“Capitalismo selvagem” é uma figura de linguagem usada pelos estatistas para denegrir o capitalismo real e verdadeiro. Roberto Rachewsky para o Instituto Liberal:
A
expressão “capitalismo selvagem”, assim como “capitalismo de estado”,
são tentativas de corromper o conceito “capitalismo”, unindo a ele
outros conceitos que formam contradições nos termos.
Quem
usa essas expressões confessa desconhecer o que significa exatamente
capitalismo e qual a relação deste sistema político-econômico com coisas
como relações selvagens numa sociedade ou relações interpessoais
ditadas pelo estado.
Capitalismo
nada mais é do que o sistema no qual há respeito pelos direitos
individuais de forma a se criar um ambiente erguido sobre pilares como a
livre iniciativa, a propriedade privada e o Estado de Direito,
constituído por leis objetivas que limitam a iniciação do uso da
coerção, seja por parte de particulares, seja por parte do próprio
governo.
Uma
sociedade estabelecida a partir de um sistema capitalista jamais será
uma sociedade cujas relações interpessoais podem ser adjetivadas de
selvagens. Na selva, a luta pela sobrevivência não tem regras, a não ser
a de que vence o mais forte inapelavelmente. É como na anarquia ou nos
regimes totalitários, onde o poder coercitivo dita arbitrariamente quem
vence e quem perde num jogo de soma zero.
No
capitalismo não é assim que funciona se as instituições cumprirem seus
papéis, que visam a exatamente extirpar a violência do seio da
sociedade. As relações são consensuais, voluntárias, espontâneas, livres
para haver criação de valor almejando mútuo benefício das partes
envolvidas, realizadas sob a proteção do estado.
“Capitalismo selvagem” é uma figura de linguagem usada pelos estatistas para denegrir o capitalismo real e verdadeiro.
O
mesmo se pode dizer de “capitalismo de estado”, expressão utilizada
pelos covardes intelectuais que não conseguem balbuciar palavras como
fascismo, nome correto para o sistema político no qual o governo concede
à iniciativa privada a propriedade dos meios de produção como se fossem
privilégios cuja contrapartida é o controle estatal sobre as operações
através de ampla e minuciosa regulação, e também, e principalmente,
acompanhada de uma taxação exorbitante que define claramente o caráter
mafioso do agente estatal.
Sempre
que você ouvir alguém usar “capitalismo selvagem” ou “capitalismo de
estado”, se você preza pelo capitalismo no seu sentido original, é um
dever moral manifestar-se para dar um basta nesse atentado contra o mais
importante meio de subsistência que a humanidade desenvolveu, a teoria
dos conceitos e a linguagem, sem os quais, pensar seria uma tarefa
impossível, o que nos tornaria seres selvagens, primitivos, do tipo que
os pós-modernistas ou qualquer outro corruptor de conceitos e
significados gostaria de nos transformar.
BLOG ORLANDO TAMBOSI
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