| Para
a entidade, novos investimentos reduziram pontualmente os cortes de
geração renovável, mas prejuízos ultrapassam R$ 1,7 bilhão nos últimos
15 meses, causados principalmente por atrasos na infraestrutura de
transmissão
Outubro de 2024
– No último dia 16/10, três linhas de transmissão estratégicas e que
estavam com sua implementação atrasadas foram finalmente integradas à
infraestrutura de transmissão de energia elétrica do Sistema Interligado
Nacional (SIN). A medida representa um passo importante para melhorar a
capacidade de escoamento de geração renovável da região Nordeste para o
Sudeste e demais centros de consumo, mas ainda demanda solução urgente o
passivo bilionário dos cortes já realizados classificados de forma
equivocada pelo Operador Nacional do Sistema (ONS), com efeitos
injustamente imputados aos empreendedores renováveis (solares e
eólicos). A
avaliação é da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica
(ABSOLAR). Para a entidade, o fato da entrada das novas linhas de
transmissão ter reduzido pontual e localizadamente parte do problema dos
cortes corrobora a avaliação técnica dos geradores, de que os cortes de
geração de usinas renováveis não são culpa nem responsabilidade dos
agentes. Por isso, é urgente o ressarcimento financeiro aos
empreendedores pelos prejuízos ocasionados por tais cortes. O
problema iniciou-se de forma moderada em 2022 e intensificou-se após o
incidente de 15 de agosto de 2023, que causou blecaute em regiões do
Brasil. A partir dessa data, os empreendimentos renováveis passaram a
sofrer cortes recorrentes determinados pelo ONS, em volume expressivos,
sem nenhum controle nem responsabilidade sobre estes eventos. Ao somar
os prejuízos destes cortes sobre as usinas eólicas e solares, o passivo
com o desperdício acumulado de energia limpa ultrapassa R$ 1,7 bilhão
nos últimos 15 meses. Segundo a avaliação da ABSOLAR, embora
tenham sido pontualmente reduzidos nos últimos dias com a entrada em
operação das linhas de transmissão atrasadas, os cortes de geração
renovável ainda mantêm um sinal de alerta para a necessidade de corrigir
a regulamentação, que esvazia o direito dos geradores à compensação
pelos cortes, de modernizar o planejamento e de acelerar os
investimentos na infraestrutura do setor elétrico, sobretudo em mais
linhas de transmissão e novas tecnologias para armazenar a energia limpa
e renovável, gerada em abundância no País. Apesar do alívio no
escoamento trazido pela energização do ativo de transmissão, a medida
apenas busca recuperar a condição anterior ao blecaute de agosto de 2023
para a capacidade de escoamento das renováveis no SIN. Neste período,
as usinas solares e eólicas já amargavam cortes há alguns anos e já
alertavam para a necessidade de aprimoramento da regulação e melhorias
na infraestrutura de transmissão. Por isso, a ABSOLAR reforça a
necessidade destes aprimoramentos regulatórios e mais investimentos,
para que a condição de escoamento seja superior ao patamar pré-blecaute.
Ampliar a estrutura de transmissão é fundamental para atender às novas
demandas e necessidades de crescimento econômico do País, potencializada
pela geração renovável e competitiva para consumidores e setores
produtivos, bem como para os novos mercados, como hidrogênio verde,
datacenters e eletromobilidade. A ABSOLAR destaca que o setor
solar fotovoltaico precisa de segurança, previsibilidade e estabilidade
jurídicas e financeiras, para continuar investindo no desenvolvimento de
uma matriz elétrica sustentável e competitiva para a sociedade
brasileira. Atualmente, as usinas solares de grande porte
possuem 15 gigawatts (GW) de potência instalada operacional,
distribuídas em todos os estados brasileiros, com liderança, em termos
de potência instalada, da região Nordeste, com 58,6% de
representatividade, seguida pelo Sudeste, com 40,3%, Sul, com 0,5%,
Norte, com 0,3% e Centro-Oeste (incluindo o DF), com 0,3%. Sobre a ABSOLAR Fundada
em 2013, a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica
(ABSOLAR) é a entidade do Brasil que reúne todos os elos da cadeia de
valor da fonte solar fotovoltaica e demais tecnologias limpas, incluindo
armazenamento de energia elétrica e hidrogênio verde. Com associados
nacionais e internacionais, de todos os portes, a entidade é fonte de
informação e articulação em prol da transição energética sustentável do
Brasil. Para mais informações, contatar: Thiago Nassa (MTb. 30.914) TOTUM Comunicação (11) 99544 4954 |
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