terça-feira, 31 de agosto de 2021

Gasolina já ultrapassa R$ 7 o litro em três regiões do País

 


O preço médio do País ficou em R$ 5,982 o litro na semana passada, alta de 0,5% em relação à semana anterior.


Tribuna da Bahia, Salvador
31/08/2021 06:00 | Atualizado há 1 dia, 23 horas e 58 minutos

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Foto: Romildo de Jesus

Por Denise Luna 

O preço do litro da gasolina já ultrapassa os R$ 7 em três regiões do País - Norte, Sudeste e Sul -, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) referente à semana de 22 e 28 de agosto. O combustível acumula alta de 2,2% no mês e de 51% no ano, e tem como principal fator de alta o câmbio, aliado ao aumento do petróleo no mercado internacional. 

O preço mais alto da gasolina foi encontrado pela ANP em Bagé, no Rio Grande do Sul (R$ 7,219/litro), e o mais baixo foi visto em alguns municípios de São Paulo, inclusive a capital (R$ 5,099/litro). O preço médio do País ficou em R$ 5,982 o litro na semana passada, alta de 0,5% em relação à semana anterior.  

De acordo com o economista-chefe da Ativa Investimentos Étore Sanchez, a desvalorização do real e o preço do petróleo no mercado internacional são os principais fatores que elevam o valor da gasolina na refinaria da Petrobras, mas também afetam os impostos que incidem no preço final nas bombas dos postos. 

“O imposto é representativo no preço final da bomba, mas ficou alto por conta do petróleo internacional e do câmbio”, explica, prevendo que o petróleo deverá continuar oscilando em torno dos US$ 70 e o câmbio entre R$ 5,20 e R$ 5,30 por dólar este ano. 

De acordo com Petrobras, os impostos correspondem a 39,1% do preço da gasolina na bomba, enquanto a fatia da empresa é de 33,6%, o etanol pesa 16,9% e a revenda/distribuição fica com os 10,4% restantes.  

Sanchez afirma que são inúmeros os impactos da alta na gasolina na economia, sendo o mais imediato no bolso do consumidor, porque os salários não estão acompanhando a inflação. 

“O salário não se corrige na mesma velocidade dos insumos e alguns (insumos) acabam roubando a representatividade de outros, principalmente quando são essenciais”, avalia Sanchez, dando como exemplo pessoas que usam o carro para trabalhar e substituem outras possíveis aquisições para poder abastecer. 

“Quem costuma poupar também vai poupar menos e, como grande parte da população vive no limite de renda, ocorre a substituição de proteínas, deixando a carne bovina e passando para carne suína, frango, ou mesmo o ovo”, explica.  

Fonte: O Estado de S.Paulo

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