Funcionando em plantão de 24 horas, o Samu Mais reúne de seis a oito profissionais por turno, entre atendentes e médicos reguladores.
Foto: Max Haack/Secom
Responsável por 150 mil chamadas e 45 mil atendimentos presenciais desde a madrugada do dia 11 de fevereiro, o Samu Mais, novo sistema de teleatendimento informatizado do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), já aponta para uma redução significativa dos trotes feitos ao telefone 192, além de, aos poucos, acelerar o tempo de resposta às chamadas emergenciais que, em média, é de 30 minutos. Funcionando em plantão de 24 horas, o Samu Mais reúne de seis a oito profissionais por turno, entre atendentes e médicos reguladores.
Desde
o início da pandemia, em especial no período entre março e julho de
2020, o atendimento do Samu 192 viu o número de chamadas saltar de uma
média de 8 a 9 mil contatos por mês para 14 a 16 mil ligações a cada 30
dias. Atualmente, a média mensal é de 13 mil chamadas de emergência,
mantendo o aumento médio de 60% atingido no ano passado. Em relação às
chamadas falsas, também conhecidas como trotes, o Samu Mais registra e
conserva os dados de quem realiza esse tipo de ligação, podendo o
atendente repreender o indivíduo no ato da infração.
“Com a
aquisição do sistema próprio – o anterior era federal –, tínhamos muita
dificuldade em alterar ou adequar o serviço às nossas necessidades,
principalmente se precisássemos inserir alguma nova funcionalidade.
Logo, a grande vantagem é poder adequar novas funcionalidades que
facilitam o trabalho. Tanto que, desde o início da nova operação, já
fizemos muitas inserções, alterações e aperfeiçoamentos, podendo mexer
sem reservas. Nosso grande desafio hoje é reduzir cada vez mais o tempo
de resposta, com envio da ambulância ou orientação”, explica o
coordenador médico do Samu, Antonio Fernando Costa.
O gestor
afirma que o grande impacto da implantação do Samu Mais foi a
praticidade na inserção de dados e manipulação do sistema.
“Anteriormente, quando recebia uma ligação, o telefonista precisava
inserir manualmente telefone e dados do cidadão, coisa que agora é feita
automaticamente pelo sistema, por exemplo.”
Costa aponta
também outra mudança possibilitada pelo sistema. “Há casos em que o
próprio atendente tem liberdade para acionamento automático de
ambulância, sem necessidade de triagem ou regulação, a exemplo de
acidente de trânsito, capotamentos, batidas, incidentes com armas de
fogo, ou seja, de gravidade já instalada. Antigamente isso era feito de
forma verbal entre os atendentes e reguladores. Agora é automático,
dando mais celeridade ao atendimento”, complementa.
Quando chamar – O
Samu realiza o atendimento de urgência e emergência em qualquer lugar,
sejam elas residências, locais de trabalho e vias públicas. O serviço
pode ser acionado nas seguintes situações que oferecem risco de vida ao
cidadão: problemas cardiorrespiratórios, intoxicação, queimaduras
graves, maus tratos, em trabalhos de parto onde haja risco de morte da
mãe ou do feto, tentativas de suicídio, crises hipertensivas,
acidentes/traumas com vítimas, afogamentos, choque elétrico, acidentes
com produtos perigosos e transferência inter-hospitalar de doentes com
risco de morte.
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