terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Crise anunciada pega o Brasil e Dilma não está nem aí. Não adianta mudar ministro. Tem que mudar presidente.



Números frustrantes de atividade na China e nos EUA fizeram as Bolsas cair em todo o mundo ontem, expandindo para os países desenvolvidos a crise financeira que atingia os emergentes em janeiro.O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, despencou 3,13%, maior desvalorização desde julho. O índice atingiu seu menor patamar também em sete meses. Todas as suas 72 ações caíram. As ações preferenciais (sem direito a voto) da Petrobras recuaram 5,8%, para R$ 13,85, o menor valor desde 2005.

A Bolsa brasileira já caiu 10,41% desde o início do ano, por causa das dúvidas provocadas pelo crescimento mais lento da China e os efeitos da recuperação dos países ricos. Os dois fenômenos afetam emergentes, como o Brasil. A demanda chinesa menor derruba o preço das commodities e reduz o fluxo de dinheiro para os exportadores.

Apesar do dado negativo de ontem, vários indicadores sinalizam a recuperação da economia dos EUA. A retomada funciona, no curto prazo, como um "aspirador de dólares", atraindo capital antes investido nos emergentes. Essa migração de recursos para os EUA se acelerou no mês passado, com a decisão do Fed (banco central americano) de cortar as injeções de dólares na economia.A saída de dinheiro agrava problemas estruturais dos emergentes, elevando ainda mais a incerteza de investir.

DÓLAR EM ALTA

Com investidores tirando dinheiro do Brasil, o dólar à vista (referência no mercado financeiro) subiu 0,74%, para R$ 2,433. Entre 24 moedas emergentes, 17 caíram. Os fundos negociados em Bolsa dos mercados emergentes registraram resgates de US$ 4,4 bilhões (4,8% de seus ativos) na semana passada. Ao longo do ano passado, sofreram queda de 15,8%.

Embora no longo prazo a retomada americana --a maior do mundo-- seja benéfica para os emergentes, no curto prazo ela provoca perda de divisas e alta de juros (como forma de tentar segurar os recursos investidos). Nas últimas semanas, a turbulência acentuou a perda de valor do peso argentino e provocou alta de juros na Turquia, na Índia e na África do Sul. O Brasil já vinha subindo a taxa básica, a Selic, mas uma recente pressão por um ritmo maior na alta dos juros passou a preocupar o governo.

Em reação à crise de confiança dos investidores, a presidente Dilma foi enfática na mensagem de reabertura dos trabalhos do Congresso. Ela assegurou que o Brasil está preparado para enfrentar a crise e alfinetou os países desenvolvidos afirmando que ninguém pode reconstruir a economia mundial isoladamente. (Folha de São Paulo) 
BLOG DO CORONEL

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