Foto: Mateus Bonomi/Agif/Folhapress
Ministro Sergio Moro (Justiça)
Em manifestação ao ministro Luiz Fux, do STF (Supremo Tribunal
Federal), o ministro Sergio Moro (Justiça) alegou um mal-entendido e
disse que jamais ordenou a destruição das mensagens de autoridades
obtidas por hackers. A ação dos supostos invasores está sendo
investigada no âmbito da operação Spoofing. “O material obtido por
invasão criminosa de aparelhos celulares de autoridades públicas
encontra-se vinculado a inquérito da Polícia Federal, ao qual esta
autoridade não tem acesso”, disse Moro a Fux. “Esclareço que este
ministro da Justiça e Segurança Pública não exarou qualquer determinação
ou orientação à Polícia Federal para a destruição do indicado material
ou mesmo acerca da sua destinação”, continuou Moro. Conforme a Folha
antecipou no fim de julho, Moro informou a autoridades que também foram
hackeadas que destruiria as mensagens, obtidas de forma ilícita.A
assessoria do ministro confirmou na época que ele havia dado esse recado
nos telefonemas. A comunicação feita por Moro provocou a reação de
ministros do STF e de especialistas em direito, que afirmaram que a
decisão de destruir ou não o material não cabe ao ministro da Justiça. A
Polícia Federal também contradisse o ministro e afirmou na ocasião que
caberia à Justiça, “em momento oportuno, definir o destino do material”.
O ministro Fux concedeu então uma liminar -decisão provisória- para
determinar que as mensagens apreendidas com os suspeitos de terem
hackeado celulares de autoridades, entre eles o próprio Moro, sejam
protegidas. O ministro Alexandre de Moraes, do STF, tomou decisão no
mesmo sentido e requisitou o material apreendido pela Polícia Federal.
Folhapress
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