(Marcelo Jabulas)
O Chevrolet Spin é o último monovolume nacional em linha. E, de quebra, é o carro com sete lugares menos caro do mercado, além de posar de aventureiro na versão Activ7.
Com preços a partir de R$ 124.690, o modelo não é barato, mas consegue ser mais acessível por apostar num pacote “maduro”. Ou seja, utiliza o veterano motor 1.8 de 8V da GM, assim como o mesmo estilo desde 2018.
Tudo é igual: molduras, acabamento e até mesmo as rodas. A GM não iria colocar dinheiro para atualizar um modelo antigo e que é o último sobrevivente de um segmento que foi engolido pela avalanche dos SUVs.
Mesmo assim, o Spin vendeu quase 10 mil unidades de janeiro a agosto de 2022. Um volume considerável, num momento em que o mercado ainda sofre com a falta de componentes, crédito caro, inflação aquecida.
Isso porque o Spin figura como uma das opções mais interessantes para quem precisa de espaço extra e não pode pagar por grandalhões como Caoa Chery Tiggo 8x Pro ou Jeep Commander, que custam mais de R$ 200 mil. Além disso, é um carro de mecânica simples e manutenção bem mais barata que os modernos motores turbo da praça.
Outro ponto positivo da Spin é que ele é um carro impressionantemente eficiente. O Inmetro declara consumo urbano com gasolina na casa dos 10,2 km/l e rodoviário na faixa dos 11,8 km/l. Em nosso teste, com gasolina, ele anotou 10,6 km/l no combinado entre cidade e estrada.
Raio-x Chevrolet Spin Activ7 1.8
Onde é feito?
Fabricado na unidade de São Caetano do Sul (SP).
Quanto custa?
R$ 124.690.
Com quem concorre?
A Spin corre sozinha no segmento de monovolumes.
No dia a dia
Depois
de 10 anos de mercado, a Spin nunca passou por uma mudança drástica. Em
2018, foi reestilizada e incorporou os conteúdos que estão na linha
2022. Mas como é na prática?
A
minivan oferece bom espaço para quem ocupa as duas primeiras fileiras. A
terceira acomoda dois adultos, mas eles vão apertados. Duas crianças
vão bem. No entanto, os dois assentos extras liquidam o espaço do
porta-malas, o que o torna ineficaz em deslocamentos em que é preciso
levar bagagem.
Mas os bancos extras são o grande atrativo desse
carro. Além disso, o visual aventureiro deixa a Spin menos careta que na
versão Premier.
O pacote de conteúdos da Activ7 tem direção assistida, ar-condicionado, computador de bordo, multimídia (USB, Apple CarPlay, Android Auto, Bluetooth, câmera de ré e aplicativos), trio elétrico (retrovisores, trava e vidros elétricos), serviço OnStar, rodas de liga leve aro 16 e faróis de neblina.
Por outro lado, faltam assistentes de condução e recursos automáticos, como climatização digital, dentre outros sistemas que são realidade em compactos como o Onix.
Motor e transmissão
O
motor 1.8 8v de 111 cv e 17,7 mkgf só existe no Spin, já que o Cobalt
passou dessa para melhor. Apesar de a oferta de potência não
impressionar, ele entrega muito torque em baixa rotação, o que faz do
monovolume um carro ágil quando a turma toda está a bordo. A caixa
automática de seis marchas casa bem com o motor, garantindo uma condução
confortável.
Como bebe?
O consumo com gasolina foi de 9,6 km/l na trajeto combinado entre urbano e rodoviário.
Suspensão e freios
A
suspensão da Spin Activ 7 recorre ao trivial do mercado, com conjunto
independente (McPherson) na frente, e eixo rígido na traseira. Os freios
utilizam conjunto de discos na frente e tambor atrás.
A minivan tem um acerto de suspensão que privilegia o conforto. Daí não se deve abusar da sorte, ainda mais por se tratar de um carro com centro de gravidade elevado, o que pode elevar o efeito de rolagem nas curvas.
Palavra final
Para
quem precisa carregar sete passageiros, a Spin é opção mais em conta do
mercado. Não é barato, mas está no cenário em que as opções mais
“baratas” partem de R$ 70 mil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário