sexta-feira, 29 de novembro de 2019

O que pesa no pé do empresário não é a tornozeleira eletrônica


Coluna de Alexandre Garcia, publicada pela Gazeta do Povo:

O governo gastou R$ 124 milhões para apagar o fogo na Amazônia só com a Garantia da Lei e da Ordem (GLO), ao enviar 10 mil soldados das Forças Armadas para a região. Isso é mais do que a metade daqueles 15 meses em que as Forças Armadas forneceram segurança pública no Rio de Janeiro até o último dia de 2018. Foi muito dinheiro.
Não sei se isso será confirmado, mas pessoas de uma ONG de brigada de incêndio, segundo a Polícia Civil do Pará, colocou fogo em uma mata para tirar fotografia, vendê-las e ganhar dinheiro com isso.
Tem muita gente na Amazônia ganhando dinheiro ilicitamente. Desde golpe em cooperativa, contrabando de madeira, contrabando de ouro, até roubo de material biológico que se converte em lucro farmacêutico. Por isso, a Amazônia precisa estar sob a proteção dos brasileiros.
Registro de terras

Preocupada com a regularização de terras no Brasil, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, deve distribuir 600 mil certificados de propriedade de terra ainda neste governo.
Afinal, quem não tem registro imobiliário no cartório de imóveis não é dono: é posseiro com posse pacífica, sem contestação alguma. Claro que o certificado não será dado para grileiro nem para outro tipo de invasor. Pessoas que usam a violência para invadir terra não vão ter chances, muito menos nome em reforma agrária.
O peso da burocracia no pé do empresário

O Movimento Brasil Competitivo e o Ministério da Economia divulgaram um levantamento sobre a realidade das empresas brasileiras. O estudo só não assusta porque nós já sabíamos disso.
São destinados 22% do PIB - isto é, R$ 1,5 trilhão - à burocracia. São pagamentos de impostos, tarifas e todo aquele emaranhado de normas que uma empresa precisa seguir. As empresas gastam por ano, em média, 1.501 horas para pagar impostos.
Esse é o chamado custo Brasil. Isso é o que pesa no tornozelo do empresário - e não a tornozeleira eletrônica. A burocracia é uma tornozeleira de chumbo e imensa, que impede que a pessoa cresça, lucre, fature e empregue.

Esses seriam os fatores do crescimento do país. Afinal, o Brasil não é um mapa, nem uma topografia. O Brasil é, sim, o conjunto das pessoas brasileiras. O país só ficará rico quando os brasileiros estiverem ricos. Essa é que é a verdade.
Um “pequeno” cálculo

Eu fiz uma conta comparando as penas do recondenado ex-presidente Lula e o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral. O ex-governador está com mais de 200 anos de condenação e Lula está devendo 24 anos de prisão.
Entretanto, se a gente considerar outros sete processos em que Lula é réu, ele corre o risco de entrar em disputa com Cabral em número de anos de pena.
Presidente eleito do Uruguai

Como filho de uruguaio, registro minha alegria em ver o senhor Luis Lacalle Pou, do Partido Nacional - ou Blanco - na presidência do Uruguai. O resultado foi confirmado nesta quinta-feira (28).
O país tem a primeira mulher vice-presidente: Beatriz Argimon. Ela é presidente do Partido Nacional, já foi senadora, deputada. Argimon também é casada e tem dois filhos. A vice-presidente é contra a liberação da maconha. Droga que está causando muitos danos no Uruguai desde que houve essa liberação maluca. Inclusive a taxa de crimes subiu no país. Como a gente sabe, o crime vem junto com a droga.
A partir de 1º de março de 2020 o Uruguai tem um novo governo depois de 15 anos de esquerda. Governo que vai ter que recuperar o que foi estragado por lá.
BLOG ORLANDO TAMBOSI

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