (km 839), Sorriso (km 746), Nova Mutum (km 583), Lucas do Rio Verde (km 686), em Primavera do Leste (no km 274) e Diamantino (km 614).
Os manifestantes disseram ter recusado a proposta do governo federal feita na terça-feira (25), durante reunião com representantes dos caminhoneiros. Entre as propostas feitas pelo governo estão a aprovação da nova 'Lei dos Caminhoneiros'; a redução do valor do pedágio cobrado de caminhões sem carga; carência de 12 meses para a compra de caminhões, além da garantia de que não haverá aumento no preço do diesel nos próximos seis meses. No entanto, para fazer essas mudanças, o governo exigiu o desbloqueio imediato das rodovias, o que não ocorreu em Mato Grosso. A multa por descumprimento é de R$ 1 mil por dia.
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Trecho da BR-163 em Lucas do Rio Verde está interditado há 10 dias (Foto: Raul Peterson Schwarz/ Arquivo pessoal)Trecho da BR-163 em Lucas do Rio Verde está interditado há 10 dias (Foto: Raul Peterson Schwarz/ Arquivo pessoal)

Rodovias estaduais são liberadas por caminhoneiros em MS, diz polícia


Sete trechos foram liberados na tarde deste sábado.
Trechos: MS-040, MS-156, MS-164, MS-376, MS-276, MS-379 e MS-162.

Do G1 MS
Bloqueio  MS-164 Ponta Porã (Foto: Martim Andrada/ TV Morena)Bloqueio MS-164, em Ponta Porã (Foto: Martim Andrada/ TV Morena)
A Polícia Militar Rodoviária (PMR) informou que todas as rodovias estaduais de Mato Grosso do Sul que foram bloqueadas na manhã deste sábado (28) já foram liberadas. As manifestações ocorriam na MS-040, MS-156, MS-164, MS-376, MS-276, MS-379 e MS-162.
Na MS-040, os caminhoneiros protestaram entre os quilômetros 1 e 5, em Campo Grande. Na MS-156, entre Dourados e Itaporã. Na MS-164, a manifestação foi em Ponta Porã. Na MS-376, entre Dourados e Fátima do Sul. Na MS-276, entre Indápolis, distrito de Dourados, e Lagoa Bonita, distrito de Deodápolis. Na MS-379, entre Dourados e Laguna Carapã. Na MS-162, entre o distrito de Itaum e Dourados.

Rodovia federal
A BR-163, em São Gabriel do Oeste, cidade a 140 km de Campo Grande, foi parcialmente bloqueada por caminhoneiros na tarde deste sábado (28). De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), caminhões estão parados pelos manifestantes. A liberação da rodovia está prevista para às 18h (de MS).

Os caminhões dos motoristas que aderem ao protesto são estacionados na cidade. Não há fila de veículos na rodovia ou no acostamento.

Ao G1, a PRF informou que há equipes no local. Ainda segundo a corporação, os motoristas que estacionarem no acostamento devem ser multados.

A multa para o condutor que estaciona o veículo no acostamento é de R$ 53. A multa para motoristas que aderem às manifestações sem autorização é de R$ 1.915. Segundo a polícia, as autuações serão enviadas à Justiça Federal.

 
Protestos
Caminhoneiros protestam no estado contra taxas de impostos, preço do óleo diesel e valor do frete desde o dia 21 de fevereiro. No dia 24, a Justiça Federal mandou acabar com as interdições sob pena de R$ 10 mil de multa por hora de descumprimento da ordem.
Mesmo com a determinação judicial, os bloqueios continuaram. Na quinta-feira (26), foram oito pontos de interdição. Na sexta-feira (27), protestos com interdições ocorreram na MS-040, em Campo Grande, e na MS-156, entre as cidades de Dourados e Itaporã.
Após o início dos protestos no estado, o governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), informou que vai reduzir, até o fim deste ano, a alíquota de 17% do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) que incide sobre o óleo diesel.
Emergência
Por conta do protesto dos caminhoneiros, a prefeitura de São Gabriel do Oeste decretou situação de emergência na sexta-feira (27). No decreto, o prefeito Adão Rolim (PR) considera justo o manifesto dos caminhoneiros e lembra que o município depende economicamente das atividades desses profissionais para escoamento da produção agropecuária, além de ser grande geradora de empregos.
Apoio
Os produtores rurais de São Gabriel do Oeste (MS) apoiam os protestos dos caminhoneiros e donos de transportadoras em Mato Grosso do Sul. Na quinta-feira (26), a categoria juntou maquinário agrícola à beira da BR-163, em adesão às manifestações.

Trecho da BR-163 é desbloqueado por caminhoneiros em MS


Rodovia foi bloqueada por manifestantes na tarde deste sábado (28).
Trecho bloqueado fica em São Gabriel do Oeste, nos km 614 e 616.

Do G1 MS
Caminhoneiros bloqueam BR-163 em São Gabriel do Oeste (Foto: Ricardo Freitas/TV Morena)Protesto na BR-163 em São Gabriel do Oeste
(Foto: Ricardo Freitas/TV Morena)
O trecho da BR-163 que estava bloqueado desde o início da tarde deste sábado (28) foi liberado no início da noite, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF). A manifestação ocorria em São Gabriel do Oeste, cidade a 140 quilômetros de Campo Grande, nos kms 614 e 616.
Durante a manifestação, todos os caminhões que passaram pela rodovia foram parados pelos manifestantes. Apenas carros de passeio, ônibus e ambulâncias não foram abordados.
Os veículos dos motoristas que aderiram ao protesto foram estacionados na cidade. Não houve fila de carretas na rodovia ou no acostamento.
Manifestantes bloqueiam na MS-164 em Ponta Porã (Foto: Martim Andrada/ TV Morena)Bloqueio na MS-164, em Ponta Porã (Foto:
Martim Andrada/ TV Morena)
Rodovias estaduais
Sete trechos de rodovias estaduais foram bloqueados na manhã deste sábado. Segundo a Polícia Militar Rodoviária (PMR), todas as vias foram liberadas por volta das 15h30 (de MS). As manifestações ocorriam na MS-040, MS-156, MS-164, MS-376, MS-276, MS-379 e MS-162.

Na MS-040, os caminhoneiros protestaram entre os quilômetros 1 e 5, em Campo Grande. Na MS-156, entre Dourados e Itaporã. Na MS-164, a manifestação foi em Ponta Porã. Na MS-376, entre Dourados e Fátima do Sul. Na MS-276, entre Indápolis, distrito de Dourados, e Lagoa Bonita, distrito de Deodápolis. Na MS-379, entre Dourados e Laguna Carapã. Na MS-162, entre o distrito de Itaum e Dourados.
Durante o protesto na MS-156, um acidente deixou duas pessoas feridas. Un motorista, que não quis aderir à manifestação, manobrou o caminhão para fazer o retorno na rodovia e bateu em um carro. O condutor e o passageiro do veículo foram levados para o Hospital da Vida, em Dourados.
 
Protestos
Caminhoneiros protestam no estado contra taxas de impostos, preço do óleo diesel e valor do frete desde o dia 21 de fevereiro. No dia 24, a Justiça Federal mandou acabar com as interdições sob pena de R$ 10 mil de multa por hora de descumprimento da ordem.

Mesmo com a determinação judicial, os bloqueios continuaram. Na quinta-feira (26), foram oito pontos de interdição. Na sexta-feira (27), protestos com interdições ocorreram na MS-040, em Campo Grande, e na MS-156, entre as cidades de Dourados e Itaporã.

Após o início dos protestos no estado, o governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), informou que vai reduzir, até o fim deste ano, a alíquota de 17% do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) que incide sobre o óleo diesel.

Em MS, manifestantes discutem com motoristas que não aderem a protesto


Manifestação foi feita contra decisão de permanência em rodovias federais.
PRF esteve no local e orientou manifestantes a liberar rodovia.

Do G1 MS com informações da TV Morena
Manifestantes discutiram com motoristas que não quiseram aderir ao protesto na tarde deste sábado (28), na BR-163, em São Gabriel do Oeste, cidade a 140 quilômetros de Campo Grande. Caminhoneiros bloquearam a rodovia por aproximadamente quatro horas, nos KMs 614 e 616.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) fez a segurança no local e orientou os manifestantes. A rodovia foi liberada após as 18h (de MS).
Durante o protesto na BR-163, um grupo manifestantes foi hostil com a equipe de reportagem da TV Morena. Eles impediram a gravação de entrevistas com motoristas que passavam pelo trecho.
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Protestos
Caminhoneiros protestam no estado contra taxas de impostos, preço do óleo diesel e valor do frete desde o dia 21 de fevereiro. No dia 24, a Justiça Federal mandou acabar com as interdições sob pena de R$ 10 mil de multa por hora de descumprimento da ordem.
Mesmo com a determinação judicial, os bloqueios continuaram. Na quinta-feira (26), foram oito pontos de interdição. Na sexta-feira (27), protestos com interdições ocorreram na MS-040, em Campo Grande, e na MS-156, entre as cidades de Dourados e Itaporã.
Após o início dos protestos no estado, o governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), informou que vai reduzir, até o fim deste ano, a alíquota de 17% do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) que incide sobre o óleo diesel.

Protesto de caminhoneiros interdita BR-230 em Balsas, MA


Caminhoneiros colocaram fogo em pneus, mas não bloquearam a rodovia.
PRF está no local negociando com os manifestantes.

Do G1 MA, com infomações da TV Mirante
Manifestantes protestaram neste sábado (28) contra o aumento do valor do óleo diesel, em Balsas, no sul do estado. Os caminhoneiros colocaram fogo em pneus, mas não chegaram a bloquear a rodovia BR-230, onde ocorreu o protesto.

Os caminhoneiros também cobram um reajuste no preço do frete da soja produzida na região. O protesto está integrado aos demais que vem acontecendo em todo o país depois que foi anunciado o reajuste de R$0,15 no combustível.

A Polícia Rodoviária Federal está no local negociando para que a rodovia não seja bloqueada pelos manifestantes.

Caminhoneiros descumprem ordem da Justiça e bloqueiam BR-153 em GO


Liminar proíbe a interdição de rodovias federais sob pena de multa a grupo.
Motoristas reclamam do preço do combustível e do baixo valor do frete.

Vitor Santana Do G1 GO
Caminhoneiros fecham BR-153 em Itumbiara, Goiás (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)Caminhoneiros fecham BR-153 em protesto contra baixo preço do frete (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
Caminhoneiros bloquearam a BR-153, no Km 702, por volta das 17h30 deste sábado (28), em Itumbiara, no sul de Goiás. Os manifestantes incendiaram pneus e fecharam ponte Afonso Pena, na divisa do estado com Minas Gerais. O ato integra a série de protestos que ocorrem em todo o país contra o preço dos combustíveis e o baixo valor do frete.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o grupo está desrespeitando uma liminar da Justiça Federal, que proíbe bloqueios em BRs em todo estado.A multa em caso de descomprimento é de R$ 100 mil para as entidades que organizam os atos e R$ 5 mil para cada caminhoneiro que aderir ao movimento.
“Como o protesto iniciou agora a pouco, os policiais estão se organizando para negociar com os manifestantes e tentar liberar a pista de forma pacífica. Se não houver sucesso, será necessário a intervenção da Tropa de Choque”, disse o inspetor da PRF, Fabrício Rosa.
 
No local, apenas carros de passeio, motos, ônibus, veículos de emergência e caminhões com cargas perecíveis conseguem seguir viagem. O congestionamento já chega a cinco quilômetros. “Como eles interditaram uma ponte, o trânsito está bem lento e os motoristas precisam ter paciência para conseguir atravessar e seguir viagem”, disse o inspetor da PRF.
Outros protestos
Na quinta-feira (26), caminhoneiros bloquearam a BR-364, em Mineiros, no sudoeste de Goiás. O trecho ficou parcialmente interditado por cerca de 7h. Os manifestantes só liberaram a pista após serem notificados de duas liminares expedidas pela Justiça Federal, que proibia a continuidade dos atos.
Já na quarta-feira (25), um grupo protestou por 12 horas na BR-153, em Aparecida de Goiânia. O protesto chegou ao fim após os manifestantes também serem notificados da proibição da Justiça em manter os atos. Em caso de descumprimento, a multa é de R$ 1 mil por hora de interrupção do trânsito.
No dia, além de Aparecida de Goiânia, os caminhoneiros também interditaram trechos da BR-153 em Itumbiara e Porangatu.

Caminhoneiros bloqueiam trecho da BR-116 em Tabuleiro do Norte, no CE


Apesar do bloqueio trânsito flui sem problemas, segundo a PRF.
Cerca de 30 veículos estão no acostamento da via, no Km 213.

Do G1 CE
Liberação do km 213 da BR-116 (Foto: PRF/Divulgação)Caminhoneiros bloquearam trecho da BR-116, em
Tabuleiro do Norte (Foto: PRF/Divulgação)
Caminhoneiros seguem bloqueando um trecho da BR-116, no Ceará. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, cerca de 30 veículos estão estacionados no acostamento da BR-116, na altura do Km 213, no município de Tabuleiro no Norte, distante cerca de 210 quilômetros de Fortaleza. Os manifestantes são, em sua maioria, moradores do município e levaram mulheres e filhos para o local. Cerca de 200 pessoas estão no local.
O tráfego está tranquilo e neste domingo (1º) uma equipe da PRF vai ser deslocada ao local para desbloquer a via e dar cumprimento à decisão da Justiça Federal do Ceará que determinou a desobstrução de todas as rodovias federais.
Protesto
O protesto dos caminhoneiros autônomos na BR-116, em Fortaleza, começou por volta das 16 horas da  terça-feira, quando cerca de 60 motoristas, principalmente os que chegaram de outros estados, ocuparam os acostamentos do km 12 da rodovia, importante acesso à capital cearense, já que a BR liga o Ceará ao Rio Grande do Sul. Na quarta, o protesto cresceu e a fila de caminhões chegou a cerca de 5 km de cada sentido. Do quilômetro 12 até o 15, o G1 contou mais de 1.300 caminhões parados.
Reivindicações
Não há uma pauta unificada de reivindicações. Os manifestantes reclamam, principalmente, da alta do preço do diesel, da redução do preço do frete e do valor dos pedágios. A alta do preço do diesel, – que ficou mais caro depois que o governo elevou as alíquotas do PIS/Cofins e da Cide, em janeiro, e resultou em uma alta de R$ 0,15 por litro do combustível – serviu como “gatilho” para os protestos.
Em reunião em Brasília, o Governo Federal se comprometeu a sancionar sem vetos a Lei dos Caminhoneiros, aprovada pela Câmara no dia 11, e a não reajustar o preço do diesel nos próximos seis meses, em contrapartida, exigiu a liberação imediata de todas as estradas.

Greve reflete na oferta de alimentos da Central de Abastecimento de AL


Caminhoneiros protestam nas rodovias contra o preço dos combustíveis.
Alimentos que vêm do Sul do país estão mais caros e com baixa qualidade.

Do G1 AL, com informações do ALTV
A crise no abastecimento no setor de comércio e alimentício por conta da greve dos caminhoneiros contra o preço do combustível e do valor dos fretes também começa a afetar a Central de Abastecimento de Alagoas (Ceasa). A manifestação fechou diversas rodovias pelo país na última semana, o que deixou muita mercadoria presa nas estradas.

Na Ceasa localizada no bairro da Forene, em Maceió, os produtos alimenticios que têm origem em estados do Sul do país já estão mais caros. Pimentões vermelhos e amarelos estão em falta e frutas como ameixa, pêras, kiwis e morangos estão chegando em pouca quantidade e com baixa qualidade.
Alguns produtos são encontrados em baixa quantidade e qualidade (Foto: Reprodução/TV Gazeta)Produtos são encontrados em baixa quantidade
e qualidade (Foto: Reprodução/TV Gazeta)
Consumidores e vendedores reclamam da situação. Valdeir José da Silva, que é vendedor na Central diz que os produtos demoram a chegar. “Como o caminhão passa três, quatro dias lá [preso nas rodovias], quando a maçã chega, já está quase ruim”, lamenta.
A consumidora Antônia Borges também não gostou da situação. “Está tudo mais caro e em menor quantidade. Não tem opção para escolher. Agora mesmo vim aqui para comprar o kiwi e só vende a caixa inteira”, reclama a consumidora.

A alternativa para o consumidor economizar é recorrer aos produtos locais ou regionais, que não foram afetados pela paralisação dos caminhoneiros. É o caso das bananas que são vendidas por Cícero da Silva.
“Essa semana a gente ainda não sentiu falta de mercadoria não. Está normal”, diz o vendedor que compra as bananas em Pernambuco e traz para revender na Ceasa.
 A expectativa é que com o término da greve dos caminhoneiros, a oferta de produtos volte ao normal, mas segundo o diretor executivo da Associação dos Comerciantes da Ceasa, Francisco Lau, isso não deve representar uma queda expressiva nos preços praticados na central.
"Essa situação é causa justamente por causa do aumento do preço dos combustíveis que houve agora no país. Então, por isso, com a greve, acarretou mais ainda realmente a qualidade dos produtos, então a tendência é aumentar os preços", analisa o diretor.

Acre começa a sentir efeitos de protesto de caminhoneiros, diz Acisa


Materiais de construção e hortifrutigranjeiro começam a faltar.
Situação pode piorar caso greve se estenda, diz Jurilande Aragão.

Veriana Ribeiro e Caio Fulgêncio Do G1 AC
Greve dos caminhoneiros já causa transtornos no Acre. (Foto: Reprodução/TV Acre)Greve dos caminhoneiros já causa transtornos no Acre. (Foto: Reprodução/TV Acre)
O Acre começa a sentir os efeitos da paralisação de caminhoneiros em diversas estradas do país, de acordo com a Associação Comercial do Acre (Acisa). Produtos como hortifrutigranjeiro e para construção civil são os mais afetados até o momento. Ao G1, o presidente da Acisa, Jurilande Aragão, disse que em alguns lugares esses produtos já estão em falta e se o protesto se prolongar por mais tempo, a situação pode piorar. Mesmo depois de a Justiça determinar a liberação das rodovias federais em 11 estados, até sexta-feira (27) caminhoneiros ainda mantinham bloqueios no Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
"Já está afetando. O material de construção, que é uma carga de alto custo e que os empresários não fazem um estoque muito grande, já está em falta em alguns lugares. O que preocupa são os  hortifrutigranjeiros, como ovos, verduras e frutas. Está diminuindo, alguns conseguem chegar no estado, mas já está afetando o mercado", afirma.
Para ele, a opção é esperar que a greve dos caminhoneiros se resolva o mais rápido possível. "A coisa está complicada, mas estamos tentando ser otimistas", diz. Ele ressalta que a população não deve entrar em pânico e procurar alternativas. "No caso dos alimentos não perecíveis, é possível aumentar o consumo de frutas e alimentos da região, produzidos no próprio estado", ressalta.
O presidente da associação explica que a situação não é mais crítica porque os empresários decidiram fazer estoque de materiais com medo da cheia do Rio Madeira e a interdição da BR-364. Mas para Aragão, se a greve se prolongar por muitos dias, a situação pode ficar complicada. "Com a falta dos produtos, existe também a questão do reajuste de preço. Eles acabam ficando mais caros", diz.
O gerente de um supermercado atacadista em Rio Branco, José Cláudio,  explica que os produtos ainda não estão em falta no seu local de trabalho. Segundo ele, o estoque ainda pode atender a população, mas espera que a situação se resolva antes que comecem faltar produtos perecíveis.
"A nossa logística ainda está dentro do planejado. Mas a partir de agora a situação dos produtos perecíveis pode se agravar. Podemos ter problema, nós que estamos na ponta do país, acabamos sofrendo mais", afirma.

Cuba indica “progressos” nas negociações com os EUA


Cuba “registou progressos” nas negociações com os Estados Unidos sobre o restabelecimento das relações diplomáticas e a reabertura de embaixadas nos dois países disse hoje (27) a diplomata cubana Josefina Vidal. “Tivemos uma boa reunião. Registramos progressos nas negociações”, disse aos jornalistas a diretora responsável pelos assuntos relacionados com os Estados Unidos do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Cuba. Este foi o segundo encontro oficial entre os representantes dos dois países depois do anúncio, em dezembro passado, sobre o reatamento de relações entre os Estados Unidos e Cuba, sem relações diplomáticas desde 1959. A diplomata cubana disse também que, apesar do governo reclamar a saída de Cuba da lista de países patrocinadores de terrorismo do governo norte-americano, não é uma “pré-condição” para retomar as relações bilaterais com os Estados Unidos.  POLITICA LIVRE
Agência Lusa

China reduz taxas de juros de referência


A China reduziu as taxas de juros de referência pela segunda vez em quatro meses neste sábado, em um novo sinal da preocupação com a desaceleração do crescimento. O Banco do Povo da China (PBOC, o banco central do país) anunciou a redução na taxa de juros de concessão de empréstimo de um ano em 0,25 ponto porcentual, para 5,35%, de 5,60% anteriormente. A taxa de depósito de um ano também foi reduzida em 0,25 ponto porcentual, para 2,50%, de 2,75%. O PBoC afirmou, em comunicado, que a medida foi tomada para diminuir os custos de empréstimos das empresas nacionais. Além disso, a autoridade afirmou que a queda acentuada dos preços globais de commodities contribuíram para a decisão, mas a entidade insistiu que o tom amplo da política monetária do governo não mudou. As novas taxas de juros entram em vigor neste domingo. A curta explicação do PBoC não cita o risco de deflação sobre o qual analistas vêm alertando recentemente. Em vez disso, o banco disse que o alívio da inflação pode ser visto como uma oportunidade de avançar com a reforma do sistema financeiro. “A alta de preços no consumidor tem desacelerado nos últimos meses e o declínio dos preços aos produtores tem aumentado, o que está empurrando para cima os níveis reais de taxas de juros. O crescimento atual de preço está em níveis historicamente baixos, o que fornece espaço para o uso adequado da ferramentas de taxa de juros”, disse.  POLITICA LIVRE
Dow Jones e da Market News International

Bahia perde 2,8 mil postos de trabalho com carteira assinada


Foto: Reprodução
O resultado expressa a diferença entre o total de 62.536 admissões e 65.408 desligamentos
As informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), sistematizadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI/Seplan), referentes ao mês de janeiro de 2015, apontam que a Bahia contabilizou um saldo negativo de 2.872 postos de trabalho com carteira assinada. O resultado expressa a diferença entre o total de 62.536 admissões e 65.408 desligamentos. O saldo registrado em janeiro situou-se em um patamar inferior ao contabilizado em igual período do ano anterior (+ 3.994 postos), superior ao mês de dezembro de 2014 (-21.561 postos), incluindo as declarações fora do prazo. Setorialmente, em janeiro, na Bahia, os saldos positivos se deram nos setores de Serviços (+ 1.579 postos), Indústria de Transformação (+569 postos), Agropecuária (+358 postos) e Serviços Industriais de Utilidade Pública (+81 postos). Registraram saldos negativos Comércio (-2.734 postos), Construção Civil (-2.585), Extrativa Mineral (-81 postos) e Administração Pública (-59 postos). Nacionalmente, o Caged registrou saldo negativo de 81.474 postos no mês passado. O pior resultado para o mês desde 2009, quando foram fechadas 101.748 vagas pela série sem ajustes. Em janeiro de 2014, o saldo foi positivo em 62.448 pela série ajustada e em 29.595 sem ajuste. A série sem ajuste considera apenas o envio de dados pelas empresas dentro do prazo dado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Após esse período, há um ajuste da série histórica com as informações atualizadas pelos empregadores.  POLITICA LIVRE
Correio*

Entrevista de Levy provoca irritação no Planalto


Foto: Reprodução/ Veja
Deputado federal Lúcio Vieira Lima (PMDB) foi um dos que irritaram com declarações do ministro
Ao utilizar vocábulos como “grosseiro” e “brincadeira” para se referir à desoneração da folha de pagamento, o ministro Joaquim Levy causou irritação no Palácio do Planalto. Um auxiliar de Dilma Rousseff definiu a entrevista do titular da Fazenda com outras duas palavras tóxicas: “desnecessária” e “desastrosa”. Ao anunciar aos jornalistas que o governo decidira elevar a contribuição previdenciária das empresas, revendo parcialmente a política de desoneração adotada desde 2011 pelo antecessor Guido Mantega, Levy disse coisas assim: “Você aplicou um negócio que era muito grosseiro. O problema é que essa brincadeira nos custa 25 bilhões por ano e […] não tem protegido emprego. […] O momento que a gente vive, a gente tem que pegar as coisas que são pouco menos eficientes e reduzir”. As mudanças elevarão o custo do empregado em 59 setores da economia a partir de junho. Com isso, o governo espera voltar a arrecadar algo como R$ 13 bilhões por ano. Como a coleta será retomada somente a partir de junho, a cifra a ser amealhada em 2015 será de R$ 5,3 bilhões. O modo como Levy anunciou a má notícia não aborreceu apenas o staff de Dilma. Parlamentares que integram partidos governistas também saltaram da cadeira. “Nós aprovamos a desoneração no Congresso porque imaginávamos que era coisa séria”, disse, por exemplo, o deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA). “Os empresários também se reprogramaram imaginando que a coisa era séria. De repente, descobrem que não há segurança jurídica no país.” “Quando enviar novas propostas ao Legislativo, a presidente Dilma precisa informar se é brincadeira ou se devemos levar a sério”, acrescentou Vieira Lima. “A cúpula do PMDB será recebida pela presidente num jantar marcado para segunda-feira. A primeira coisa que o partido precisa perguntar para a Dilma é se a conversa será séria ou se é mais uma brincadeirinha.”  POLITICA LIVRE
Josias de Souza, Blog do Josias

Levy queria cortes mais profundos em desonerações


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Planos do ministro foram contidos pela presidente Dilma
Segundo a coluna Painel, da Folha de S. Paulo, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, queria ter apresentado um pacote de cortes  ainda mais profundo nas desonerações de folha de pagamento do que o que foi apresentado nesta sexta-feira (27), visando acalmar o mercado e conter o risco de rebaixamento da nota de crédito do Brasil. Levy defendia extinguir o benefício de setores inteiros da economia e mantê-lo apenas para indústria e construção civil. Dilma Rousseff decidiu pelo corte gradual, mas vigoroso. O objetivo é assegurar que não haverá recuo na meta de economia de 1,2% do PIB.
POLITICA LIVRE

Cardozo defende punição no caso das contas secretas


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Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo
A Polícia Federal (PF) encontrou indícios de crime nas operações dos 4,8 mil brasileiros que mantinham contas secretas no banco HSBC, na Suíça. Diante da informação, transmitida na sexta-feira, dia 27, ao governo federal, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, determinou a entrada da PF no caso, revelado há 15 dias e conhecido como “Swissleaks”. “Quem praticou ato ilícito, pouco importa se tenha poder econômico ou poder político, será investigado, e, comprovado o crime, será responsabilizado na forma da lei penal”, afirmou Cardozo, em entrevista ao Broadcast concedida na manhã deste sábado, dia 28. A decisão do ministro foi tomada após reunião realizada na sexta-feira com técnicos da Receita Federal, da PF e do Ministério da Justiça. A investigação da Polícia Federal vai se somar à conduzida pela área de inteligência da Receita Federal, que promove uma inspeção para apuração de crime fiscal. Há uma semana, o Fisco anunciou seu acesso a parte da lista de cidadãos brasileiros que “supostamente possuíam relacionamento financeiro com aquela instituição financeira na Suíça”. Questionado sobre a atuação do governo pelo lado criminal e fiscal, Cardozo afirmou que “normalmente são situações interligadas”. Por isso, o ministro também determinou ao Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI) que “faça colaboração internacional, com a Suíça, para obter informações e conseguir a recuperação de ativos que pertencem aos cofres públicos”. Nada menos do que 6,6 mil contas bancárias abertas no HSBC, na Suíça, pertencentes a 4,8 mil cidadãos de nacionalidade brasileira, estavam fora dos registros. A informação foi revelada pelo International Consortium of Investigative Journalism (ICIJ) há quase 15 dias. Essas contas totalizariam saldo de US$ 7 bilhões entre 2006 e 2007. “Investigações devem ser feitas com discrição e sigilo. A orientação que dou em todos os casos à PF é que sejam feitas estritamente dentro da lei”, disse Cardozo.
POLITICA LIVRE

Líderes ocidentais condenam assassinato de oposicionista na Rússia


Líderes de países ocidentais condenaram o assassinato de um dos principais nomes da oposição na Rússia, Boris Nemtsov, e pediram que o Kremlin garanta que as investigações sejam conduzidas de forma correta. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse que o povo russo “perdeu um de seus defensores mais dedicados e eloquentes de seus direitos”. Na mesma linha, a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, saudou a coragem de Nemtsov em criticar as políticas do Kremlin e pediu que o presidente russo, Vladimir Putin, garanta que os assassinos sejam levados à justiça, disse seu porta-voz Steffen Seibert. “Sua vida foi dedicada a falar incansavelmente para o povo russo, para exigir direito à democracia e à liberdade sob o Estado de Direito, e para o fim da corrupção. Ele fez isso sem medo e nunca cedeu à intimidação (…) A coragem da vida de Nemtsov contrasta com a covardia absoluta de seu assassinato”, disse o primeiro-ministro britânico, David Cameron. A chefe de política externa da União Europeia, Federica Mogherini, também se manifestou e declarou que o bloco “espera que as autoridades russas conduzam uma investigação completa, rápida e transparente sobre este assassinato, trazendo os culpados rapidamente à justiça”.   POLITICA LIVRE
Associated Press

Ministro nega suspender emissão de passagem para cônjuge de deputado


Teori Zavascki (STF) negou pedido de liminar do deputado Carlos Sampaio.
Líder do PSDB queria suspender decisão da mesa diretora da Câmara.

Do G1, em Brasília
O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou na noite de sexta-feira (27) pedido de liminar (decisão provisória) do líder do PSDB, Carlos Sampaio (SP), para que fosse suspensa a decisão da mesa diretora da Câmara que autorizou a emissão de passagens aéreas pagas com dinheiro público para os cônjuges de deputados e deputadas.
Zavascki requisitou mais informações à mesa diretora da Câmara e determinou à Procuradoria-Geral da União (PGR) e à Advocacia-Geral da União (AGU) que se manifestem a respeito.
O líder do PSDB poderá agora recorrer da decisão de Zavascki e pleitear que a liminar seja concedida pelo plenário. Além disso, depois que a Câmara dos Deputados enviar informações, o ministro poderá alterar o próprio entendimento ou decidir levar o debate para o plenário do STF.
No pedido, o deputado Carlos Sampaio argumentava que a medida afronta o princípio da moralidade na administração pública. Para ele, a modificação nas regras na emissão de passagens só poderia ter sido feita por meio de projeto de resolução, com voto em plenário.
Na última quarta-feira, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), autorizou, em reunião da Mesa Diretora, aumento em todas as despesas com parlamentares, incluindo verba de gabinete – usada para pagar funcionários –, auxílio-moradia e cota parlamentar, que inclui gastos com passagens aéreas e conta telefônica.
Dentre esses benefícios, está a autorização para que mulheres de deputados, maridos de deputadas e parceiros de parlamentares gays tenham o direito de utilizar a cota de passagens aéreas dos deputados, desde que seja exclusivamente entre Brasília e o estado de origem.
No pedido, Carlos Sampaio requer que o Supremo reconheça que essa alteração nas regras só pode ser feita por meio de projeto de resolução, ou seja, precisa ser votada no plenário da Câmara.

LULA AMEAÇA O BRASIL

Aterrorizados com mobilização da direita, esquerdistas sobem o tom das ameaças. Militares repudiam orientações de Lula, que ameaça jogar o país no caos com o uso do MST.

 O General Pimentel, presidente do Clube Militar, ao publicar o pensamento do clube, deixa no ar a desconfiança de que pode haver algo de maior por traz das declarações de Lula no sentido de convocar o MST para defender a manutenção da hegemonia da esquerda no país.
 O que há mais por trás disso?Pergunta o general. Muita gente sabe que o MST age em acordo com outras milícias de países como Cuba e Venezuela, e que Luis Inácio é um dos cabeças do famigerado Foro de São Paulo, que alguns consideram uma organização criminosa de alta periculosidade e capaz de oferecer risco real à soberania do país. Mas, as declarações de Pimentel também servem para tranqüilizar a sociedade. O general fez questão de dizer no final do texto, mandando um claro aviso à esquerda, que o exército sempre defenderá o país, em questões internas e externas.
   Na medida em que se aproxima o dia 15 de março a liderança esquerdista de todo o país entra em desespero. Aqueles que forem para as ruas tem de estar preparados pois declarações de Lula e de outros líderes deixam claro que pode haver grandes tumultos se a esquerda decidir ir para as ruas enfrentar a sociedade que se manifestará contra Dilma Roussef. Autoridades policiais tem de estar atentas e agir dentro da lei. Desde já solicitamos que serviços de inteligência estejam prontos para identificar possíveis planos de infiltração, criação de tumultos e vandalismo.

 Texto do Clube Militar:
 O BRASIL SÓ TEM UM EXÉRCITO: O DE CAXIAS!
Ontem, nas ruas centrais do Rio de Janeiro, pudemos assistir o despreparo dos petistas com as lides democráticas. Reagiram inconformados como se só a eles coubesse o “direito” da crítica aos atos de governo. Doeu aos militantes petistas, e os levou à reação física, ouvir os brados alheios de “Fora Dilma”.
Entretanto, o pior estava por vir! Ao discursar para suas hostes o ex-presidente Lula, referindo-se a essas manifestações, bradou irresponsáveis ameaças: “ ..também sabemos brigar. Sobretudo quando o Stédile colocar o exército dele nas ruas”. Esta postura incitadora de discórdia não pode ser de quem se considera estadista, mas sim de um agitador de rua qualquer. É inadmissível um ex-presidente da República pregar, abertamente, a cizânia na Nação. Não cabem arrebatamentos típicos de líder sindical que ataca patrões na busca de objetivos classistas.
O que há mais por trás disso?
Atitude prévia e defensiva de quem teme as investigações sobre corrupção em curso?
Algum recado?
O Clube Militar repudia, veementemente, a infeliz colocação desse senhor, pois neste País sempre houve e sempre haverá somente um exército, o Exército Brasileiro, o Exército de Caxias, que sempre nos defendeu em todas as situações de perigo, externas ou internas.
REVISTA DA SOCIEDADE MILITAR

Se houver guerra, vamos à luta!

Depois das duras críticas a Lula e promessa de reação. General diz que: Se houver guerra, vamos à luta!

Paulo Chagas é o general que foi notícia recente em redes da direita.  O oficial, embora recebendo salário do Ministério da defesa, não se omitiu em expressar sua insatisfação em face dos absurdos cometidos pelos atuais governantes. Como resultado disso foi exonerado pelo atual Ministro da Defesa.
De General Paulo Chagas. Caros amigos
Como todo o cidadão de bem, sempre fui obediente à lei e à ordem. Como soldado, além disso, sempre fui subordinado à hierarquia e à disciplina, mas, se no futuro próximo houver guerra, o que restará a fazer além de encarar a luta?
Como ainda acredito que os bons sempre vencem, nada temo.
Uma gangue de arruaceiros, bandidos, fanáticos, adesistas e corruptos, conduzindo uma massa de prisioneiros da fome e da ignorância colocou o PT, o Lula e a Dilma lá e permitiu coniventemente que eles quebrassem e desmoralizassem o Brasil.
São esses mesmos traidores da Pátria que agora querem “ir à guerra” para garantir o poder sobre a massa falida em que transformaram o País!
Não passam de hienas desesperadas tentando manter a posse do que resta da carcaça.
O caos transformou o engodo em realidade, fez os menos ignorantes enxergarem o quanto foram ingênuos e coniventes com o mal, os somou aos que nunca acreditaram em mentiras e mudou o fiel da balança.
Como consequência, lógica, legal e democrática, o caos trouxe–nos a possibilidade de alijar do poder, definitivamente, o PT e seus apaniguados, como já foi feito anteriormente pelo próprio PT por nada mais do que uma Fiat Elba!
É natural que os desmascarados não queiram entregar de bom grado os postos e privilégios com os quais se têm locupletado e lambuzado, desde o primeiro mandato da era pós moral, sob a liderança do desesperado Sr Lula da Silva e os muitos ladrões que o acompanham.
Se vivêssemos ainda no tempo em que o crime não compensava, em que a lei, a ordem e a honestidade de propósitos estavam acima de tudo, quando os homens de bem estavam no governo e os bandidos e terroristas na clandestinidade, na cadeia, no exílio ou no cemitério, nenhuma hiena com as qualificações do Sr  Lula da Silva teria coragem para fazer qualquer tipo de ameaça à Nação.
Se houver guerra, como quer o agitador mor e seus cúmplices, teremos que encará-la e ir à luta, com a convicção de que estaremos do lado certo e que teremos conosco os homens e as mulheres que foram preparados para lutar pelo que é direito com as armas do direito!
Com certeza, desta vez, eles não precisarão usar a iniciativa que lhes outorga a lógica da vontade da nacional, porquanto, como em Berlim, “ainda existem juízes no Brasil”! (*)
Gen Bda Paulo Chagas – Em: https://genpaulochagas.wordpress.com/

Aparelhamento e corrrupção destroem o ensino na Bahia


Antonio Henrique Dias Silva
A corrupção nessa combalida caricatura de país não se limita à Petrobras e empreiteiras, na educação pública está sempre se esgueirando, sorrateira, mas na Bahia há uma verdadeira quadrilha que usa e abusa da omissão dos seus funcionários.
Aqui na Bahia o setor de educação pública é curral do pessoal do governo, PT, em Feira de Santana, segunda cidade do Estado. O deputado Zé Neto (PT) é o dono da DIREC, ele indica diretoras para os cargos na escolas, por pedido de amigos, e essas diretoras têm a obrigação de arranjar votos para os candidatos do partidão, são convocadas em época de eleição para fazerem o diabo, seja com os professores, alunos e familiares e com o pessoal de apoio das escolas, nada diferente do que se passa no resto desse resto.
O pior é que essas senhoras começam a embolsar as verbas federais que são destinadas à manutenção da escola e dos alunos, merenda e outras. É muito dinheiro, na escola onde trabalho, uma dessas senhoras passou oito anos no comando, foi exonerada em maio do ano passado por desvio, só nos dois últimos anos, da soma de cerca de R$ 200 mil e mais o que não ficamos sabendo. Imagino que esse assalto deva ficar por mais de R$ 500 mil, é pouco, mas se somarmos as diversas escolas do município, com suas exceções, mais as dos outros municípios, nesses oito anos de governo Wagner (PT), com esse pessoal parasitando o sistema de educação sem ser punido, chegaremos a valores muito mais expressivos.
A propósito, a diretora foi exonerada da função, mas não foi e nem será punida, não houve sequer uma auditoria nas contas da escola, e a diretora imposta pela ex-secretária da DIREC II de Feira de Santana é uma senhora que deu continuidade a essa sangria, desde o mês de junho quando assumiu o trono, está sem prestar contas, falar em auditoria com ela é criar confusão.
Mas como educação não conta, essa sujeira será jogada para baixo do tapete. Então já estamos dançando à beira do precipício e nem percebemos. Na Bahia estão fechando os turnos noturnos das escolas estaduais, ninguém se furtou em denunciar o fato. O governo do PT fez com maestria o que o DEM não conseguiu – destruir a educação básica, algo proporcionalmente muito mais danoso que a corrupção da Petrobras, do BNDES e das hidrelétricas e outras que estão doidas para vir à luz.

Recordar é viver: Governo Lula já quis punir o “exército do MST”


Stédile diz que o “exército” do MST tem 23 milhões de integrantes. Será?
Carlos Newton
O comentarista Edson Almeida, sempre atento, fornece excelente contribuição ao debate sobre a conclamação de Lula em discurso na ABI, quando ameaçou o país dizendo que o líder João Pedro Stédile irá ocupar as ruas com o “exército” do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, para enfrentar protestos contra o governo federal.
Almeida nos enviou um interessante e instigante reportagem da Agência Folha, procedente da sucursal de Brasília e assinada pelos repórteres Léo Gerchmann, Luciana Constantino e Fernanda Krakovics, sob o título “Tensão Política – Governo evoca autoridade e ameaça punir os fora da Lei”.
No caso, os fora da lei eram os integrantes do chamado “exército” do MST. A reportagem foi publicada em 2003 com os seguintes subtítulos, bastante reveladores: “Planalto deflagra operação para reagir à declaração de Stédile, do MST” e “Governar é coisa séria, nós não estamos brincando, afirma Bastos”, com declarações do então ministro da Justiça, Marcio Thomaz Bastos.
Vale a pena ler de novo, porque recordar é viver:
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GOVERNO EVOCA AUTORIDADE E AMEAÇA PUNIR OS “FORA DA LEI”
(Folha, 26 de julho de 2003)
O governo federal deflagrou ontem uma operação da qual participaram ministros e o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por meio do seu porta-voz, para reagir às declarações do coordenador nacional do MST João Pedro Stédile, que, em palestra a sem-terra, definiu o movimento como “um exército de 23 milhões de pessoas” que não podem “dormir enquanto não acabarem com eles [os latifundiários]”.
As reações mais incisivas partiram dos ministros José Dirceu (Casa Civil), que, em tom de ameaça, evocou a autoridade do governo, e Márcio Thomaz Bastos (Justiça), que afirmou que a repressão aos movimentos sociais crescerá caso haja um aumento na incitação à violência.
Em Palmas, Dirceu disse: “Não violem a lei e a Constituição. Não façam isso. Não duvidem da autoridade do governo. Hipótese zero de o governo tolerar qualquer abuso. Hipótese zero também de o governo abusar de sua autoridade”. A afirmação, feita em debate de preparação do Plano Plurianual para o período 2004-2007, se referia tanto aos sem-terra quanto a protestos de servidores.
Em relação às declarações de Stédile, Dirceu se negou a fazer comentários diretos, mas afirmou: “Não existem radicalismos no país e temos de olhar com serenidade todas as situações”.
Ele disse que o Executivo tem de ser o mais sereno possível e que só é preciso pressa para o crescimento econômico. “Já estamos abaixando os juros, que irão cair cada vez mais. Quanto aos conflitos sociais e ao caso ocorrido recentemente com os sem-teto em São Paulo, já foram resolvidos tanto pelo governo federal quanto pelo estadual”, declarou.
“ABSURDAS”
Apesar de o presidente Lula ter afirmado, por meio de seu porta-voz, que não iria comentar as declarações de Stédile porque as considerou “absurdas” e porque não estariam confirmadas, Thomaz Bastos assumiu “a palavra do governo federal”.
“O presidente considera tão absurdas as frases atribuídas ao coordenador do MST que prefere aguardar uma eventual confirmação dessas frases por parte do coordenador antes de se pronunciar a respeito”, disse André Singer, porta-voz da Presidência.
Já o ministro da Justiça ameaçou: “Se o tom desse conflito [agrário] subir, a reação do governo subirá também. Não estamos brincando, é uma coisa séria governar”, afirmou.
“Os atos, fatos, ações que possam quebrar a legalidade serão reprimidos com severidade. Todas as decisões judiciais serão cumpridas rigorosamente”, disse ele em evento sobre segurança pública, promovido pelo governo federal, em Porto Alegre.
Segundo Thomaz Bastos, “essa não é a palavra do ministro da Justiça, é a palavra do governo do presidente Lula”. “Não permitiremos que essas palavras [de Stedile a respeito dos latifundiários] se transformem em ação”, complementou o ministro da Justiça.
“Presidimos um Estado de Direito que precisa ser mantido. Isso vale tanto para o MST quanto para os ruralistas.”
O ministro da Justiça aproveitou o clima tenso vivido no país em razão de conflitos sociais como um exemplo dos motivos que tornariam inoportuna uma eventual greve de juízes contra a reforma da Previdência. “É um exemplo prático do porquê não podem fazer greve”, afirmou ele.
“RESPEITO À LEGISLAÇÃO”
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto, também rebateu as declarações de Stedile. Disse que as afirmações do coordenador nacional do MST “obviamente não guardam nenhuma concordância” com o que o governo defende.
“A reforma agrária será feita em um ambiente de absoluto respeito à legislação, em um ambiente de diálogo, de negociação e cooperação”, disse. “Estamos trabalhando fortemente para desestimular qualquer manifestação de violência no campo. Todos sabemos a diferença clara que existe entre o direito de expressão, de opinião, e o ambiente de violência, que é inaceitável.”
Outros dois ministros que saíram em defesa do “Estado de Direito” ao comentar as declarações de Stédile foram Tarso Genro (Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Social) e Roberto Rodrigues (Agricultura).
Em Porto Alegre, Genro afirmou: “Toda declaração contra o Estado democrático de Direito, contra a estabilidade das instituições e contra a liberdade das pessoas não é aceita, não é estimulada e não é defendida pelo governo federal. Nossa visão é manter o Estado de Direito funcionando. Todas as pessoas têm o direito de fazer suas manifestações dentro da ordem democrática e respeitando os outros”.
Rodrigues, ruralista e defensor do direito dos fazendeiros de protegerem suas propriedades dentro da lei, considerou, em nota, “absurdo inconcebível” e “ameaçadora agressão ao Estado de Direito” as declarações.
Com o título “O campo produz paz”, a nota do ministro da Agricultura afirma que a ameaça contra “empresários rurais” revela desconhecimento em relação aos avanços obtidos pelo agronegócio – responsável por 27% do PIB (Produto Interno Bruto).
“Trata-se de um absurdo inconcebível, um equívoco brutal e uma ameaçadora agressão ao Estado de Direito e à democracia. Defender uma solução violenta para a questão agrária é não ter compromisso com o império da lei, com a democracia e com a paz”, declara Rodrigues na nota, escrita antes de o ministro viajar para a Bolívia.
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NOTA DA REDAÇÃO –
É impressionante a mudança sofrida. Antes, o MST era considerado “fora da lei” pelo governo do PT. Agora, o “exército” de 23 milhões de integrantes do MST é apresentado pelo ex-presidente Lula como solução dos problemas brasileiros. Afinal, mudou o MST, mudou a legalidade ou foi apenas Lula que mudou? (C.N.)

Crise não impede novas regalias nos três (podres) Poderes


Isabella Lacerda
O Tempo
A crise econômica anunciada no país em 2015 e o consequente custo de vida mais alto para a população, com reajustes no preço dos alimentos, combustível e impostos, não intimidou os Poderes Legislativo e Judiciário e até o Ministério Público, que aumentarem o leque de regalias de seus integrantes.
Antes mesmo da aprovação do novo pacote de bondades para os deputados federais, o que inclui até passagens grátis para os cônjuges, os deputados estaduais, juízes, desembargadores e promotores de Minas também foram beneficiados com novos auxílios e benesses. Só as ajudas de custo aprovadas nos últimos seis meses vão gerar um impacto anual superior a R$ 300 milhões nos orçamentos – R$ 188,3 milhões só da Câmara dos Deputados.
Depois de criticarem o ajuste fiscal proposto pela presidente Dilma Rousseff e a alegação do governo de não poder reajustar o Imposto de Renda em mais de 4,5%, os representantes do poder público não demonstram preocupação nem intenção de cortar algumas das dezenas de regalias. Entre elas está a verba de gabinete para manter mais de 20 funcionários, auxílio-moradia mesmo para os que têm residência própria, passagens aéreas, alimentação, transporte, entre outros.
DESPREZO À OPINIÃO PÚBLICA
Na análise de cientistas políticos, sociólogos e representantes de movimentos de combate à corrupção, a despreocupação da classe política com a opinião pública faz com que o quadro de abusos se mantenha ou até piore.
Para o sociólogo da USP Antônio Carlos Mazzeo, a cada nova eleição, o Congresso se torna mais conservador, gerando consequências devastadores para o país. “São parlamentares fisiologistas que só se preocupam com eles próprios”, afirma o especialista. Segundo ele, no caso de juízes e promotores, o fato de não serem eleitos pela população torna-os ainda menos interessados em saber como pensa a população.
Ainda segundo o sociólogo, apesar de ser preciso dar condições para que o deputado desempenhe sua atividade, é imoral ultrapassar o mínimo necessário. “Se ele quer que a esposa o acompanhe, ele que pague para ela. Ele ganha para isso. Em pleno arrocho fiscal e situação de dificuldade para o trabalhador, isso se torna inaceitável”, disse.
PROCESSO HISTÓRICO
O historiador e professor da Ufop Antônio Marcelo diz que a opinião publica não existe no Brasil. “A preocupação aparece perto da eleição. Em outros momentos, o que há é descrença”, analisa. Ele diz que esse é um processo histórico da sociedade brasileira, que não se libertou da escravidão. “Esperamos sempre que o outro tome a iniciativa. Somos passivos”, lamenta.
Presidente da ONG Pró-cidade, que tem como bandeira a reforma política, Marcílio Moreira lamenta o que classifica como um “novo ato de desrespeito” dos deputados. “Há uma passividade. Estou há sete ano no movimento pela reforma política, mas o apoio é pequeno. Enquanto o sistema continuar igual, com as mesmas figuras e forma de elegê-las, não haverá melhora”, diz.

O Eldorado da pegadinha do Lula virou pó


Helil Cardozo
O Globo
O Brasil acreditou na propaganda do PT. Milhares de incautos caíram na pegadinha do ex-presidente Lula. Nove anos depois do anúncio de que Itaboraí seria a terra prometida, escolhida para sediar o Comperj, maior polo petroquímico do país, assistimos estarrecidos ao sonho virar pesadelo.
De polo petroquímico, o Comperj virou refinaria. O que inicialmente deveria terminar em 2013, agora só em 2017. Vieram as greves dos trabalhadores, primeiro sinal de que alguma coisa ia mal. Na sequência, o escândalo do petrolão e a queda do preço do barril de petróleo para menos da metade do que valia há dez anos, ameaçando seriamente inviabilizar o pré-sal e a própria Petrobras.
Não será surpresa se a nossa refinaria virar em breve um posto de gasolina.
VENDEDOR DE ILUSÕES
Desde que foi feito o anúncio, em 2006, pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o melhor vendedor de ilusões que a história recente já produziu, de que Itaboraí era a terra prometida, escolhida para sediar o empreendimento da Petrobras, a cidade nunca mais foi a mesma.
Até então, éramos um município de pouco mais de 180 mil habitantes, onde as pessoas se cumprimentavam pelo nome e dormiam de janelas abertas. Uma cidade dormitório, mais conhecida por suas laranjas, cerâmica e quebra- molas do que pelo fato de ter abrigado um dos portos mais importantes do Império, o Porto das Caixas. Sim, o IDH era baixo, mas as expectativas também.
A partir daquele dia, o Fusca virou Ferrari. A cidade acelerou de zero para 200 km. A população cresceu rapidamente, com a chegada de trabalhadores e suas famílias, pressionando por serviços públicos que já não eram lá um modelo de eficiência. Juntos, vieram a inflação e a especulação imobiliária que deixaram os aluguéis cobrados em Itaboraí em meados de 2012 comparáveis aos do Leblon, Zona Sul do Rio.
TAMANHA CONFUSÃO
Os moradores mais antigos se assustaram com tamanha confusão e com tantas caras novas que chegaram à cidade; já os mais jovens se encheram de esperança. Era mesmo excitante viver numa cidade tão próspera que assistia à chegada de hotéis de grandes redes, centros comerciais, prédios de luxo e shopping centers, entre outras novidades.
Hoje, a realidade é outra. O cenário é de desolação: os trabalhadores que vieram atrás do Eldorado agora estão desempregados, e vagam sem rumo pelas ruas da cidade sem poder retornar para casa; os aluguéis reduzem e a violência grassa na mesma velocidade em que a economia despenca. Recentemente, uma grande rede hoteleira anunciou a suspensão da construção da segunda unidade no município. Há investidores que sequer vieram buscar as chaves dos imóveis que compraram.
Os cofres públicos sofrem o impacto. A arrecadação de ISS, que já foi de R$ 30 milhões/mês, está em R$ 18 milhões e deverá cair em breve para menos da metade. Como atender à demanda por serviços públicos de uma população que cresceu, segundo o IBGE, mais de 20% em tão pouco tempo? A matemática não fecha. O Brasil acreditou na propaganda do PT. Milhares de incautos caíram na pegadinha do ex-presidente Lula. Agora é preciso responder: quem arca com tamanho prejuízo?
Helil Cardozo é Prefeito de Itaboraí. O artigo foi enviado por Mário Assis.

Dilma, o rebaixamento da Petrobras e a saia justa de Levy


José Fucs
Época

Ao afirmar que faltou informação à Moody’s sobre a situação da Petrobras, Dilma deixa o ministro da Fazenda, que tentou de tudo para evitar a decisão da agência americana, numa situação difícil.
O chamamento da presidente Dilma para que seus ministros “travem a batalha da comunicação” deveria, talvez, ser endereçado a ela mesma – e não é de hoje.
É “estarrecedor”, para usar a palavra preferida por Dilma na campanha eleitoral, que ela não tenha encontrado argumento melhor para comentar a decisão da Moody’s, uma das principais agências internacionais de classificação de risco, de rebaixar a nota de crédito da Petrobras e tirar o grau de investimento da empresa.
“FALTA DE CONHECIMENTO”
Diante da notícia incômoda, mas esperada, frente aos descalabros ocorridos na Petrobras nos últimos anos, Dilma teve o desplante de dizer que a decisão da Moody’s mostrou “uma falta de conhecimento” do que está acontecendo na estatal – uma afirmação que não tem a menor base de sustentação na realidade.
Primeiro, porque qualquer cidadão minimamente antenado sabe que essas avaliações costumam ser feitas com base em criteriosas análises da situação financeira da empresa.
Segundo, porque a Moody’s não tomou essa decisão por perseguição ao governo brasileiro ou à Petrobras, mas para proteger os compradores de seus papéis, em especial os estrangeiros, que poderão ser afetados por eventuais dificuldades de caixa e pelo adiamento dos planos de investimento da empresa.
Terceiro, porque, as outras duas grandes agências de classificação de risco – a americana Standard & Poor’s e a britânica Fitch poderão seguir o mesmo caminho em breve, de acordo com analistas de mercado, demonstrando que a percepção do problema é generalizada.
Quarto, e talvez o ponto mais importante, porque, ao dizer que faltou informação à Moody’s sobre a Petrobras, Dilma está colocando na berlinda o ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Conforme informações divulgadas pelos jornais, Levy teve um encontro reservado com executivos da Moody’s na semana passada, em Nova York, e tentou de tudo para convencê-los de que, se a situação financeira se agravasse, o governo usaria recursos do Tesouro para salvar a Petrobras.
“CARTA DE CONFORTO”
Aos 45 minutos do segundo tempo, Levy, ainda tentou por telefone, em vão, uma última cartada, ao oferecer uma “carta de conforto” que garantiria, por escrito, o comprometimento do governo brasileiro com o aporte de recursos na estatal, caso isso fosse mesmo necessário.
Ao afirmar, portanto, que faltou conhecimento à Moody’s sobre a Petrobras, Dilma está dizendo, ainda que involuntariamente, que Levy não teve competência suficiente para apresentar aos analistas da agência os argumentos que, no seu entender, poderiam convencê-los a não adotar a medida.
Como Levy é hoje a principal âncora de Dilma para recuperar a credibilidade do governo e a confiança dos empresários na política econômica, é difícil imaginar que era isso realmente o que ela queria dizer.
Se desejar realmente vencer a “batalha da comunicação”, Dilma terá de encontrar argumentos mais sólidos e críveis para explicar situações delicadas de seu governo, como o rebaixamento de que foi alvo a Petrobras. Mas, por tudo o que conhecemos sobre as suas dificuldades de comunicação e as manobras dos marqueteiros do PT e do governo para negar o inegável, talvez seja esperar demais.
(artigo enviado pelo comentarista Mário Assis)