segunda-feira, 1 de maio de 2023

Declarações equivocadas de Lula fazem acordo com União Europeia retroceder

 



Lula vai a São Paulo para velório de afilhada - Politica - Estado de Minas

Lula falou bobagens e atrapalhou as negociações do Mercosul

Merval Pereira
O Globo

O acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia parece que terá que começar do zero novamente. A questão é que a Europa ainda não se convenceu de que o governo Lula vai levar adiante as questões do meio ambiente. Estão muito rígidos em algumas exigências que pareciam ser apenas contra o governo Bolsonaro, mas não eram. Até porque o desmatamento na Amazônia continua aumentando.

Ao mesmo tempo, a má vontade da Europa com Lula aumentou depois dos comentários dele sobre a guerra na Ucrânia. Agora em Portugal e na Espanha, ele tentou consertar, mas se enrolou de novo. Não soube responder a quem pertence a Crimeia, o que significa ir contra a posição do mundo ocidental, que exige a devolução do território à Ucrânia.

SITUAÇÃO DELICADA – O governo brasileiro está numa situação delicada porque tem que compatibilizar as questões ideológicas do PT e de sua política externa com as necessidades imediatas do país.

A Europa quer saber se o Brasil vai comandar, na América do Sul – senão na América Latina – governos que se comprometam com a paz, a segurança, com a democracia e com a preservação do meio ambiente.

 Lula não consegue dar esta resposta. Ele achava que a sua simples presença no governo e de Marina Silva no ministério do Meio Ambiente iria derrubar todas as barreiras.

SEM COMPROMISSO – Não vai acontecer, porque o Brasil não tem condições de assumir compromissos mais claros com a democracia, o que é fundamental para a União Europeia.

E a Europa erra quando tenta fazer um adendo ao acordo para aumentar as exigências aos países que têm partes na Amazônia e não fala em ajuda e compensações financeiras. Isso tira o ânimo do Mercosul, que não pode aceitar que sejam apertadas as obrigações, sem a ajuda financeira necessária para ajudar na preservação da Amazônia.

Aparentemente, a coisa está andando para trás. A ministra Marina Silva sabe que a coisa não está boa, mas o governo está reorganizando os instrumentos de fiscalização que foram todos desmontados. Até o momento, não foi possível implantar uma política de defesa do meio ambiente sem estrutura física.

Nenhum comentário:

Postar um comentário