A Revolta dos Búzios, movimento revolucionário negro de 1798,
completa 221 anos nesta segunda-feira (12), sendo destacada pelo Governo
do Estado, através da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial
(Sepromi) e diversos órgãos da administração, reforçando as mobilizações
protagonizadas pela sociedade civil. Este ano, o Governo do Estado
trabalha pela visibilidade das heroínas negras que atuaram na revolta:
Luiza Francisca, Lucrécia Maria, Ana Romana e Vivência Maria,
historicamente esquecidas dos livros de história. Uma campanha,
desenvolvida a partir de ferramentas de internet e materiais impressos,
tem como tema “A luta é feminina. A raça é negra”. A titular da Sepromi,
Fabya Reis, ressalta que a intenção do governo estadual é promover o
reconhecimento dos legados da Revolta dos Búzios. “Estamos trabalhando
intensamente para a inserção destes debates na agenda dos poderes
públicos. É uma oportunidade de ampliar as discussões acerca das
políticas afirmativas para a população negra, escutando suas demandas,
considerando os marcos históricos na luta racial. Vamos difundir os
ideais de liberdade plantados pelo conjunto de lideranças históricas,
também visibilizando as contribuições das mulheres”, afirmou. A
secretária ressalta que dentre as ações de apoio às agendas do mês –
calendário intitulado de Agosto da Igualdade – está o edital da Década
Internacional Afrodescendente. Através da chamada pública, este ano, a
Sepromi destinou R$ 2,4 milhões para execução de 44 projetos com foco na
preservação da história associada à Revolta do Búzios e de outras
atividades como Julho das Mulheres Negras e Novembro Negro.
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