sábado, 5 de novembro de 2022

Japão faz alerta contra política de elétricos dos EUA

 

NOTICIAS AUTOMOTIVAS

O Japão fez um novo alerta contra a política americana para carros elétricos, com incentivos fiscais apenas para veículos fabricados na América do Norte.

O governo japonês alegou que esse crédito federal pode desencorajar futuros investimentos de fabricantes nipônicos no país, indicando que a oferta de emprego deverá ser afetada nos EUA.

Tóquio enviou um comunicado ao Departamento do Tesouro dos EUA, alertando que a política da Lei de Redução da Inflação (IRA) está gerando preocupações no Japão.

O governo nipônico expôs o compromisso do Japão com os EUA para a manutenção de uma cadeia de suprimentos resiliente, visto que o mercado americano visa conter a influência chinesa.

Além disso, os japoneses também apontam que os requisitos para ser elegível ao crédito fiscal de US$ 7.500, após o prazo de carência de três anos, “não são consistentes”.

A nota nipônica disse que “seria possível que as montadoras japonesas hesitassem em fazer mais investimentos para eletrificação de veículos”.

Completando, o comunicado menciona que “isso pode causar impactos negativos na expansão do investimento e do emprego nos EUA”.

Recentemente, a Subaru alegou que não irá construir uma fábrica nos EUA para fazer carros elétricos por conta do alto custo trabalhista no país.

Ainda assim, a regra dada por Washington beneficia também México e Canadá, sendo que o primeiro tem um custo de produção menor e poderia ser uma alternativa.

De qualquer forma, Toyota e Honda, além da Nissan, não abrirão mão do mercado americano, contudo, o processo de eletrificação dos fabricantes japoneses não ajuda a resolver o problema.

A Toyota está lançando uma gama de 12 modelos elétricos de um total de 30 opções de mobilidade, mas a base industrial ainda se apoia fortemente no Japão.

A Honda resolveu o problema sem saber, pois, antes da mudança da política, fechou um acordo com a GM.

Ela será a japonesa em melhor situação, pois, não precisará forçar a eletrificação, diferente da Nissan, que mantém seus projetos altamente ligados ao Japão, apesar da produção do Leaf, no Tennessee.

[Fonte: Reuters]

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