quinta-feira, 8 de agosto de 2019

Bolsonaro é homem puro e intuitivo, diz secretário que relata ter sofrido bullying de empresários

POLITICA LIVRE
Responsável pela área de desestatizações do Ministério da Economia, o secretário José Salim Mattar Júnior diz não estar mais frustrado com seu novo emprego, mas se divertindo muito no governo do presidente Jair Bolsonaro, que considera um “homem puro” e comprometido com o programa de privatizações. Mattar participou nesta quinta (8) de evento do banco BTGPactual que reúne outros seis secretários do mesmo ministério. Após chamar o estado brasileiro de obeso e falar em vender tudo o que fosse possível numa lista de mais de 130 empresas para serem privatizadas, Mattar foi questionado pela plateia sobre a oposição de Bolsonaro às privatizações quando o atual presidente era deputado federal. “Muitos de nós mudamos. Tem hora que faz um clique. A influência do ministro Paulo Guedes [Economia] com o presidente foi espetacular. Ele influenciou o presidente a ter efetivamente uma orientação de privatizações”, afirmou. Outra manifestação enviada pela plateia por escrito foi um pedido para que Mattar lembrasse ao presidente que essa é sua nova posição. “Por favor, façam isso”, dizia o bilhete. “Ele [Bolsonaro] consegue fazer uma leitura da sociedade que não conseguimos fazer. Ele tem uma intuição tão grande que a greve dos caminhoneiros só não eclodiu porque ele soube fazer uma leitura do que estava acontecendo. Ele chegou lá [presidência] porque tem capacitações. Ele se manifesta de forma pura. É um homem puro. Sei que muitos não vão concordar”, afirmou Mattar. Fundador da Localiza e hoje secretário, Mattar disse ter sofrido “bullying” de amigos empresários quando desembarcou da candidatura João Amoedo (Novo) e aderiu a Bolsonaro. “Estava em uma reunião com um grupo forte do PIB de São Paulo e sofri ‘bullying’ porque falei que estava apoiando Bolsonaro. Todo mundo queira que fosse o [Geraldo] Alckmin”, afirmou. Na avaliação de Mattar, o presidente montou um ministério formado apenas por nomes técnicos. “Se fosse outro candidato, como é que seria? Dois ministérios pro PP, um para o PR, para o MDB.” O ministério atual é composto por três filiados ao DEM, três ao PSL, um do MDB e outro do Novo. Mattar disse ainda que a mídia não tem com o presidente da República o mesmo cuidado que tem com o Ministério da Economia. Para ele, a imprensa tem um comportamento autêntico e amigável em relação ao ministro Paulo Guedes.
Folhapress

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