quinta-feira, 8 de agosto de 2019

Moro alega mal-entendido e nega ordem para destruir diálogos hackeados

POLITICA LIVRE
Foto: Mateus Bonomi/Agif/Folhapress
Ministro Sergio Moro (Justiça)
Em manifestação ao ministro Luiz Fux, do STF (Supremo Tribunal Federal), o ministro Sergio Moro (Justiça) alegou um mal-entendido e disse que jamais ordenou a destruição das mensagens de autoridades obtidas por hackers. A ação dos supostos invasores está sendo investigada no âmbito da operação Spoofing. “O material obtido por invasão criminosa de aparelhos celulares de autoridades públicas encontra-se vinculado a inquérito da Polícia Federal, ao qual esta autoridade não tem acesso”, disse Moro a Fux. “Esclareço que este ministro da Justiça e Segurança Pública não exarou qualquer determinação ou orientação à Polícia Federal para a destruição do indicado material ou mesmo acerca da sua destinação”, continuou Moro. Conforme a Folha antecipou no fim de julho, Moro informou a autoridades que também foram hackeadas que destruiria as mensagens, obtidas de forma ilícita.A assessoria do ministro confirmou na época que ele havia dado esse recado nos telefonemas. A comunicação feita por Moro provocou a reação de ministros do STF e de especialistas em direito, que afirmaram que a decisão de destruir ou não o material não cabe ao ministro da Justiça. A Polícia Federal também contradisse o ministro e afirmou na ocasião que caberia à Justiça, “em momento oportuno, definir o destino do material”. O ministro Fux concedeu então uma liminar -decisão provisória- para determinar que as mensagens apreendidas com os suspeitos de terem hackeado celulares de autoridades, entre eles o próprio Moro, sejam protegidas. O ministro Alexandre de Moraes, do STF, tomou decisão no mesmo sentido e requisitou o material apreendido pela Polícia Federal.
Folhapress

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