A
Abrasel acompanha com atenção a recente decisão envolvendo as gigantes
de cartões de crédito Visa e Mastercard, que concordaram em um acordo
histórico com os comerciantes dos Estados Unidos. Este acordo põe fim a
uma disputa judicial que se arrastava por quase duas décadas,
relacionada às taxas de intercâmbio, também conhecidas como "swipe
fees", cobradas aos lojistas a cada transação realizada com cartão de
crédito. A decisão deve representar, nos próximos cinco anos, cerca de
30 bilhões de dólares de redução em tarifas para os lojistas americanos.
A decisão é vista
com otimismo pela Abrasel. As taxas de intercâmbio têm um impacto
significativo na rentabilidade dos negócios, especialmente para pequenos
e médios estabelecimentos, que muitas vezes operam com margens de lucro
apertadas.
“O acordo
entre Visa e Mastercard e os comerciantes dos EUA pode servir como um
precedente importante para discussões semelhantes em outros países,
incluindo o Brasil. A esperança é que este caso inspire mudanças nas
políticas de cobrança de taxas de cartão de crédito, tornando o ambiente
de negócios mais justo e sustentável para os empreendedores”, explica o
presidente da Abrasel, Paulo Solmucci.
Para
ele, essa mudança acompanharia uma tendência, pois já houve a ação do
Banco Central em relação aos cartões de débito e pré-pagos. “Hoje a taxa
do cartão de crédito tem duas partes, vamos dizer assim. Uma delas,
fixa, é o intercâmbio, que cabe às bandeiras. A outra parte, variável, é
o espaço onde os adquirentes disputam mercado. Essa parte fixa das
bandeiras é que se tornou objeto da decisão nos EUA, por pressão das
autoridades. E vamos endereçar isso aqui no Brasil, também. A redução da
taxa seria benéfica para o lojista imediatamente e abriria espaço para
reduzir os preços ao consumidor”, completa Solmucci. |
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