São Paulo, 28 de maio de 2024 -
As pesquisas sempre mostraram que a mulher vai mais ao médico e cuida
mais da saúde que os homens. Mas será que cuidam do jeito que deveriam? Um
levantamento feito pela healthtech Pipo Saúde, sobre a saúde da
colaboradora brasileira, mostrou que de um total de 5486 entrevistadas,
57% estão com problema de peso e 54% delas têm risco de saúde mental.
Foram entrevistadas pessoas de empresas de diferentes portes (pequeno,
médio e grande), de cargos que vão de estagiário a C-level.
“Os
resultados da pesquisa mostram que, embora a brasileira tenha
preocupação em se cuidar, talvez não esteja conseguindo acertar no
cuidado com a própria saúde. O que pode ser explicado pelo acúmulo de
funções, longas jornadas de trabalho, cobranças ou tantos outros
fatores”, comenta Thiago Liguori, Chief Medical Officer da Pipo Saúde.
Do
total de mulheres entrevistadas, 57% estão com problema de peso. 146
apresentam obesidade mórbida, ou seja, aquela de grau mais agressivo com
IMC acima de 40 kg/m2; 325 obesidade em grau 2 (IMC entre 35 – 39,9
kg/m2); 837 em grau 1 (entre 30 – 34,9 kg/m2); 1658 com sobrepeso e 155
abaixo do peso. Apenas 2365 estão com o peso normal.
O
estudo mostrou ainda que as mulheres não estão conseguindo praticar
atividade física: 65% são consideradas sedentárias, ou seja, não
praticam qualquer atividade física na rotina.
“Além
de ser importante para a saúde cardiovascular e fortalecimento de
músculos e ossos, o exercício físico ajuda muito no equilíbrio da saúde
mental. A atividade física libera endorfinas, neurotransmissores que
promovem sensações de bem-estar e aliviam o estresse e a ansiedade. Além
disso, exercícios regulares podem melhorar o humor e reduzir sintomas
de depressão, promovendo uma sensação geral de bem-estar”, explica
Liguori.
No
campo da saúde mental, mais da metade das respondentes (2981)
apresentaram algum risco de saúde mental: 1932 leve, 826 moderado e 223
grave. Além disso, 47,5% não têm um bom sono, levando em consideração o
Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh (IQSP).
“Precisamos
olhar com mais cuidado para as mulheres que trabalham em nossas
empresas. Devido a uma combinação de fatores culturais, sociais e
econômicos, em pleno 2024, muitas delas ainda não dividem as tarefas de
casa e o cuidado dos filhos com os companheiros e vivem exaustas e
sobrecarregadas. É importante ficarmos alertas para este assunto e nunca
deixarmos de olhar para a equidade de gêneros, seja no local de
trabalho ou em casa”, complementa Marcela Ziliotto, Head de People da
Pipo Saúde.
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