Ruy Castro Folha
A grande frase de 2017, “Tem que manter isso, viu?”, cometida pelo
presidente Michel Temer ao ouvir de um amigo poderoso que este estava
subornando um deputado preso para impedir que o dito deputado contasse
os podres que sabia sobre eles, costuma ser classificada como “pouco
republicana”. Nem todos entendem o significado dessa expressão. Sabem
vagamente que tem a ver com “República”, que entendem como uma forma de
governo oposta à monarquia. Pode ser, mas, no caso, aplica-se à “res
publica”, a coisa pública, aquilo que diz respeito a todos nós.
Ao afirmar “Tem que manter isso, viu?”, a autoridade está endossando
um cala-boca para encobrir o esclarecimento de crimes contra o interesse
público — crimes que, em primeira e última análise, desviam dinheiro
destinado a ocupar os 20% de brasileiros entre 14 e 29 anos que não
estudam nem trabalham, abastecer de gaze e esparadrapo os hospitais
públicos e devolver as ruas do Brasil aos seus cidadãos. CASO DE MARIN – Daí a vergonha de muitos, outro dia,
ao constatar que dependemos dos EUA para cuidar dos nossos criminosos.
Ao levar apenas dois anos para investigar, julgar, condenar e prender o
ex-presidente da CBF José Maria Marin, os americanos nos deram uma aula
do que entendem por “res publica”. Por ser uma decisão em primeira
instância, cabe recurso — mas Marin foi preventivamente engaiolado, para
não restar dúvida de que não fugirá para o Brasil, onde passaria o
resto de seus dias assobiando no azul.
Como, aliás, acontece com a maioria dos nossos ex-presidentes e
atuais governadores, deputados e senadores soterrados por montanhas de
processos e que, graças às leis brasileiras, apostam que seus crimes
cairão de maduros antes que se chegue a uma decisão.
Decisão esta que, caso os desfavoreça, sempre terá um juiz leniente a anulá-la.
Deu na Agência Brasil
O governador Luiz Fernando Pezão anunciou que irá se aposentar da
política ao término do mandato, no fim de 2018. “Eu estou cansado. Estou
há 35 anos na política, desde 1982 que eu disputo voto. A política
mudou muito. Quem gosta de trabalhar, quem gosta de entregar, está cada
vez mais difícil fazer. Hoje, tem muita gente para falar não, para
fiscalizar. Se a gente não fizer um pacto pelo fazer, vai ficar
prevalecendo muito o pacto pelo não fazer”.
Pezão, que falou à imprensa após cerimônia de liberação de recursos
do Ministério da Educação para escolas do Rio de Janeiro, disse não se
arrepender de nada em sua trajetória. “Eu acho que fui longe demais, o
povo e Deus foram muito generosos comigo. Eu nunca esperei chegar a
governador, sai de uma cidade de 25 mil habitantes e 15 mil eleitores”. CABEÇA ERGUIDA – Pezão afirmou que vai terminar o
mandato com a cabeça erguida, deixando a economia do estado saneada.
“Estou encerrando o ano de 2017, que parecia um ano intransponível.
Quando eu olhava lá em 2016, saindo da minha doença e do hospital, os
técnicos falavam que a gente ia pagar oito folhas de pagamento nesse
ano. Quase que a gente pagou 12. E eu tenho certeza que, em 2018, nós
vamos colocar tudo em dia e vou sair daqui de cabeça erguida, deixando
para o meu sucessor previsibilidade. Não vai ter arresto, não vai ter
bloqueio, é só ele continuar com os ajustes que nós começamos a fazer e
vamos implementar mais forte ainda em 2018”, garantiu.
Quanto aos pedidos do Movimento Unificado dos Servidores Públicos do
Estado do Rio de Janeiro (Muspe) para correção de problemas na folha de
pagamentos, feitos em reunião ontem, Pezão afirmou que só poderá atender
a outras questões após colocar os salários em dia, o que deve ocorrer
ainda em janeiro. “Rapidamente, eu quero colocar os salários em dia,
tivemos aumento de arrecadação forte, já foram fortes nos últimos quatro
meses do ano, e janeiro costuma ser bom”.
A procuradora-geral da República, Raquel
Dodge, entrou com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para questionar
a previsão de orçamento de R$ 99 milhões destinada à comunicação
institucional da Presidência da República. Segundo Dodge, é
inconstitucional o uso da verba pelo governo para realizar propagandas a
favor da reforma da Previdência.
A dotação orçamentária está prevista na Lei 13.528/2017, aprovada
pelo Congresso, que abriu crédito suplementar de R$ 6,9 bilhões para
reforçar o Orçamento da União. Pela lei, há a previsão de destinar R$ 99
milhões para a comunicação institucional do governo. SUSPENSÃO – Ao ingressar com a ação, a procuradora pediu urgência na suspensão da norma.
“[São] Irreparáveis ou de difícil reparação tanto o dano gerado aos
cidadãos brasileiros submetidos a campanha do Governo Federal com fim de
mero convencimento sobre a necessidade de nova reforma na Previdência
quanto às verbas públicas despendidas com essa forma de propaganda
governamental inconstitucional”, afirmou Dodge na ação.
Raquel Dodge citou a propaganda do governo sobre a reforma da
Previdência, e pediu que o Supremo declare inconstitucional o uso da
verba para custear a campanha sobre a proposta.
Segundo ela, a propaganda do governo tem “feição de campanha
estratégica de convencimento público, em que não se dê abertura à
expressão, no mesmo canal publicitário, da pluralidade de opiniões e aos
dados diferentes dos que o governo apresenta na campanha pública de
persuasão”. CIDADANIA – “A comunicação pública deve ter um
caráter estratégico não apenas para os governos, mas, e sobretudo, para a
cidadania”, defende Dodge.
Segundo a procuradora-geral, a Constituição veda a promoção pessoal
de autoridades públicas. “Se a ideia do governo é propiciar, com
financiamento público, debate sobre uma proposta de mudança da
Constituição, a licitude desse empenho se prende a que também sejam
divulgados dados colhidos pelos adversários da proposta, garantindo-lhes
igual espaço de exposição de ideias”, diz a procuradora-geral da
República.
Para ela, não é “cabível” que o Estado banque com recursos públicos
destinados à comunicação institucional uma tese “específica e
unilateral” sobre um assunto e oriente que as informações sejam
divulgadas “segundo a conveniência ditada pelo desejo de convencer, em
detrimento das condições necessárias para a formação autônoma de
convencimento”.
Deu na Veja
Com a aproximação do julgamento de Lula pelo TRF-4, o instituto
Paraná fez um levantamento trocando o nome do ex-presidente por outros
candidatos do PT. De acordo com essa pesquisa, caso Lula não possa
concorrer, o maior beneficiado será Jair Bolsonaro. O ex-militar lidera
em todos os cenários, sempre acima dos 20 pontos porcentuais.
Mas a maior surpresa é o desempenho de Dilma Rousseff. Sem Lula, a
ex-presidente seria a candidata mais competitiva do partido. Bolsonaro é
o primeiro, com 22,8%. Ela fica em segundo na pesquisa, com 13,4% dos
votos, bem à frente de Geraldo Alckmin (8,7%), Ciro Gomes (7,7%) e
Joaquim Barbosa (7,6%). Jacques Wagner, por exemplo, cravou 3,9%. OUTROS ASPECTOS – Sem a ex-presidente Dilma na disputa, Bolsonaro aparece com 23,2%. A segunda colocação ficaria com Marina Silva (14,8%)
O instituto perguntou também quem seria o candidato mais forte sem
Lula. Entre nomes como Fernando Haddad, Gleisi Hoffman e Ciro, deu
Dilma. Quase 30% acham que a ex-presidente herdaria naturalmente a
votação do padrinho político. Que pesadelo.
Deu no G1, Brasília
A presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministra Laurita
Vaz, negou novo pedido de liberdade ao empresário Wesley Mendonça
Batista, um dos sócios do grupo J&F. Atualmente, Wesley cumpre
prisão em São Paulo pela prática de “insider trading” – que é o uso de
informações privilegiadas para obter ganhos no mercado financeiro. O
empresário é acusado de ter utilizado sua delação para lucrar com venda
de ações e compra de dólares quando suas denúncias foram divulgadas.
Este é o segundo pedido de liberdade negado a Wesley pelo STJ. Em
outubro, o ministro Rogerio Schietti Cruz, relator do caso, já havia
negado pedido do empresário. SEM RISCO – Ao solicitar o habeas corpus novamente, a
defesa de Wesley Batista alegou que as investigações sobre o caso já
foram encerradas e que não existem fatos que demonstrem que a liberdade
do empresário ainda levaria risco às investigações e à ordem pública.
Mesmo assim, a presidente do STJ, que analisou o caso por estar de
plantão durante o recesso do Judiciário, negou o pedido e disse que a
única novidade apontada pela defesa foi o encerramento das investigações
nas esferas penal e administrativa.
De acordo com o STJ, a ministra reconheceu que o fim das
investigações pode ter impacto na análise da necessidade da manutenção
da prisão, mas disse que os outros fundamentos que levaram o empresário à
cadeia ainda persistem, como a garantia da ordem pública, o receio de
que ele volte a cometer os mesmos crimes e a inaplicabilidade das
medidas cautelares alternativas, todos já examinados pelo ministro
Rogerio Schietti.
Pedro do Coutto
O presidente Michel Temer assinou decreto na sexta-feira elevando o
nível do salário mínimo em 1,8% a partir de janeiro de 18. O reajuste
ficou abaixo da inflação de 2017 que de acordo com o IBGE, fecha o ano
na escala de 2,9%. O reajuste do salário mínimo é regido pela lei
13.152/15. Essa lei é a que fixa critérios para recomposição do poder de
compra das classes trabalhadoras e dos aposentados e pensionistas do
INSS. Ela diz que a reposição será a soma do índice inflacionário
oficial com a variação do Produto Interno Bruto de dois anos atrás. A
variação do PIB foi negativa em 2016. Mas o IPCA de 2017 foi projetado
na escala de 2,9%. Portanto, o decreto do Presidente Michel Temer colide
com a legislação do país.
Com base na mesma lei, o reajuste dos aposentados e pensionistas do
INSS segue automaticamente a regra. Portanto, o decreto assinado por
Temer no crepúsculo de 2017 é ilegal. Isso porque reajustar salários
abaixo do nível da inflação é reduzi-los efetivamente. MENOR VALOR – Além do mais, as reposições salariais
sucedem os índices inflacionários e são fixadas uma vez ao longo de 12
meses. Assim, os assalariados, sejam eles funcionários públicos ou
trabalhadores regidos pela CLT, encontram-se sempre ultrapassados pela
desvalorização monetária, somente atingindo a escala dessa
desvalorização no mês em que o reajuste é concedido. A partir daí, a
maratona continua, com a diferença entre inflação e reposição
aumentando. Mas esta é outra questão.
O fato é que 33% dos trabalhadores brasileiros recebem o salário
mínimo, conforme revelou a reportagem de Marcelo Sakate na edição 2537
da revista Veja que foi as bancas no mês de julho deste ano.. Os
salários brasileiros são muito baixos. Tanto assim que 54% da mão de
obra ativa ganham menos do que 2.300 reais por mês. 54% da mão de obra
ativa correspondem praticamente a 57 milhões de assalariados. Os que
ganham o piso básico, atingidos pelo decreto de Michel Temer perfazem
uma parcela em torno de 34 milhões de pessoas. Toda vez que um salário
sofre reajuste abaixo do índice inflacionário, seu valor está sendo
diminuído. CONSUMO MENOR – Como pode, assim, o consumo se
expandir? Não vejo jeito. A menos que a população se endivide acima da
altura em que já se encontra.
Eu ia escrever hoje sobre o tema da esperança que se renova
naturalmente a cada 31 de dezembro. Mas deixo para amanhã enfocando
sobre tudo as perspectivas hoje existentes para a luta nas urnas de
2018. Adiei o tema por 24 horas porque Fernando Nakagawa, em reportagem
publicada em O Estado de São Paulo deste sábado, destacou a diferença
praticada pelo presidente da República entre a lei e seu decreto.
O salário mínimo não foi aumentado para 954 reais. Foi diminuído. Da
mesma forma diminuídos foram os aposentados e pensionistas do INSS. De
outro lado, os Fundos de Aposentadoria Complementar foram, de modo
geral, taxados em mais 1,1%.
Coisas da política, coisas do Brasil.
Drauzio Varella Folha
De boas intenções o inferno e os fins de ano estão cheios. De minha
parte, costumo tomar decisões radicais que tornarão meus dias mais
tranquilos e me permitirão conviver mais tempo com a família e os
amigos, fazer as refeições na hora certa, dormir pelo menos seis horas
por noite, atender menos doentes, passar menos horas em aeroportos e em
viagens de ida e volta no mesmo dia para cidades a milhares de
quilômetros de distância.
Houve um tempo em que colocava minha mulher a par desses bons
propósitos. Anos atrás deixei de fazê-lo, menos pelo receio de faltar
com a palavra empenhada, do que pela vergonha diante do descrédito
visível no sorriso dela. ANO 2000 – Nos anos 1960, assisti a uma mesa redonda
na faculdade de medicina, em que um grupo de professores da USP
discutiu um tema candente naquela época: “O trabalho no ano 2000”.
Como os debatedores previam avanços tecnológicos e máquinas que
fariam a maior parte do trabalho humano, a preocupação era o que fazer
com o tempo ocioso dos trabalhadores do século 21, para combater a
sensação de inutilidade que os levaria aos transtornos psiquiátricos e
ao alcoolismo.
Não demorei para constatar o equívoco dessas e de outras previsões
sobre o milênio que estamos vivendo. Aconteceu o oposto: a evolução da
tecnologia só nos trouxe mais trabalho. Cada invenção incorporada tornou
mais escassas nossas horas de lazer. APARELHO DE FAX – No fim dos anos 1980, durante um estágio hospitalar nos Estados Unidos vi um aparelho de fax. Fiquei maravilhado.
Um relatório médico enviado de Los Angeles chegava em Nova York num
passe de mágica. Assim que pude, comprei um aparelho e instalei-o em
casa.
Em poucas semanas, a sala foi invadida por rolos de papel que
jorravam da máquina feito cachoeira, com os resultados de exames
encaminhados pelos laboratórios de análises. Fui obrigado a acordar mais
cedo para dar conta deles.
Depois, vieram o computador, a internet e o e-mail, invenções
inacreditáveis que aposentaram as máquinas de escrever, revolucionaram o
acesso às informações e condenaram o fax à obsolescência. Mas quem
poderia imaginar que o e-mail se tornaria o flagelo estressante da vida
atual? E O CELULAR… – Então, Lúcifer, o anjo decaído que a tudo assiste em sua tarefa cotidiana de atazanar mulheres e homens, inventou o celular.
Era do tamanho de um sapato 45, mas fiquei maravilhado outra vez.
Adeus ao bipe e ao bolso cheio de moedas para ir atrás dos telefones
públicos quando ele tocava.
O sucesso da invenção animou a indústria a produzir modelos cada vez
compactos, de modo a facilitar o transporte para todos os cantos, junto
ao corpo do usuário.
Então, Satanás que a tudo continuava a assistir, criou uma armadilha mais maligna do que o próprio inferno: a tela do celular. NAS GARRAS DO CÃO – Achei o máximo, agora tinha o mundo em minhas mãos: WhatsApp, Facebook, YouTube, Instagram e o diabo que o carregue.
Inadvertido, caí nas garras do Cão. A pessoa me manda um e-mail e
transfere para mim o problema dela. Como não há necessidade de chegar
até um computador para responder, em dez minutos ela me envia um
WhatsApp: “Você não viu meu e-mail?”. Inútil fingir que não recebi a
mensagem, ela verá os dois risquinhos na tela.
Aí, um desocupado me inclui num grupo. Para não magoar os demais
participantes, fico sem graça de sair. Resultado: meus dias são povoados
por gatinhos cafonas dando bom dia, paisagens idílicas musicadas,
pensamentos dignos dos calendários Seicho-No-Ie, piadas cretinas,
maledicências e boatos absurdos apregoados como verdade universal. MAIS “AVANÇOS” – Essa balbúrdia cibernética acelera e estressa o dia a dia, mas aumenta a eficiência no trabalho.
Por essa razão, é fácil prever que os próximos avanços tecnológicos
servirão para nos fazer trabalhar mais, cada vez mais, numa espiral
enlouquecida que nos roubará o resto do lazer que ainda desfrutamos.
Em compensação, dirá você, caríssimo leitor, hoje somos muito mais
competentes. É verdade. Eu seria incapaz de cumprir a metade dos
compromissos que assumi.
Teria deixado de fazer trabalhos e vivido momentos que me trouxeram
realização pessoal, alegria e felicidade. Apesar dos pesares, viva o
futuro.(artigo enviado por Mário Assis Causanilhas)
Gerson Camarotti G1 Brasília
Aliados do deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) já trabalham com um
cenário de cassação rápida se o caso chegar para análise no plenário da
Câmara. A avaliação, até mesmo entre os deputados do PP, é de que diante
da condenação pelo Supremo Tribunal Federal (STF), não há clima para
manter o mandato de Maluf.
“Apesar da idade avançada de Maluf, que pesa entre os deputados, fica
difícil manter o mandato depois da prisão. A palavra final será da
Câmara, mas o ambiente é de cassar o mandato. Ainda mais em ano
eleitoral e com a votação aberta”, observou um deputado do PP. VOTO ABERTO – Mesmo entre os deputados do Centrão, a
tendência é de uma votação expressiva pela cassação. Desde que a
votação de cassação de mandato passou a ser aberta, nenhum deputado
escapou da análise do plenário por causa da pressão da opinião pública.
Mesmo com essa tendência pela cassação, a Mesa Diretora da Câmara
deve questionar no Supremo a perda de mandato automática de Maluf, que
foi preso na semana passada depois da decisão do ministro Edson Fachin.
Ex-prefeito de São Paulo, Maluf foi condenado pelo STF, em abril, por
lavagem de dinheiro no período em que esteve no comando da capital.
Após uma série de recursos, o ministro Fachin decretou na semana passada
que Maluf passasse a cumprir imediatamente a pena de 7 anos e 9 meses
de prisão em regime fechado. PRISÃO DOMICILIAR – Em nota divulgada à imprensa, o
advogado Antonio Carlos de Almeida Castro (Kakay), contratado por Maluf,
afirmou que a decisão do juiz da VEP foi “técnica, responsável e
consciente”, por ter decidido esperar as respostas pedidas pela defesa
antes de tomar a decisão final sobre a prisão domiciliar.
Para o advogado, a atitude contribui para que se dê “conteúdo técnico
para a decisão final”. Ainda na nota, a defesa insiste que o deputado
seja mandado para casa enquanto não sai a decisão final, “em caráter
preventivo e humanitário”.
Merval Pereira O Globo
Começaremos o ano eleitoral de 2018 sem sequer saber quais serão os
candidatos a presidente da República em outubro, o que é fato inédito e
explicita a crise moral e política que vivemos. Ao mesmo tempo que
estamos superando aos trancos e barrancos a crise econômica, saindo da
maior recessão já ocorrida no país, o fator político deve ganhar peso na
formação das expectativas.
Sob esse ponto de vista, o economista Carlos Geraldo Langoni,
ex-presidente do Banco Central e atual diretor do Centro de Economia
Mundial da FGV montou os cenários possíveis para o ano que começa
amanhã, prevendo um crescimento do PIB na faixa de 3%. Haverá, segundo
Langoni, uma reação lenta do mercado de trabalho, gerando percepção de
alguma melhora social, sendo possível que, no meio do ano, a taxa de
desocupação volte a um dígito. ESCOLHA CRUCIAL – Esse reaquecimento, combinado com
ganhos reais na massa salarial deve influenciar positivamente as
expectativas da classe média, com importantes desdobramentos para as
eleições presidenciais. Para Langoni, “será feita uma escolha crucial
entre o populismo irresponsável – mas com a atração fatal das soluções
mágicas – e a continuidade do ciclo de reformas – de implementação
duvidosa”.
Apesar desse contexto complexo, para Langoni permanece alta a
probabilidade de um cenário econômico positivo que combine expansão mais
rápida com inflação baixa e maior mobilidade social. A visibilidade
dessa recuperação multidimensional tornará mais difícil a desconstrução
da estratégia macro com viés liberal, minimizando as opções radicais.
Para ele, a esperada maior volatilidade nos índices de confiança,
acompanhando as pesquisas eleitorais, deve ser compensada pela
aceleração do ritmo de crescimento em ambiente de inflação baixa. ECONOMIA MUNDIAL – Esse crescimento será alavancado
pela economia mundial, pois, segundo Langoni, o PIB mundial deve
sustentar expansão sincronizada liderada pelo comércio internacional. A
China, mesmo com restrições do endividamento excessivo, irá contribuir
para o avanço rápido dos emergentes e para a estabilização das
commodities.
Por outro lado, os efeitos da “Trumpeconomics”, a economia da era
Trump nos Estados Unidos, pode trazer problemas internos. Langoni vê na
reforma tributária dos Estados Unidos, pelo viés expansionista, uma
ameaça ao gradualismo do FED, o banco central dos Estados Unidos. Na sua
análise, eventual alta mais brusca nos juros poderia levar o dólar a
novo patamar global de valorização, com impactos negativos sobre as
moedas emergentes, inclusive o real. AJUSTE FISCAL – O maior desafio do governo Temer é o
ajuste fiscal incompleto, e o rumo da reforma da Previdência no 1º
trimestre será o grande teste de consistência da política econômica.
“Será crucial para definir a tendência de risco-país – hoje na faixa de
200 pontos-base (spreads do CDS) – ampliando ou amortecendo as tensões
eleitorais”.
Em contraste, “com expectativas ancoradas” na definição de Langoni, a
inflação deve permanecer abaixo da meta (IPCA em torno de 4%). Esse é
importante trunfo que deve viabilizar a continuidade, pelo Banco
Central, de uma política monetária expansionista com a taxa básica de 7%
e juros reais de 3%.
No cenário mais provável de Langoni, o avanço mais rápido do PIB será
acompanhado de desempenho setorial mais homogêneo, com avanço da
indústria e serviços e menor dependência da agricultura. Haverá também
maior equilíbrio sob a ótica da demanda: a saída da recessão foi
liderada pelo consumo das famílias.
Com a melhora da confiança, marcos regulatórios consistentes e juros
reais historicamente baixos, Langoni prevê que o investimento deverá
reagir, apontando para a sustentação da retomada. EXPORTAÇÕES – O ajuste externo bem-sucedido deverá
estender-se ao próximo ano: o mega-superávit observado este ano (US$ 65
bilhões) dificilmente será repetido, até porque espera-se maior
crescimento das importações, acompanhando o aquecimento do mercado
interno.
O cenário externo continuará favorecendo as exportações, mas o ritmo
de expansão será mais lento, de 18% para cerca de 10%. Relativa
estabilidade do câmbio deve ser mantida, o ajuste externo com trajetória
benigna: alta apenas moderada no déficit em conta-corrente, para US$ 30
bilhões, financiado com facilidade, por capitais de longo prazo. O
investimento direto estrangeiro permanecerá estável em US$ 80 bilhões.
A solidez das contas externas deverá sustentar o atual patamar da
taxa de câmbio (R$ 3,30 / US$), apesar da maior volatilidade associada à
evolução das pesquisas eleitorais. Deve-se levar em consideração,
entretanto, o viés de desvalorização, refletindo o “efeito Trump” no
cenário internacional e o “efeito Lula” no plano doméstico.
Deu no G1
O comandante do Exército, o general Eduardo Villas Bôas utilizou as
redes sociais para dizer que está preocupado com o “constante emprego”
das Forças Armadas em ações de segurança pública. Em uma publicação no
Twitter neste sábado (30), Villas Bôas voltou a se manifestar sobre o
assunto, afirmando que os números da violência no país mostram que a
segurança pública precisa ser tratada pelos governos estaduais “como
prioridade zero”.
Na última sexta-feira (29), o governo federal autorizou o envio de 2
mil homens das Forças Armadas para o Rio Grande do Norte, estado que
assiste a uma escalada da violência por conta da greve de policiais
militares e civis. TERCEIRA VEZ – Essa é a terceira vez só em 2017 que o
Rio Grande do Norte recebe o apoio do Exército para fazer o
patrulhamento das ruas. Os militares ajudarão na segurança na Grande
Natal e em Mossoró, onde ataques, saques e arrastões estão acontecendo
com maior frequência desde que a polícia deixou de atuar.
“Preocupa-me o constante emprego do @exercitooficial em
“intervenções” (GLO) nos Estados. Só no RN, as FA já foram usadas 3 X,
em 18 meses. A segurança pública precisa ser tratada pelos Estados com
prioridade “Zero”. Os números da violência corroboram as minhas
palavras”, escreveu o general na rede social.
Realizadas exclusivamente por ordem expressa da presidência da
República, as missões da Garantia da Lei e da Ordem (GLO) ocorrem nos
casos em que há, segundo o Ministério da Defesa, “o esgotamento das
forças tradicionais de segurança pública, em graves situações de
perturbação da ordem”. OUTRAS CRÍTICAS – A manifestação deste final de
semana do comandante do Exército contra o uso das Forças Armadas na
segurança pública não é a primeira crítica pública de Eduardo Villas
Bôas em relação ao assunto.
Em junho, em uma audiência pública em uma comissão do Senado, o
general havia usado um tom ainda mais duro. À época, ele afirmou que o
uso de militares em atividades de segurança pública é “desgastante,
perigoso e inócuo”. Na ocasião, ele defendeu que o uso deste modelo, por
meio de decretos presidenciais, seja repensado.
O próprio ministro da Defesa, Raul Jungmann, também já se manifestou
contra os decretos de Garantia da Lei e da Ordem. Em uma audiência no
Senado em junho, Jungmann destacou que há uma “banalização” do uso das
Forças Armadas para ações de segurança pública por meio de decretos.
Renan Ramalho e Maria Fernanda Erdelyi G1, Brasília
O Supremo Tribunal Federal (STF) terminou 2017 sem concluir 50
julgamentos iniciados no plenário, mas interrompidos pelos chamados
“pedidos de vista” apresentados por ministros. Contando com os anos
anteriores, chega a 216 o número de processos suspensos por pedido de
vista neste ano).
Comuns na rotina de tribunais, os pedidos de vista são formulados
durante uma sessão se um dos magistrados diz necessitar mais tempo para
estudar o assunto e elaborar o voto que irá proferir e levar o caso a
julgamento em data futura, em geral indefinida.
Em 38 dos 50 casos deste ano, o ministro que pediu vista escreveu o
voto no gabinete e devolveu o processo, mas a retomada do julgamento não
ocorreu por não sido marcada uma data ou porque não houve tempo para
julgar – cabe à presidente da Corte, Cármen Lúcia, a elaboração da pauta
e da agenda de julgamentos. DESDE 2001 – No total, há 216 casos à espera de
julgamento no Supremo devido a pedidos de vista. Esses casos representam
pouco mais que 0,4% do total de 45,5 mil processos em tramitação no
tribunal. O caso mais antigo é de 2001.
As regras internas do tribunal permitem a qualquer ministro, durante
um julgamento, pedir “vista” – o termo decorre do tempo em que não havia
cópias digitalizadas do processo, e assim a consulta aos autos só era
possível nos volumes oficiais em papel, que ficavam transitando
fisicamente de gabinete em gabinete.
O regimento do STF, de 1980, diz que, após o pedido de vista, o
ministro deve apresentar o voto até a segunda sessão seguinte. Uma
resolução do tribunal de 2003 permitiu ao ministro elaborar o voto em
até 20 dias. Não há, porém, qualquer consequência em caso de
descumprimento de prazo nem no adiamento por tempo indefinido do
julgamento. Nos demais tribunais, os juízes também têm 20 dias para
devolver o processo, mas se descumprirem o prazo sem justificativa, o
caso é incluído na pauta da sessão seguinte.
Elio Gaspari O Globo/Folha
No mundo das coisas boas que podem acontecer em 2018, está a
possibilidade de Jacob Barata Filho, o “Rei dos Ônibus” vir a colaborar
com a Viúva. Quem conhece seus passos garante que isso só acontecerá se
vier a formar uma dupla com o doutor Lélis Teixeira, ex-presidente do
Sindicato das Empresas de Ônibus do Rio e da Federação das Empresas de
Transportes de Passageiros, a Fetranspor. Isso porque Barata é um
engenheiro, mas herdou o império do pai. Lélis é um operador desenvolto,
algo presunçoso, porém ousado.
Barata jamais incriminará Lélis mas, juntos, poderão prestar um
grande serviço aos passageiros dos ônibus que lhes deram fama e fortuna.
Os dois conhecem como poucos a máquina de roubalheiras do setor. Ela
passa pelos três Poderes, pela União, pelos Estados e pelos municípios.
Barata e Lélis já foram presos. Gilmar Mendes, padrinho de casamento da
filha do “Rei”, tirou-os da cadeia. COISA ANTIGA – O setor de transporte público era
corrupto antes da chegada dos Barata e dos Lélis. O aspecto sistêmico
dessa corrupção é mais velho, mais arraigado e mais difícil de ser
combatido que as roubalheiras da Petrobras. Como há bocas a alimentar no
Executivo e no Legislativo, nenhum empresário consegue prosperar sem
aceitar mordidas.
Vale lembrar que as primeiras denúncias de corrupção do PT vieram das
relações incestuosas com concessionários de transportes. O Rio só
começou a implantar o seu péssimo sistema de Bilhete Único em 2010, seis
anos depois de São Paulo. A essa época os sábios do mercado perguntavam
quem pagaria pela política pública. Segundo o MP, o Magnifico Cabral
recebeu R$ 144 milhões das empresas de ônibus. Ele embolsava, inclusive,
para não implantar o Bilhete Único. (Um certo “Pé Grande” recebeu R$
4,8 milhões da Fetranspor. O governador Luiz Fernando Pezão nega que
seja ele.) DINHEIRO VIVO – As empresas fazem o que querem e
pagam o que lhes pedem, ajudadas pelo fato de arrecadarem milhões de
reais em dinheiro vivo. No Rio, segundo um operador, a Fetranspor
aspergiu R$ 260 milhões em seis anos.
Barata e Lélis sabem que arriscam tomar condenações pesadas. É certo
que eles têm motivos para supor que se safam, socorridos por recursos,
indultos, reviravoltas judiciárias e macumbas gerais. Mesmo assim, se
der zebra, vão para Benfica, para onde eles acreditavam que só ia quem
andava de ônibus.
Clóvis Rossi
Folha
No ano que está para começar, nós brasileiros vamos para a oitava
eleição presidencial direta consecutiva, desde o fim da ditadura. Não
estaremos sozinhos: votarão também paraguaios, colombianos e mexicanos.
Nem incluo a Venezuela na lista, embora também esteja prevista eleição
presidencial, porque é uma fraude democrática completa —e ainda por cima
fracassada.
Muito para festejar em 2018, portanto. Ainda mais para quem, como eu,
deve ter o recorde mundial de cobertura de transições do autoritarismo
para a democracia (Argentina, Brasil, Chile, Paraguai, Uruguai, Bolívia,
El Salvador, Guatemala, Nicarágua, Portugal, Espanha, África do Sul). PARTICIPANTE – Nem sempre fui só testemunha ocular,
mas também participante da festa, porque acho que, contra ditaduras, não
cabe neutralidade. Ou se está com a civilização ou com a barbárie.
Na noite do plebiscito de 1988 que acabaria assinalando o fim da
ditadura de Augusto Pinochet, estava tentando avisar a Folha de que o
resultado atrasaria quando, por trás, se aproximou minha amiga, a
valorosa jornalista Patrícia Verdugo, prematuramente morta, e sussurrou
no meu ouvido: “Ganamos”.
Alguns anos antes (1983), Raúl Alfonsín, candidato presidencial na
Argentina que igualmente saía das trevas da ditadura, vendeu a
democracia com “spots” televisivos que diziam que, com ela, tudo iria
melhorar (saúde, educação, a vida enfim). Não foi bem assim, mas todos
os países acima citados estão hoje melhor do que durante as respectivas
ditaduras. Até o Brasil, pode acreditar. SEM ILUSÕES – O que talvez tenha murchado é a ilusão
revolucionária, como demonstra o depoimento à sempre brilhante Sylvia
Colombo do escritor nicaraguense Sergio Ramírez, admirável amigo:
“Permaneceu (na Nicarágua) apenas a retórica revolucionária, com seu
discurso anti-imperialista e anticapitalista. Mas nada disso é verdade,
porque o governo de Ortega [Daniel Ortega, líder histórico do
sandinismo] tem uma aliança profunda com os grandes empresários. (…) A
Nicarágua não mudou estruturalmente em quase nada. Metade da população
vive na pobreza aguda, e mais de 70% dos empregos são informais”.
Troque Nicarágua por, digamos, Brasil, Argentina dos Kirchner, a
Venezuela chavista, e a avaliação não seria muito diferente (o IBGE
acaba de mostrar que 64,9% dos brasileiros vivem em situação de “pobreza
multidimensional”, quando se inclui na medição, além da renda, a
educação e as condições de habitação).
Na Venezuela, é muitíssimo pior. Trata-se de um desastre social e econômico sem paralelos na história da América Latina. HÁ DESÂNIMO – No conjunto do subcontinente, dá,
pois, para entender o desânimo dos eleitores. Mas lembro-me de um
diálogo no elevador que me levava à antiga sede do Partido Socialista
Operário Espanhol, nas vésperas da eleição de 1977, a primeira do
pós-franquismo. O elevador era antigo, lento, rangia a cada movimento.
O ascensorista, mal-humorado, talvez franquista, comentou: “É lento
como a democracia”. Alguém do fundão devolveu: “Lenta pero segura”.
Vamos, pois, erguer a cabeça e lembrar que “demo” vem de povo. Se a democracia fracassa, o fracasso é de todos nós.
31 de Dezembro de 2017 às 16:32 Por: Pedro Vitorino Junior/Photo Press/Folhapress Por: Folhapress
O
desembargador Claudio Santos, do Tribunal de Justiça do Rio Grande do
Norte, determinou neste domingo (31) que os comandantes da Polícia
Militar, do Corpo de Bombeiros Militar e da Polícia Civil do Estado
efetuem a prisão em flagrante dos integrantes da segurança pública que
promovam, incentivem ou colaborem para a continuação da greve de
policiais.
Os policiais militares do Estado estão aquartelados há
13 dias para reivindicar melhores condições de trabalho e pagamento de
salários atrasados.
Foram escalados pelo governo estadual para
atuar na segurança dos principais pontos da festa de Réveillon 270 cabos
da PM que começaram na sexta (29) o curso de formação de sargentos.
Além
dos policiais, o patrulhamento das ruas para evitar novos arrombamentos
e roubos será feito por 190 homens da Força Nacional de Segurança
Pública e 2.800 homens das Forças Armadas, que começaram a atuar nas
ruas de Natal na sexta-feira (29).
Desde o início da paralisação,
houve 94 mortes violentas no Rio Grande do Norte, segundo o Observatório
da Violência Letal Intencional (Obvio), que contabiliza homicídios no
Estado. O dia de maior letalidade foi a sexta-feira (29), com 17 mortos.
No
mesmo período temporal em 2016, de 19 a 31 de dezembro, foram 73
mortos, ou seja, aumento de 29% do ano passado para este. A média de
mortes violentas ao dia no Estado no período da paralisação é de 7,23.
Como comparação, ao longo deste ano todo o número é de 6,6 mortes
diariamente -um crescimento de 10% desde que os policiais deixaram de
patrulhar.
31 de Dezembro de 2017 às 16:38 Por: Reprodução Por: Redação BNews
O
chefe do núcleo de operações da Polícia Federal, Newton Ishii, recusou
convites para entrar para a política. No entanto, de acordo com o site O
Antagonista, o agente deve se tornar consultor de uma multinacional
após se aposentar na PF.
Ainda segundo a publicação, Ishii adiou
sua aposentadoria a pedido do empresário Marcelo Odebrecht. O motivo do
pedido teria sido o bom tratamento que o agente dava ao empreiteiro na
prisão em Curitiba.
Os servidores públicos do setor de educação do município de Gongogi,
apresentaram nova denúncia ao Portal Gongogi alegando não ter recebido o
13º Salário e o mês de dezembro e não compreende a atitude do prefeito
Kaçulo (PR), uma vez que todos as prefeituras da região estão quites com
as suas obrigações salariais, segundo as notícias. Em entrevista ao
blog, o Secretário de Finanças, Binho Reis, afirmou que o problema
estaria resolvido antes de findar o ano, todavia, no limiar do réveillon
os funcionários continuam com os bolsos vazios na caminhada de uma
verdadeira via-crúcis. Indignados a categoria foi às ruas e recebeu
promessa do pagamento. Uma professora revoltada expressou: “Quando eu
digo em matéria de pagamento não dá pra acreditar em nada (…)”. Acusando
ainda a gestão de promover desmandos, professores se perguntam porque o
prefeito não justificou a ausência do pagamento no prazo, sendo que
tinha dinheiro em conta desde o dia 26/12. “Vocês estão nos testando?
Não façam isso vocês viram a última vez, e a próxima manifestação, meu
amigo, vai abalar Gongogi, não somos palhaços. Respeito é para todos”,
desabafa outra professora nas redes sociais. Representantes da
APLB/Sindicato reafirmaram que iriam tentando novos diálogos com o
prefeito municipal. (Ubaitaba Urgente)
Virada do ano é
momento de festejar com fogos de artifício. Consequentemente, aumenta o
risco de acidentes e queimaduras. Veja dicas de prevenção da Secretaria
da Saúde para evitar lesões nas mãos, braços, rosto ou mesmo auditivas.
Confira:
– Nunca use materiais de fabricação caseira;
– Não armazene grande quantidade de fogos em um único local. Uma simples faísca pode causar um grande acidente;
–
Nunca solte rojão segurando diretamente na mão. O ideal é interpor com
vários rojões já usados ou varetas, deixando uma distância de pelo menos
60 cm da mão e afastado do rosto;
– Não aponte o rojão para onde há aglomeração de pessoas;
– Evite soltar fogos em proximidade com fios elétricos;
–
Não se aproxime da fogueira se estiver segurando copos de vinho quente
ou quentão. Como são inflamáveis, a proximidade das bebidas com as
fogueiras pode resultar em acidentes;
– Se beber, não solte fogos ou mesmo brinque perto de fogueiras;
–
Cuidado com a combinação crianças e biribinhas (bombinhas que estouram
quando lançadas ao chão). As faíscas podem atingir substâncias com
potencial para incêndio, como o álcool utilizado para iniciar o fogo das
fogueiras, e provocar acidentes. Pets x fogos de artifício
A
maioria dos animais fica muito assustada com o barulho da queima de
fogos. Os cães e gatos têm a audição muito sensível e detectam um som
quatro vezes mais distante do que os humanos. Por conta disso, o pânico e
o medo desorientam o animal, que tende a correr desesperado e sem
destino, colocando sua vida em risco.
É recomendado criar um
ambiente aconchegante e tranquilo para acomodar os pets nos momentos de
barulho mais intenso, principalmente durante uma queima de fogos. Manter
janelas fechadas, arrumar um esconderijo (tipo cabana) com acolchoados
para abafar os estímulos auditivos ou colocar uma música suave tocando
num volume que ajude a diminuir o som externo, deixará mais agradável o
ambiente para o ouvido canino.
Também é importante retirar do
ambiente móveis ou objetos que contenham partes com pontas ou de vidro e
oferecer um petisco ou um brinquedo para que o animal redirecione a
atenção.
Quando o dono consegue saber com antecedência sobre uma
queima de fogos, é possível minimizar o sofrimento para o pet com uma
longa caminhada horas antes do evento. A atividade é benéfica para
enfrentar a situação e ajudará o animal a ficar mais relaxado na hora
dos fogos.
Além disso, o comportamento do tutor tem papel
fundamental na forma como o animal vai encarar esse desafio. O dono deve
ter cuidado para não reforçar o medo, mas passar confiança e
tranquilidade na hora de se comunicar com o animal de estimação,
buscando agir sempre com naturalidade.
Dica: para minimizar o problema, é fundamental que os donos ensinem os animais a lidar com os mais diferentes estímulos.
Se a informação for confirmada, as repercussões podem tornar a já tensa situação na península coreana ainda mais volátil.
Os
preparativos para o lançamento de mais um míssil balístico estão em
curso na Coreia do Norte, informou o japonês Asahi Shimbun.
O
jornal citou um desertor familiarizado com o programa de desenvolvimento
de mísseis de Pyongyang. Segundo ele, durante uma reunião de altos
funcionários da Coreia do Norte em 11 de dezembro, o líder do país, Kim
Jong-un, alegadamente ordenou o lançamento do novo míssil balístico
intercontinental em 9 de setembro 2018.
A data marca o 70º aniversário da fundação da Coreia do Norte por Kim Il-sung, avô do atual líder do país.
O
novo míssil, de acordo com Asahi Shimbun será uma versão maior do
míssil Unha-3, de 30 metros, que por sua vez é uma versão atualizada do
míssil balístico Taepodong-2.
O desertor afirmou que a Coreia do
Norte planeja lançar um satélite para verificar se o míssil Unha-4 será
capaz de voltar a entrar na atmosfera.
Entretanto, fontes de
inteligência disseram que não havia sinais específicos de que Pyongyang
esteja preparando um novo lançamento de mísseis balísticos.
No
final de novembro, a Coreia do Norte lançou o míssil balístico
Hwasong-15, com alcance de mais de 13 mil quilômetros. O secretário de
Defesa dos EUA, James Mattis, disse que o míssil estabeleceu um novo
recorde de altitude alcançado por um projetil norte-coreano.
>> Sputnik
Dois mil e dezoito
será o ano do Cachorro de Terra, segundo a Astrologia Oriental Chinesa.
No dia 16 de fevereiro de 2018, o astral deixa de ser regido pelo Galo
de Fogo de 2017, "vislumbrando um recomeço", destaca Adriana di Lima,
especialista em Astrologia Chinesa, para o Jornal do Brasil. A
força da Justiça e da lealdade do Cão devem dar a tônica do ano,
sugerindo riscos de visões e atitudes ligadas demais a crenças
particulares, mas podem ser equilibradas pela energia de Terra.
No
horóscopo chinês, há doze animais que regem cada ano e cada pessoa (de
acordo com o ano de nascimento), complementados por um elemento,
(Madeira, Fogo, Terra, Metal e Água). São eles Rato, Boi, Tigre, Coelho,
Dragão, Serpente, Cavalo, Carneiro, Macaco, Galo, Cão e Porco. Em
2018, O Cão é o animal do zodíaco cuja energia vai prevalecer, junto com
a Terra, que é o elemento do ano. "Aplicaremos a esse olhar a
referência da Cosmologia Oriental Chinesa, e utilizaremos o abordagem Ba
Zi Xue para discorrer sobre as possibilidades e tendências energéticas
que poderão se concluir em 2018, observando momentos energéticos
propícios e desafiadores", explica Adriana.
"Como
temos a força da justiça direcionando as ações desse signo, o ano do
cachorro trará um senso de patriotismo às pessoas, mas o cuidado é para
que elas não utilizem seus dogmas e suas crenças de forma rígida,
defendendo sua moral pessoal sem consideração de diálogo com aquilo que é
diferente para ela, e se feche em um olhar estático e limitado,
pensando que dessa forma estará defendendo seus princípios, já que o
Cachorro possui grande sentimento de fidelidade e lealdade", analisa
Adriana di Lima.
Neste sentido, de acordo com a especialista,
haverá uma tendência ao idealismo, seguida por uma demanda de defesa de
crenças particulares, o que pode levar ao fechamento, restringindo a
possibilidade de compartilhar ideias e pensamentos diferentes.
A
energia da Terra, contudo, pode equilibrar um pouco as coisas, pois
"trará certa estabilidade aos processos emocionais e ações físicas".
"Atitudes realizadas sem riscos serão as que vão prevalecer em aspectos
pessoais e profissionais."
A especialista sugere que tanto as
relações pessoais, cotidianas, baseadas na vida particular, quanto
as relações de grande porte, como as relações entre países, por exemplo,
devem ter como base a confiança para progredirem.
"Confiança será
a palavra chave para o ano de 2018, contudo, será sempre um
exercício compartilhar da forma mais tranquila o que está por vir, pois a
imprevisibilidade faz parte da vida, o devir que tanto nos ensina a
contornar nossas ansiedades deve ser considerado e encarado sem medo
nesse ano do Cachorro que emprestará integridade às nossas intenções",
aponta Adriana.
O Brasil inicia o
ano de 2018 com alguns importantes desafios a serem enfrentados. Na
política, a população vai às urnas em outubro para escolher o novo
presidente da República, depois dos conturbados anos vividos no país
após o impeachment da presidente Dilma Rousseff em 2016 e a chegada de
Michel Temer ao poder. Com índice recorde de rejeição, Temer lutará para
aprovar suas reformas no último ano de governo. Já o técnico Tite
comandará, com a pressão de outros milhões de brasileiros técnicos, a
busca do hexacampeonato da Seleção na Copa do Mundo da Rússia. Eleições presidenciais
O
pleito nacional, contudo, promete ser um dos mais disputados e
polarizados. Já em janeiro, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região
(TRF-4) julgará se mantém a condenação ao ex-presidente Luiz Inácio Lula
da Silva, que lidera todas as pesquisas de intenção de voto dos
institutos Ibope e Datafolha. A decisão do Tribunal pode definir o
cenário eleitoral dos próximos meses.
Com a previsão de uma
eventual ausência de Lula na disputa, partidos de esquerda ainda
discutem se haverá um candidato de consenso ou se cada legenda lançará
seu próprio nome. O PDT já tem como pré-candidato o ex-ministro Ciro
Gomes, enquanto o PCdoB, aliado histórico do Partido dos Trabalhadores,
vai lançar a deputada Manuela D'Ávilla. Já alguns setores do Psol se
mobilizam em torno do nome de Guilherme Boulos, coordenador do MTST
(Movimento dos Trabalhadores Sem Teto). O PSB tenta convencer o
ex-presidente do STF Joaquim Barbosa de concorrer na eleição
presidencial.
Na
extrema-direita e aparecendo em segundo lugar nas pesquisas de intenção
de voto, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) busca um novo
partido e terá que enfrentar a rejeição de grande parte da população na
eleição majoritária, tradicionalmente mais difícil para candidatos que
agradam a determinados nichos da sociedade. Bolsonaro também luta para
não ser engolido, no caminho, pela centro-direita, que poderá ser
representada pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), e pelo ministro da
Fazenda, Henrique Meirelles (PSD).
O PMDB de Michel Temer ainda
não lançou nenhum pré-candidato. O DEM do presidente da Câmara, Rodrigo
Maia (RJ), pode abrir mão de ter um nome próprio para se aliar ao
candidato de Temer ou mesmo ao PSDB, de quem é aliado histórico nas
eleições para o Palácio do Planalto. Entre os partidos de Centro, a
candidatura mais forte, com maior recall, segue sendo a da ex-ministra
Marina Silva (Rede Sustentabilidade).
A popularidade da Operação
Lava Jato também pode ser responsável pelo lançamento de nomes do
Judiciário, do Ministério Público e da Polícia Federal nas eleições
majoritárias e proporcionais de outubro. Dezenas de agentes e delegados
podem ampliar a chamada "bancada da bala" no Congresso Nacional.
Conhecido na mídia como "Hipster da Federal", Lucas Valença é um dos
policiais que anunciaram a vontade de entrar na política. Eleições no RJ
No
Rio de Janeiro, o ex-prefeito Eduardo Paes pode deixar o desgastado
PMDB fluminense para concorrer ao Governo do Estado. Recentemente, o
governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) anunciou sua saída da política
após o final do mandato, em dezembro. A oposição ao PMDB terá entre seus
principais nomes o vereador Tarcísio Motta (Psol), que ganha força na
Câmara Municipal por atos como a CPI dos Ônibus para desmantelar um
grande esquema de corrupção envolvendo empresas de transporte no Rio.
Governo Temer
O
governo de Michel Temer entra o ano com taxa de desemprego recorde de
12%, com 12,6 milhões de brasileiros fora do mercado de trabalho,
segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
É a menor taxa de 2017, mas a maior para o período entre setembro a
novembro de toda a série histórica, iniciada em 2012.
O governo
tentará ainda, já em fevereiro, aprovar a impopular reforma da
Previdência, e conta com a ajuda do presidente da Câmara, Rodrigo Maia
(DEM), após longos meses de negociação. A oposição promete obstruir a
votação. Desgastado no Congresso Nacional por duas denúncias de crimes
como corrupção, obstrução de Justiça e organização criminosa, Temer já
conseguiu emplacar a reforma trabalhista e o teto de gastos, que congela
investimentos públicos pelos próximos 20 anos.
Michel Temer é o
presidente com um dos maiores índices de rejeição internacionalmente e
tem a pior reprovação por parte da população brasileira na História da
República. Copa do Mundo na Rússia: A luta pelo hexa
Após
vencer as Eliminatórias Sulamericanas com uma campanha impecável desde o
momento em que o técnico Tite assumiu, a Seleção Brasileira chega à
Rússia como uma das grandes favoritas. Embaladas pela empolgação da
torcida, a equipe confia na inspiração e no talento do craque Neymar.
A
Seleção Brasileira caiu no grupo E, após um sorteio realizado pela
Fifa, e irá enfrentar Costa Rica, Sérvia e Suíça. Caso avance, os
comandados de Tite terão pela frente algum adversário do grupo F, que
tem como cabeça de chave a nossa algoz na última Copa: Alemanha. Desafios no mundo
O
polêmico presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, inicia seu
segundo ano à frente da maior potência do mundo, sem dar sinais de que
abrirá mão de polêmicas. Um dos principais conflitos do Oriente Médio, a
disputa entre Israel e Palestina, ampliada pela decisão de Trump de
reconhecer Jerusalém como capital israelense, terá novos desdobramentos,
a depender da briga de forças entre os EUA e seus aliados contra os
países da ONU (Organização das Nações Unidas) que veem com preocupação
os passos da potência.
Mais um temor da comunidade internacional
que teve início em 2017 e que continuará em 2018 é o resultado das
constantes trocas de acusações e ameaças de deflagração de uma guerra
entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte.
Outra potência que
contrabalança os poderes na geopolítica mundial, a Rússia dá sinais de
que vai reeleger o presidente Vladimir Putin para seu quarto mandato. O
novo ano verá mudanças históricas de governo, como a saída de Raúl
Castro, que sucedeu seu irmão Fidel Castro, que morreu em 2016, no
comando de Cuba, depois de décadas à frente da ilha comunista do
Caribe.
Fim de ano é tempo de renovação. É hora de colocar a
“casa” em ordem, fazendo um retrospecto do caminho percorrido e, mais do
que isso, elaborar novas metas e planos. Muito além de lamentar ou se
arrepender do que deixou de ser feito, é fundamental olhar para frente,
redirecionar-se e estabelecer propósitos que realmente alavanquem a vida
e sejam realizáveis.
Médico psiquiatra, escritor e consultor organizacional, Roberto
Shinyashiki recomenda criar no máximo três metas para serem alcançadas
ao longo dos meses seguintes. “Uma das atitudes mais nocivas para as
pessoas é começar novos planos a cada dois, três meses”, ressalta o
especialista, autor do livro recém-lançado “Pare de dar murro em ponta
de faca”. Para ele, é importante ter dedicação para cumprir projetos sem
“pular de galho em galho”.
O que eu quero?
Se o rumo novo a ser dado tiver a ver com o emprego, seja o velho,
seja um novo, a dica da coach, mentora e palestrante Bia Nóbrega é,
antes de mais nada, fazer uma autoavaliação, refletindo sobre os valores
que regem sua existência e, principalmente, sobre o que é importante
(ou não) para si mesmo no ambiente de trabalho.
Lembrar-se de que “a hora é agora” é outro ponto crucial para quem
está decidido a virar a página e começar um ciclo novo, mais feliz e
próspero.
“Não acredito em tempo certo. Deixar para depois cria um movimento de
procrastinação. Deixo para o início do ano, para depois das férias, do
Carnaval, e mais um ano acaba”, justifica a master coach sênior Renata
Lemos.
“Se for um objetivo importante, demandará foco e ação. Não adianta
falar que quer trabalhar, procurar um emprego e esperar que as coisas
caiam do céu. Ação gera resultado” Renata Lemos
Master coach sênior, fundadora do Instituto Excelência Gestão Coaching em Belo Horizonte
“Vejo muitas empresas procurando profissionais sem conseguir
preencher as vagas”, conclui, referindo-se ao mercado de trabalho e à
falta de foco e objetivos dos próprios candidatos. Segundo a
profissional, quem está em busca de uma oportunidade nova deve além de
ir atrás, saber o que procura.
Na ponta do lápis
No campo financeiro, organização também é palavra de ordem. De nada
adianta fazer planos novos sem antes saber como anda a conta bancária e o
bolso, adverte o consultor do site de educação financeira do Mercantil
do Brasil, Carlos Eduardo Costa.
“Não gosto muito de fórmulas como gastar X com despesas e Y com
diversão e viagens, por exemplo, porque a situação de cada pessoa é
única e varia conforme os gostos, os momentos da vida e hábitos”,
argumenta. Ponto comum, no entanto, segundo ele, é fazer um diagnóstico
da situação financeira para compreender se está poupando menos do que
desejava ou gastando a mais e o porquê disso. Afaste-se das relações tóxicas e renove laços saudáveis
Quando o assunto é o coração e as relações afetivas, vale a mesma
máxima usada para as demais esferas da vida. Que tal aproveitar a
temporada de resoluções de Ano Novo para avaliar o que vale a pena ser
deixado para trás ou levado adiante?
Coloque na balança o que de bom e ruim cada uma das pessoas com as
quais conviveu em 2017 lhe proporcionou e veja se agregaram ou não,
recomenda a psicóloga e coach de propósito de vida, Ana Mansur.
Segundo a profissional, o momento é propício, principalmente, para
avaliar possíveis relações tóxicas – aquelas que mais atrapalham do que
ajudam – presentes no círculo familiar, no local de trabalho e até entre
amigos. “Bom para estabelecer uma forma de mitigar (a relação) ou se
livrar das consequências negativas que trazem para a nossa vida”,
ensina.
Quem anda sumido e fez falta, por exemplo, também pode, aliás, deve,
ser procurado. Aproveite a chegada do novo ano para reatar laços
desfeitos e, claro, procure estabelecer novos.
“Mande uma mensagem de final de ano, marque um chope. E para aquela
(pessoa) que está bastante presente na sua vida, faça com que saiba
disso. Celebrem!”, recomenda a coach.
No convívio a dois, é importante lembrar que nada é construído
sozinho. Mais do que apontar as falhas e escorregadas do outro, é hora
de colocar a mão na consciência, olhar para si mesmo, para as próprias
atitudes e começar a modificar aquilo que não faz tão bem para si nem
para o outro.
“É sempre muito mais fácil saber o que desejamos do outro e o que
queremos que melhore ou mude. No entanto, acabamos esquecendo de ver o
que está em nossas mãos. Por isso, acredito que o melhor caminho seja
comunicar”, diz.
Um dos maiores aplicativos de troca de mensagens
instântaneas do mundo, o WhatsApp parou de funcionar no meio da tarde
deste domingo, só retornando por volta de 17h30.
Antes disso, nenhuma mensagem era enviada ou recebida em
várias partes do mundo, gerando muitos comentários na internet, logo
tornando-se um dos assuntos mais comentados do Twitter.
O Facebook, que administra o aplicativo, ainda não informou a causa da pane.
De acordo com a Defesa Civil, volume de chuva neste domingo (31) deve ficar entre 40 mm e 60 mm
Raios, trovoadas, chuva e ventania. O réveillon será
de instabilidade em Belo Horizonte e, por isso, requer atenção e alguns
cuidados em casa e nas ruas para que a festa não acabe antes da hora.
Segundo a Defesa Civil, que emitiu um alerta meteorológico para a
virada do ano, as pancadas na capital mineira devem começar a partir de
14h deste domingo (31). Rajadas de vento devem chegar a 50 km/h e o
volume de chuva poderá atingir os 60 mm.
Com isso em mente, os belo-horizontinos devem se prevenir e evitar
áreas de inundação e ruas próximas a córregos e ribeirões, que podem
transbordar. A Subsecretaria de Proteção e Defesa Civil também aconselha
as pessoas a não se abrigarem ou estacionarem veículos embaixo de
árvores, pois há risco de que elas possam cair.
Dentro de casa, em caso de raios, a recomendação é ficar longe de
tomadas, desligar os aparelhos elétricos da tomada e não usar o telefone
fixo.
Confira abaixo mais algumas dicas da Defesa Civil para passar a virada sem dores de cabeça:
- Limpar o telhado e as canaletas para que não haja entupimentos;
- Reforçar a amarração de seu telhado;
- Retirar todo o lixo e levar para áreas que não estejam sujeitas a inundações;
- Se você morar ou possuir comércio em áreas sujeitas à inundação coloque seus móveis e estoques em lugares altos;
- Abaixar para o piso todos os objetos que possam cair, dentro das residências, com o vento forte (exceto em área inundável);
- Não utilizar alimentos atingidos pela água de enchente ou inundação e nem beber água de enchente ou inundação;
- Não jogar lixo nos bueiros e boca de lobo, nem nos córregos e rios, para não obstruir o escoamento da água;
- Não coloque lixo nas ruas que seja de fácil propagação com o vento;
- Não deixar crianças brincando na enxurrada ou nas águas dos
córregos, pois elas podem ser levadas pela correnteza ou contaminar-se,
contraindo graves doenças, como hepatite e leptospirose;
- Não tocar nem usar equipamentos elétricos que tenham sido molhados
ou estejam em locais inundados, pois há risco de choque elétrico e
curto-circuito;
- Jamais se aproxime de cabos elétricos arrebentados. Ligue imediatamente para CEMIG (116) ou Defesa Civil (199);
- Desligue os aparelhos elétricos das tomadas e o gás;
Em casos de raios, na rua:
- Não permaneça em áreas abertas como campos de futebol, quadras de tênis e estacionamentos;
- Não fique no alto de morros ou no topo de prédios;
- Não se aproxime de cercas de arame, varais metálicos, linhas aéreas e trilhos;
- Nunca se abrigue debaixo de árvores isoladas;
- Evite lugares que ofereçam pouca ou nenhuma proteção contra raios
(pequenas construções não protegidas, tais como celeiros, tendas ou
barracos, veículos sem capota como tratores, motocicletas ou
bicicletas);
- Evite estacionar próximo a árvores ou linhas de energia elétrica;
- Evite estruturas altas tais como torres, de linhas telefônicas e de energia elétrica;
Em caso de raios, em casa:
- Não use telefone com fio;
- Não fique próximo a tomadas, canos, janelas e portas metálicas;
- Não toque em equipamentos elétricos que estejam ligados à rede elétrica;
A TARDE
Dados divulgados esta semana pelo Cadastro Geral de
Empregados e Desempregados (Caged) mostram que enquanto as médias e
grandes empresas fecharam 4.683 vagas, entre janeiro e outubro deste
ano, as pequenas e microempresas (PME) geraram 11.911 vagas no mesmo
período.
Em 2018, quem precisar procurar emprego deve ficar atento não apenas
às oportunidades geradas pelas PME, mas por setores da economia que
estão conseguindo se descolar da crise econômica e gerar empregos.
Áreas como RH, gestão de empresas, marketing digital estão na lista dos setores que mais devem empregar no ano que vem.
Muitas vagas de trabalho estão se abrindo em função das mudanças no
estilo de vida e na maior longevidade da população. Em todo o país,
idosos que moram sozinhos ou com a família estão demandando a
contratação de profissionais que os ajudem em tarefas domésticas e
asseio pessoal, em alguns casos 24 horas por dia. "Está aumentando muito
a procura por cuidadores, especialmente em bairros como Barra, Graça e
Pituba", afirma a enfermeira Jamile Araújo, da Cuidamor.
"
Com o aumento do comércio virtual, uma área que deve oferecer
oportunidades em todo o país, inclusive na Bahia, é o setor de logística
Sandra Rego, prof. da Unifacs
A empresa de Jamile faz a ponte entre clientes e cuidadores e também
oferece cursos de formação profissional em uma sala do Hospital da
Bahia, na Avenida Magalhães Neto. Em termos de nicho de mercado, o
trabalho com idosos é dividido em três categorias.
Na primeira, que se limita à alimentação, ajuda no banho e outras
tarefas simples, a vaga pode ser preenchida por cuidadores; a segunda
que inclui alimentação através de sonda; e na terceira, que inclui banho
na cama, é preciso ser enfermeiro. A remuneração fica em torno de um
salário mínimo para cuidador e R$ 1.200 para técnico de enfermagem. O
valor é um pouco maior quando o idoso tem algum grau de agressividade",
afirma Jamile. Chances de trabalho
O marketing digital é considerado por diferentes analistas um dos
setores que mais devem empregar mão de obra nos próximos anos. Principal
motor de busca da internet, o Google realizou este ano pela primeira
vez em Salvador uma apresentação pública de oportunidades de trabalho
que a rede possibilita.
"
Há um alarmismo de que profissões vão desaparecer. Mas as pessoas
não devem se assustar, é preciso apenas estar atento a essas mudanças
Anna Scofano, consultora
Batizado de Cresça com o Google, o evento foi uma tentativa de
estimular as quase duas mil pessoas que foram à Arena Fonte Nova, em 31
de outubro, a focar suas carreiras no marketing digital. Os
apresentadores abordaram, por exemplo, como tem gente ganhando dinheiro
com os conteúdos mais buscados no YouTube: games, esportes, gastronomia e
moda. Além de material voltado ao público LGBT. "Uma boa maneira de
começar no marketing digital é através do Primer", diz Ted Gola,
especialista em soluções em marketing do Google, que esteve em Salvador.
O aplicativo Primer traz especializações gratuitas em diferentes áreas.
Ainda estudante de comunicação, Wallas Henrique já trabalha com
marketing digital. Ele faz atendimento na Four Bios, uma empresa
soteropolitana parceira do Google, que faz branding (trabalho da marca),
atualização de redes sociais e outros serviços online para clientes
como ao Hotel Sol Express, a rede de lojas Mahalo, a Queiroz Galvão e o
cantor Sidney Magal. "O salário inicial na área está em torno de R$
2.500. Um estágio paga até R$ 900", diz Wallas. Comércio virtual
"Com o aumento do comércio virtual, uma área que deve oferecer
oportunidades em todo o país, inclusive na Bahia, é o setor de
logística", afirma a coach Sandra Rego, professora do curso de gestão em
recursos humanos da Unifacs.
"Há um alarmismo de que profissões vão desaparecer. Mas as pessoas
não devem se assustar, é preciso apenas estar atento a essas mudanças",
aconselha a consultora de carreiras Anna Cherubina Scofano, que destaca
os geocientistas, os gerentes de projetos e os profissionais ligados à
matemática e à tecnologia como destaques para 2018.
"Haverá demanda por profissionais de RH. Com a reforma trabalhista e o
eSocial, as empresas vão querer gente que possa encontrar brechas na
legislação", diz a diretora-executiva de recrutamento da Stato, Renata
Filippi.
Jamile faz a ponte entre clientes e cuidadores de idosos (Foto: Adilton Venegeroles | Ag. A TARDE)