quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Com estoques em alta, Renault e Volkswagen têm férias coletivas


Segundo a Fenabrave, queda na venda foi de 8,9% de janeiro a setembro.
Férias nas fábricas da região de Curitiba começam neste mês de outubro.

Bibiana Dionísio Do G1 PR
As montadoras Renault e Volkswagen, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, determinaram férias coletivas aos funcionários para tentar baixar o estoque de veículos. Dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) mostram que, nos nove primeiros meses do anos, houve redução de 8,9% na venda de carros no país.
Os profissionais da Volkswagen estarão de férias de outubro a novembro. “No sentido de adequar os volumes de produção à demanda de mercado, a Volkswagen do Brasil iniciará um período de férias coletivas em sua unidade de São José dos Pinhais (PR). A ação abrangerá o primeiro turno produtivo de meados de outubro até início de novembro”, diz a nota oficial divulgada pela empresa.
A montadora não quis informar quantos profissionais estarão parados. Contudo, de acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC), cerca de mil dos 3.200 funcionários devem aderir às férias coletivas.
Já na Renault os funcionários ficarão parados por dez dias, a partir de segunda-feira (13). Ao todo, a medida atinge 3.000 profissionais, sendo 2.500 colaboradores das fábricas de veículos de passeio e 500 da unidade de motores. Com esta medida, deixarão de ser produzidos cerca de 10 mil veículos e 12 mil motores.
De acordo com a montadora, as férias coletivas foram determinadas para adequar o volume de vendas diante do baixo consumo do mercado interno e, principalmente, das exportações para a Argentina. A Renault afirma que a demanda nacional caiu 9,6% de janeiro a agosto deste ano. Ao se analisar as vendas externas para o país vizinho, de acordo com a montadora, percebe-se redução de 56%.

Outras medidas
Em outras duas ocasiões este ano, a Volkswagen adotou o lay-off para os funcionários. Em fevereiro, 150 profissionais tiveram o contrato de trabalho suspenso por três meses. Em abril, um novo acordo foi firmado entre a empresa e o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC), deixando 400 funcionários com os contratos suspensos por cinco meses.
O lay-off está previsto na Consolidação das Lei Trabalhistas (CLT) e estabelece que a suspensão dos contratos de trabalho podem vaiar de dois a cinco meses. Parte do salário dos funcionários é paga pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), e as empresas podem complementar a remuneração. Enquanto estiver parado, o empregado é obrigado a fazer um curso de qualificação profissional.

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