Levantamento do
Instituto Paraná Pesquisa mostra que há um empate técnico na escolha do
brasileiro pela direita, esquerda e centro e por uma postura
independente. O presidente do instituto acha que não existe uma
ideologia dominante, mas o que temos visto, nas últimas décadas, é o
predomínio das esquerdas, com a nefasta ideologia lulopetista dominando
corações e mentes por quase duas décadas:
Não existe no Brasil
um posicionamento político dominante, segundo levantamento realizado
pelo Instituto Paraná Pesquisas a pedido da Gazeta do Povo. Segundo a
pesquisa, há um empate técnico na escolha do brasileiro pela direita,
esquerda, centro e por uma postura independente.
Todas essas posições
têm pouco mais de 20% das preferências, e se igualam dentro da margem de
erro de 2%, o que mostra que nenhuma corrente política tradicional sai
na frente no debate eleitoral. O resultado ajuda a explicar a rejeição
dos brasileiros aos políticos tradicionais e o desejo de ver um
“outsider” na corrida presidencial do ano que vem.
Para o cientista
político da Universidade de Brasília (UnB) David Fleischer, a pesquisa
reforça a ideia de que um candidato posicionado mais ao centro tende a
ter a preferência dos eleitores em 2018 em relação aos candidatos mais
radicais.
“A população está
muito dispersa em seu pensamento político. Isso deixa aberto [o caminho]
para um candidato que vai aparecer mais no centro para tentar aglutinar
essas ideias tão dispersas”, explica.
Fleischer lembra que
foi esse fenômeno que elegeu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
(PT) em 2002. “Por isso que o Lula virou o Lulinha paz e amor e fez a
carta aos brasileiros”, diz o cientista político.
Apesar de estar tentando se descolar da pecha de candidato radical de esquerda, a pesquisa mostra que Lula é
visto por 79,1% dos brasileiros como um candidato de esquerda. Enquanto
isso, seu principal adversário nas pesquisas de intenção de voto
divulgadas até agora, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC), é visto como candidato de direita por 77,2% dos eleitores brasileiros.
“No Brasil, a meu
ver, o eleitor vota na pessoa e não no partido”, explica Murilo Hidalgo,
presidente do Instituto Paraná Pesquisas. “Forte é o Lula, não o PT. O
Bolsonaro é forte, ninguém está preocupado com o partido em que ele
está”, completa.
A falta de uma
ideologia dominante no Brasil ajuda a explicar o fenômeno, segundo
Hidalgo. “São pequenos nichos de pessoas que têm ideologia. A maioria
que decide não tem posicionamento político”, diz.
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB),
é visto como candidato de centro por 34,6% do eleitorado no Brasil e
como candidato de direita por outros 29,3%. A ex-senadora Marina Silva (Rede) e o ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT) são vistos como candidatos de esquerda por 56,3% e 61,3% dos eleitores, respectivamente. Já o senador Alvaro Dias (Podemos) é de centro para 41% dos brasileiros.
Faixa etária
O posicionamento
político muda de acordo com a faixa etária dos eleitores. Entre os
jovens de 16 a 24 anos, por exemplo, a maioria (30%) se diz de direita.
Já 28,4% dos eleitores com mais de 60 anos disseram não ter
posicionamento político. Nas demais faixas etárias, o posicionamento
fica empatado na margem de erro, tendendo mais à centro-direita na faixa
etária dos 25 aos 34 anos e mais à centro-esquerda na faixa dos 45 aos
60 anos.
Fleischer lembra que é
justamente a faixa etária mais jovem que garante maior apoio a
Bolsonaro, identificado pelos eleitores como candidato de direita. “Essa
faixa etária está farta, chateadíssima com toda a corrupção que tem no
Brasil”, explica o cientista político. “Os jovens são muito descrentes e
mais alienados. Os mais velhos já viram muita coisa, são os calejados,
mas os jovens estão mais assustados”, completa.
Metodologia
Foram ouvidos 2.466
brasileiros com idade acima de 16 anos em 172 municípios de 26 Estados
mais o Distrito Federal. O grau de confiança é de 95,0% para uma margem
estimada de erro de aproximadamente 2,0%.
Posicionamento Político
Veja como se posicionam os eleitores brasileiros e como os pré-candidatos à Presidência são vistos por eles. (Conferir na Gazeta do Povo).
BLOG ORLANDO TAMBOSI
Nenhum comentário:
Postar um comentário