sexta-feira, 9 de agosto de 2024

FUP: “É preciso definir claramente o destino da renda petroleira. Se ela vai para investimentos ou para pagar dividendos robustos”

 

 






Rio de Janeiro, 9 de agosto de 2024 – “A FUP está atenta aos caminhos que serão seguidos pela gestão da presidente Magda Chambriard”. A observação é do coordenador- geral da Federação Única dos Petroleiros, Deyvid Bacelar, ao comentar os resultados operacionais e financeiros da Petrobrás do segundo trimestre de 2024 divulgados pela estatal na noite desta quinta-feira, 8. Foram os primeiros resultados anunciados pela administração Chambriard, há menos de dois meses no cargo.
 

A grande preocupação da FUP é quanto à redução entre 21,6% e 27,0% do volume de investimentos para o ano de 2024, sobretudo em exploração e produção (E&P), e a manutenção de pagamento exagerado de dividendos, em mesmos patamares observados desde o segundo semestre de 2023, com Jean Paul Prates na presidência da companhia. “Chama a atenção que, mesmo diante do prejuízo no segundo trimestre do ano, mantiveram os dividendos elevados e, para garantir o pagamento, lançaram mão de reservas estatutárias de remuneração de capital. Mais uma vez, a companhia garantiu robusta remuneração aos seus acionistas, um total de R$ 13,6 bilhões no segundo trimestre de 2024”, ressalta Bacelar.

 

Ele pondera, contudo, que, como Chambriard tem pouco tempo à frente da presidência da empresa, a FUP tem a expectativa de que haja mudança em relação à política de dividendos.
 

No primeiro semestre do ano, a Petrobrás já distribuiu R$ 27 bilhões em dividendos, valor 31% superior ao lucro líquido registrado no período (R$ 20,6 bilhões).

“É preciso definir claramente o destino da renda petroleira. Se ela vai para investimentos ou para pagar dividendos robustos a acionistas, sobretudo privados e internacionais”, afirma o dirigente da FUP.

Para Bacelar, os acordos tributários, que tiveram impactos sobre os resultados da companhia, foram importantes, pois, além de limparem pendências com a União, podem ajudar na corrida do governo federal em reduzir o déficit fiscal.

Ele destaca a “necessidade de investimentos em E&P para a exploração da Margem Equatorial, Bacia Leste, Bacia de Pelotas, entre outros. Precisamos de reposição de reservas, até porque a produção do pré-sal começa a cair a partir de 2030, segundo os especialistas”, diz ele.

 

CONTATOS PARA A IMPRENSA

Lívia Ferrari livia@alterconteudo.com.br – +55 21 97974.7554

Maíra Santafé - maira@alterconteudo.com.br - +55 21 98743-2307



Nenhum comentário:

Postar um comentário