A BYD estaria preparando um grande salto no mercado de carros elétricos com uma proposta que foge da tecnologia conhecida da marca chinesa e pode acelerar a eletrificação de massa.
Trata-se do BYD Seagull, um hatch subcompacto do porte de um JAC e-JS1, está sendo testado na China e logo entrará em produção com grande volume, bem como preço muito baixo.
Seu valor na Europa é estimado em € 8.000, o que daria em torno de R$ 44.000, sendo ambos conversões diretas do iene, cuja estimativa de preço é de 60.000 yuans na China.
Mas, o motivo pelo qual ele custará muito menos que o comum para sua proposta e tecnologia de carro elétrico é a composição da bateria.
Ele será o primeiro carro da marca com baterias dotadas de células de sódio no lugar do lítio, sendo essa tecnologia que, por mais surpreendente que seja, é antiga e já foi usada aqui no Brasil.
Há mais de 10 anos, a Fiat se associou com a empresa Xebra, que produzia bateria de sódio, introduzindo essa tecnologia num caminhão leve Daily da Iveco e também na perua Fiat Palio Adventure.
O projeto não deu muito certo, visto que a tecnologia ainda estava no início e a autonomia era muito pequena, pouco melhor que as de chumbo-ácido.
No caso do BYD Seagull, a bateria de sódio garante autonomia de 300 km numa versão de alcance curto, mas haverá uma opção de autonomia maior com 400 km e preço estimado em € 10.000.
Com uma nova fábrica de baterias para fazer células de sódio, em Nanning, para atender ao produto no terceiro trimestre de 2023, o que significa que o Seagull chegará até o final de 2023.
O preço do Seagull será 20.000 yuans mais barato apenas com o uso de bateria de sódio, sendo que o custo atual estaria em US$ 88/kWh, porém, a produção em escala da BYD reduzirá o custo para US$ 68/kWh.
O Seagull é um forte candidato a ser produzido na Bahia, não só pela bateria mais barata, mas pela proposta do carro, que poderia custar em torno de R$ 150 mil se fosse agora.
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