Com presença confirmada, Bolsonaro garante que vai “onde o povo estiver”'
Foto: Reprodução Redes Sociais
A uma semana do feriado de 7 de setembro, dia em que pretende fazer demonstração de força nas ruas, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que a “grande pauta” dos atos que devem ocorrer no País é a liberdade de expressão. “Não pode uma pessoa do STF e uma do TSE se arvorarem como donas do mundo”, disse o presidente à Rádio Rede Fonte de Comunicação, no início da tarde desta segunda-feira, 30.
Bolsonaro não citou os nomes dos ministros Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso.
Bolsonaro classifica as manifestações programadas como “espontâneas” e que serão feitas por pessoas “pacíficas, ordeiras, trabalhadoras que querem o melhor para o País”. O chefe do Executivo disse que os cidadãos “não estão pedindo nada além do normal, do que os Poderes deviam atender”. Com presença confirmada, Bolsonaro garante que vai “onde o povo estiver”'.
Na entrevista, Bolsonaro voltou falar sobre a discussão do ‘marco temporal’ para a demarcação de terras indígenas e afirmou que não é atribuição do STF mudar a Constituição. Para ele, uma decisão contrária “mataria o campo e sufocaria as cidades”.
O presidente voltou a defender que, se o “marco temporal” for rejeitado, o Brasil terá uma decisão judicial que permitirá a demarcação de uma área do tamanho da Região Sul. “Vai afetar em cheio o agronegócio”, disse, pontuando que será necessária a construção de novas rodovias para que o escoamento de alimentos não fique prejudicado.
“Espero que o bom senso recaia”, pediu ao STF. No sábado, 28, após participar de culto alusivo ao 1º Encontro Fraternal de Líderes Evangélicos em Goiânia (GO), o presidente afirmou que, se a tese do “marco temporal” for chancelada pelo STF, ele terá “duas opções”. “Não vou dizer agora, mas já está decidido qual é a opção. É aquela que interessa ao povo brasileiro, é aquela que está ao lado da nossa Constituição”, disse.
O STF retoma o julgamento do marco temporal, tese defendida pelo Palácio do Planalto, na próxima quarta-feira, 1, mas sem previsão de encerramento. Setores ligados aos ruralistas pressionam para que a Suprema Corte entenda que indígenas só podem ter direito sobre terras que já estavam ocupadas até a promulgação da Constituição, em 1988.
Com informações do Estadão Conteúdo
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