sábado, 28 de agosto de 2021

Liberdade, segurança e o 11 de setembro de 2001.

 



A vida nesse mundo globalizado mudou para sempre e para pior no que se refere ao balanço entre liberdade e segurança. Artigo do empresário Roberto Rachewsky para o Instituto Liberal:


Costumo dizer que perdemos a guerra contra nossos inimigos quando, dominados pelo medo ou pelo desejo de vingança, abrimos mão dos nossos princípios, aqueles que nos tornam civilizados, aqueles que fazem da nossa cultura um conjunto superior de valores que justifica inclusive não apenas dar a vida por eles, mas preservar a vida daqueles contra os quais lutamos bravamente.

Daqui a uns dias, os atentados de 11 de setembro farão 20 anos. Foram 2977 pessoas de 90 nacionalidades diferentes mortas covardemente. As Torres Gêmeas foram derrubadas, a economia mundial sofreu um baque.

A vida nesse mundo globalizado mudou para sempre e para pior no que se refere ao balanço entre liberdade e segurança. Todos os governos do mundo aumentaram o controle sobre a vida dos indivíduos alegando precisarem proteger-nos do terrorismo, ou até de nós mesmos.

O mais impressionante é que os Estados Unidos da América, outrora uma república constitucional, bastião da defesa dos direitos individuais, entregou os pontos e adotou medidas típicas de estados policialescos, como aqueles que ele sempre disse se opor.

Os americanos podem ter matado Osama Bin Laden, mas o custo disso foi maior que os 2 trilhões de dólares gastos na Guerra do Afeganistão. O governo americano acabou abandonando seus princípios, seus valores e seu orgulho.

Torço para que os Estados Unidos reencontrem o caminho que o Brasil nunca percorreu, o caminho que costumam trilhar os povos em direção à civilização. O caminho onde o Rule of Law pavimenta a estrada para o florescimento individual e a prosperidade baseada na ordem espontânea dos mercados e na incessante busca da paz e da justiça. O caminho onde não há espaço para o Rule of Man, onde leis subjetivas relativizam os direitos individuais tornando os homens escravos indefesos dos grupos que capturam e dominam o estado.
 
BLOG  ORLANDO  TAMBOSI

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