quinta-feira, 31 de julho de 2014

Candidatos ao Senado acirram disputa


por
Lilian Machado
Publicada em TRIBUNA DA BAHIA
Companheiros de chapa dos candidatos ao governo, os postulantes ao Senado travam uma disputa pela única vaga reservada para a Bahia no Senado para a próxima legislatura.
Os três primeiros colocados nas recentes pesquisas Geddel Vieira Lima (PMDB), Otto Alencar (PSD) e Lídice da Mata (PSB), respectivamente, começaram a elevar o tom entre si e contra-atacar um a proposta do outro. 
O embate maior tem sido notado entre o peemedebista e o pessedista, que desde a eleição estadual de 2010 estavam em lados opostos e travaram uma guerra, sendo Otto em seguida responsável por levar vários correligionários de Geddel para o seu partido PSD.
Agora, na inesperada briga pela mesma cadeira, eles esquentam o debate com recados em entrevistas e nas redes sociais. Em entrevista a uma rádio, Otto, que postula na chapa de Rui Costa (PT), alfinetou Geddel, candidato com Paulo Souto (DEM), ao dizer que ele não ficou “dizendo que era candidato a governador para depois sair para o Senado”.
O atual vice-governador se referiu à construção da candidatura de Geddel, que antes buscou viabilidade para se lançar ao Palácio de Ondina, pela chapa da oposição. Diante da referência, o líder do PMDB no estado não deixou por menos ao responder pela mídia social Twitter. “Verdade. Ele ficou dizendo que faria a vontade do governador. A Bahia não precisa de subserviência no Senado”, afirmou.
A conversa gerou a tréplica de Otto ontem, que em sua conta oficial do twitter disparou: “Geddel acha que lealdade é sinônimo de subserviência. Fui convidado por Jaques Wagner, Lula, Dilma e nove partidos para ser candidato ao Senado”.
O pessedista  atacou a aliança do peemedebista com a oposição: “Nunca imaginei que Geddel fosse se apropriar da herança do senador ACM, o político que mais ele atacou, agrediu, caluniou e xingou. A minha candidatura não foi imposta ou forçada. É um fruto de um convite e da parceria e trabalho com o governador, Lula e Dilma.
Pela primeira vez disputando um posto nas urnas de outubro, a ex-ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Eliana Calmon, entrou na ambiência da briga eleitoral, apesar de não focar em apenas um adversário.
 “Eu quer ir pra toca dos leões. É ali que eu quero pegar eles”, disse, ontem, em visita aos moradores de Vila Canária, subúrbio de Salvador. Calmon disse que pretende denunciar os atos imorais dos políticos que compõem o Poder Legislativo brasileiro.
“Para fazer a democracia é preciso viver a política. Por isso que resolvi me candidatar ao Senado pela Bahia. Quero denunciar os atos praticados por eles e que envergonham e revoltam os brasileiros”, enfatizou  Tadeu da Luz (PRTB).

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