terça-feira, 25 de março de 2014

Que venham então os generais, e marchem conosco.


Share0  
Que venham então os generais, e marchem conosco.
"Venham, enriqueçam nossa manifestação com sua presença. Junto de vocês faremos um inesquecível desfile cívico no centro do Rio, ou em São Paulo ..."
O mês de março traz consigo lembranças interessantes. Para alguns, boas, para outros ruins. Para os mais jovens apenas um tipo de semi-lembranças, imagens mentais construídas pela mídia, um mosaico composto de fotografias em preto e branco e textos com linguagem rebuscada, alguns ininteligíveis, que versam sobre coisas de um passado longínquo.
Quem se preocupou em estudar detalhadamente esse passado, com isenção, sem a "ajuda" de um professor politicamente correto, pôde entender o obvio. O mundo esteve completamente mergulhado na guerra fria, o bloco comunista tentava desesperadamente cooptar adeptos para a imposição em nível mundial de sua utopia pseudocientífica. Por sua vez, os Estados Unidos apoiavam aqueles que se posicionavam pela liberdade, contra o comunismo. Ainda que nos anos sessenta os EUA não tenham intervido diretamente no Brasil por conta da independência e habilidade de nossos militares, se houvessem feito isso, seria algo completamente plausível. Eram dois blocos gigantescos em um embate filosófico-econômico diuturno.
Diversos estudantes nos procuram no afã de entender por que se defende tanto a doutrina que massacrou milhões de pessoas, privou do direito de ir-e-vir outros milhões, construiu muros em meio a grandes cidades, separando pais e filhos, e tem entre seus ícones pessoas que defenderam abertamente uma revolução armada e assassinaram seres humanos indefesos. Os verdadeiros vilões dessa história agiram dessa forma justamente por saber que jamais conseguiriam convencer a sociedade que o comunismo, chamado hoje também de socialismo, socialismo do sec. XXI ou bolivarianismo, é a única opção plausível para tornar o planeta mais pacífico, próspero e igualitário.
A marcha anti-fascista que ocorreu no final de semana passado (22/03/2014) é uma ótima evidência da ignorância de parcela significativa da juventude atual. Queimaram a bandeira do Brasil! Marcharam mascarados! Agrediram pessoas! Sem saber, e talvez sem nunca ter lido um livro inteiro, nada mais fizeram que expor de forma prática aquilo que sua doutrina ensina. Lênin sempre disse que a "mentira e coisas piores" são meios consentidos na luta de classes.
Nos opomos a ele por acreditar que não deve existir luta de classes, somos todos seres humanos, brasileiros. Amamos nossa bandeira por que representa a nação, pessoas, instituições, unidos, buscando ordem e progresso.
Nos últimos meses dezenas de textos de generais da reserva circularam pela internet, inundando os principais sites que se dedicam à política e geopolítica, entre eles Revista Sociedade Militar, Verdade Sufocada, Pesadelo de Qualquer político e até a Revista Carta Capital. Esta última, mesmo tendo tendência esquerdista, republicou textos de um general da reserva, citando como fonte a Revista Sociedade Militar. Obviamente os textos construídos pelos oficiais são bons, bem articulados e com ótima base histórica e cultural. Afinal, os militares realmente entendem de Brasil, entendem a lógica dos acontecimentos e, mais do que ninguém, poderiam ajudar o país a se desembaraçar do caos em que vivemos. Vez por outra o próprio governo reconhece isso. Assim o fez quando nomeou para o DNIT um general, quando deixou as obras de certo aeroporto a cargo do exército, quando determina que as Forças Armadas intervenham na segurança da cidade do Rio de Janeiro e quando, mais recentemente, nomeou um general como autoridade olímpica.
Os militares da reserva exultaram quando souberam que população pretendia ir às ruas exaltar a Revolução de 1964. Alguns deles incentivaram as pessoas a comparecer aos eventos. Um dos textos, amplamente divulgado, chegou a dizer que "todos querem que os generais façam alguma coisa, mas poucos fazem o que está ao seu alcance", e " as marchas da família são um bom começo para esta soma de esforços".
A população deu crédito aos ilustres articulistas, reconheceu como legítima a intervenção dos militares junto com a sociedade, pela qual são estigmatizados. E foi às ruas, fez o que estava ao seu alcance. As solicitações foram difusas, é verdade, mas não poderia ser diferente em uma manifestação descentralizada, sem financiamento e quase que totalmente combinada pelas redes sociais. Pediu-se urnas convencionais, porque a sociedade não confia mais no governo e quer ter o direito à recontagem de seus votos. Pediu-se afastamento da Presidente, porque entendem que houve corrupção, engano e incompetência. Alguns, os mais criticados, pediram uma intervenção militar, segundo estes, os militares ocupando postos chave colocariam o "país na linha".
Àqueles "entendidos" em povo fica a tarefa de traduzir a linguagem das ruas. Transforme-se as palavras de ordem, faixas em cartazes em um só desejo, uma só solicitação com possibilidade de sucesso. Isso é possível? Sim, é. E não se esqueçam que todos estavam vestidos de verde e amarelo, não de vermelho.
Pois bem, a sociedade que vai às ruas gostaria agora que os generais e demais militares da reserva venham junto, que saiam de dentro dos clubes militares, de traz de suas escrivaninhas e ajudem o povo a caminhar para o futuro que desejamos para nossos filhos. Repetindo a frase de um de vocês, a farda não abafa o cidadão no peito do soldado. Venham, endossem nossa manifestação com sua presença. Junto de vocês faremos um inesquecível desfile cívico no centro do Rio, ou em São Paulo, denunciando e exigindo providências racionais e práticas sobre as questões que mais tem nos preocupado.
Contamos com vocês.
A palavra convence, o exemplo arrasta.
Robson A.D.Silva - Revista Sociedade Militar

Nenhum comentário:

Postar um comentário