Com
o objetivo de reforçar a importância da realização do exame de
mamografia, principal meio de prevenção do câncer de mama, foi
instituído por Lei no país, o Dia Nacional da Mamografia, celebrado
anualmente em 5 de fevereiro.
Com
a redução de mais de dois milhões de exames observada entre 2020 e
2021, de acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), a data
ganha ainda mais relevância, já que busca conscientizar e chamar a
atenção da população para a importância do exame na detecção de
alterações nas mamas.
A
mamografia é um exame simples, e tem como propósito rastrear o câncer
de mama por meio da identificação de nódulos nos seios, antes mesmo de
serem palpáveis. Além de ser o segundo tipo mais comum entre as
mulheres, estima-se que em 2023, o câncer de mama apresente mais de 73
mil novos casos, de acordo com o Inca.
“A
mamografia é o único exame cuja aplicação em programas de rastreamento
apresenta eficácia comprovada na redução da mortalidade por câncer de
mama. Ele é essencial pois pode identificar nódulos em estágio inicial,
quando ainda não são perceptíveis ao tato, proporcionando o diagnóstico
precoce, valioso para o processo de cura da doença”, alerta Juan Carlos,
diretor Técnico do Hospital Bom Pastor, em Guajará-Mirim (RO).
Pertencente
à entidade filantrópica Pró-Saúde, uma das maiores no ramo da gestão
hospitalar do país, o Bom Pastor atua como referência em obstetrícia,
pediatria, ginecologia, clínica médica e cirúrgica para Guajará-Mirim,
Nova Mamoré, mais de 50 aldeias indígenas da região Norte do país, além
da cidade de Guayaramerin, na Bolívia.
Como é o exame de mamografia
O
exame é realizado por um médico ou enfermeiro. Durante a mamografia, o
seio é colocado entre as duas placas do mamógrafo, que comprimem as
mamas e emitem raios X para produzir as imagens. O processo pode ser
desconfortável devido a compressão, e algumas mulheres podem sentir dor
pontualmente, principalmente se estiverem no período menstrual.
Juan
Carlos destaca que, apesar de importante, o autoexame não substitui a
mamografia. “Ainda que o autoexame aponte anormalidades nas mamas, não é
possível diagnosticar o câncer apenas com o toque. Para isso, é
necessário fazer exames específicos como mamografia, ultrassom e
ressonância”, explica o profissional. “Inclusive, a associação da
mamografia com outros exames de imagem, como o ultrassom, aumenta
consideravelmente a porcentagem de diagnóstico precoce”, complementa o
profissional.
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