A vida nesse mundo globalizado mudou para sempre e para pior no que se refere ao balanço entre liberdade e segurança. Artigo do empresário Roberto Rachewsky para o Instituto Liberal:
Costumo
dizer que perdemos a guerra contra nossos inimigos quando, dominados
pelo medo ou pelo desejo de vingança, abrimos mão dos nossos princípios,
aqueles que nos tornam civilizados, aqueles que fazem da nossa cultura
um conjunto superior de valores que justifica inclusive não apenas dar a
vida por eles, mas preservar a vida daqueles contra os quais lutamos
bravamente.
Daqui
a uns dias, os atentados de 11 de setembro farão 20 anos. Foram 2977
pessoas de 90 nacionalidades diferentes mortas covardemente. As Torres
Gêmeas foram derrubadas, a economia mundial sofreu um baque.
A
vida nesse mundo globalizado mudou para sempre e para pior no que se
refere ao balanço entre liberdade e segurança. Todos os governos do
mundo aumentaram o controle sobre a vida dos indivíduos alegando
precisarem proteger-nos do terrorismo, ou até de nós mesmos.
O
mais impressionante é que os Estados Unidos da América, outrora uma
república constitucional, bastião da defesa dos direitos individuais,
entregou os pontos e adotou medidas típicas de estados policialescos,
como aqueles que ele sempre disse se opor.
Os
americanos podem ter matado Osama Bin Laden, mas o custo disso foi
maior que os 2 trilhões de dólares gastos na Guerra do Afeganistão. O
governo americano acabou abandonando seus princípios, seus valores e seu
orgulho.
Torço
para que os Estados Unidos reencontrem o caminho que o Brasil nunca
percorreu, o caminho que costumam trilhar os povos em direção à
civilização. O caminho onde o Rule of Law pavimenta a estrada para o
florescimento individual e a prosperidade baseada na ordem espontânea
dos mercados e na incessante busca da paz e da justiça. O caminho onde
não há espaço para o Rule of Man, onde leis subjetivas relativizam os
direitos individuais tornando os homens escravos indefesos dos grupos
que capturam e dominam o estado.
BLOG ORLANDO TAMBOSI
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