sábado, 28 de fevereiro de 2015

Greve reflete na oferta de alimentos da Central de Abastecimento de AL


Caminhoneiros protestam nas rodovias contra o preço dos combustíveis.
Alimentos que vêm do Sul do país estão mais caros e com baixa qualidade.

Do G1 AL, com informações do ALTV
A crise no abastecimento no setor de comércio e alimentício por conta da greve dos caminhoneiros contra o preço do combustível e do valor dos fretes também começa a afetar a Central de Abastecimento de Alagoas (Ceasa). A manifestação fechou diversas rodovias pelo país na última semana, o que deixou muita mercadoria presa nas estradas.

Na Ceasa localizada no bairro da Forene, em Maceió, os produtos alimenticios que têm origem em estados do Sul do país já estão mais caros. Pimentões vermelhos e amarelos estão em falta e frutas como ameixa, pêras, kiwis e morangos estão chegando em pouca quantidade e com baixa qualidade.
Alguns produtos são encontrados em baixa quantidade e qualidade (Foto: Reprodução/TV Gazeta)Produtos são encontrados em baixa quantidade
e qualidade (Foto: Reprodução/TV Gazeta)
Consumidores e vendedores reclamam da situação. Valdeir José da Silva, que é vendedor na Central diz que os produtos demoram a chegar. “Como o caminhão passa três, quatro dias lá [preso nas rodovias], quando a maçã chega, já está quase ruim”, lamenta.
A consumidora Antônia Borges também não gostou da situação. “Está tudo mais caro e em menor quantidade. Não tem opção para escolher. Agora mesmo vim aqui para comprar o kiwi e só vende a caixa inteira”, reclama a consumidora.

A alternativa para o consumidor economizar é recorrer aos produtos locais ou regionais, que não foram afetados pela paralisação dos caminhoneiros. É o caso das bananas que são vendidas por Cícero da Silva.
“Essa semana a gente ainda não sentiu falta de mercadoria não. Está normal”, diz o vendedor que compra as bananas em Pernambuco e traz para revender na Ceasa.
 A expectativa é que com o término da greve dos caminhoneiros, a oferta de produtos volte ao normal, mas segundo o diretor executivo da Associação dos Comerciantes da Ceasa, Francisco Lau, isso não deve representar uma queda expressiva nos preços praticados na central.
"Essa situação é causa justamente por causa do aumento do preço dos combustíveis que houve agora no país. Então, por isso, com a greve, acarretou mais ainda realmente a qualidade dos produtos, então a tendência é aumentar os preços", analisa o diretor.

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