A nova política para carros elétricos nos EUA, que beneficiará com incentivos fiscais somente os veículos produzidos na América do Norte, tem surtido efeito junto aos fabricantes automotivos.
Vários deles estão anunciados investimentos bilionários nos EUA para se beneficiarem do bônus federal para seus clientes na compra de carros elétricos, contudo, isso não convenceu a todos.
A Subaru, por exemplo, não erguerá uma fábrica de carros elétricos nos EUA e a culpa disso não é do governo americano com sua nova política de incentivos federais, mas do McDonald’s.
Então, o que a rede de fast food do palhaço tem com a decisão da Subaru em não produzir elétricos nos states? Afinal, são áreas totalmente distintas e as vendas da marca japonesa não dependem do preço do Big Mac…
A explicação, surpreendente, foi dada por Tomomi Nakamura, CEO da Subaru, para o site Automotive News: “Em Indiana, os trabalhadores de meio período do McDonald’s ganham de US$ 20 a US$ 25 por hora, o que está em concorrência com o que os trabalhadores temporários ganham em nossa fábrica”.
Pois é, parece que o salário do Mc em Indiana não está assim tão ruim, não é mesmo? Ou será que a Subaru é quem realmente paga pouco na história?
Nakamura continuou: “Se fôssemos construir uma nova fábrica, seria muito difícil contratar novas pessoas para isso. Os custos trabalhistas estão subindo agora. É bastante desafiador para nós garantir trabalhadores para nossa fábrica em Indiana, incluindo os de fornecedores”.
A citação à Indiana é que nesse estado americano, a Subaru tem uma fábrica, de onde saem os modelos Ascent, Impreza, Legacy e Outback.
Para a Subaru, a conta para ter carros elétricos “made in USA” não fecha e modelos como o Solterra que, aliás, é o único da marca, não teriam vez na América.
Assim, parece que na visão da Subaru os custos de um trabalhador que monta um carro de US$ 45.000 são os mesmos daquele que monta um lanche de US$ 5. O que você acha disso?
[Fonte: Auto News]
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