Foto: Marcos Correa/PR
Presidente Jair Bolsonaro o ministro Sergio Moro (Justiça)
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse nesta quinta-feira (8)
que lamenta a derrota sofrida pelo ministro Sergio Moro (Justiça) no
Congresso, mas que ele “não julga mais ninguém” e que com isso, não pode
decidir as coisas de forma unilateral. “O ministro Moro é da Justiça,
mas ele não tem poder de… não julga mais ninguém. Então, temos que,
entendo a angústia dele em querer que o projeto dele vá para a frente,
entendo, mas nós temos que combater, diminuir o desemprego, fazer o
Brasil andar, abrir o nosso comércio.” Ele afirmou que derrotas são
“parte do jogo” e disse que o pacote anticrime, considerado prioridade
para Moro, não é visto com urgência pelo governo. “O Moro está vindo de
um meio onde ele decidia com uma caneta na mão. Agora, não temos como
decidir de forma unilateral. E temos que governar o Brasil. O que que eu
sempre falei para todos os ministros? Eu quero que o Brasil dê certo.” A
declaração ocorre depois de o pacote anticrime de Moro ter sofrido nova
derrota na Câmara. Os deputados rejeitaram na terça-feira (6) a
inclusão no texto final do projeto o chamado “plea bargain” que era
planejado pelo ministro -tipo de solução negociada entre o Ministério
Público, o acusado de um crime e o juiz. Em julho, a Casa já havia
imposto uma derrota ao ministro de Bolsonaro ao rejeitar a possibilidade
de prisão em segunda instância, que era prevista no pacote. Moro foi
escolhido para chefiar a Justiça depois de se destacar como juiz da Lava
Jato em Curitiba. Bolsonaro disse que lamenta a derrota sofrida pelo
ministro, mas que não pode pressionar o Congresso a votar o texto por
não ser a prioridade do governo. “Tem que conversar com o Moro, né? Teve
alguma reação do Parlamento e você não pode causar turbulência.
Lamento, mas tem que dar uma segurada. Eu não quero pressionar isso aí e
atrapalhar, tumultuar lá. Tantas outras propostas não enviamos para não
atrapalhar a Previdência”, afirmou. Para o presidente, as mudanças
feitas no projeto do ministro da Justiça pelos deputados são “parte do
jogo”. “É natural. Fiquei 28 anos lá dentro. Olha, ‘se a proposta for
para frente eu não voto a Previdência’. É o jogo. Tem que saber jogar”,
afirmou.
Folhapress
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