sábado, 27 de fevereiro de 2021

Volvo e Scania são alvo de espião que vendeu dados à Rússia

 


Volvo e Scania são alvo de espião que vendeu dados à Rússia

A espionagem industrial continua agindo nos bastidores do setor automotivo, ainda mais com o aumento de tecnologia nos carros. Na Suécia, um caso vem chamando atenção por envolver um consultor de 47 anos.


O sueco, cuja identidade não foi revelada, foi preso após ser acusado de espionagem industrial. Dentre as empresas que foram alvos dele, estão Volvo e Scania. Os dois principais fabricantes de veículos do país nórdico tiveram dados copiados e repassados para a Rússia.

Enquanto atua nas duas montadoras suecas, ambas com fábricas também no Brasil, o espião copiou dados em cartões de memória e tirou fotos de telas de computador, repassando para um contato ligado ao governo russo.

Esse contato era um diplomata russo, com o qual ele se encontrava no momento do flagrante. O receptador lhe havia dado 27.800 coroas suecas ou cerca de US$ 3.360.


A acusação diz que o homem estava transferindo “informações de empresas nacionais para uma potência estrangeira”. Bom, para quem não conhece a Suécia, o país nórdico é uma potência militar e tecnológica de alto nível na Europa Setentrional.

Volvo e Scania são alvo de espião que vendeu dados à Rússia

Ainda não se sabe quais dados foram repassados ou quantos chegaram às mãos dos russos, mas pelo menos a Volvo tem uma divisão de defesa.

Da mesma forma, tanto ela quanto a Scania possuem tecnologias avançadas, especialmente em condução autônoma, motores multicombustíveis e eletrificação. O fabricante que usa o grifo real confirmou que o espião trabalhou na empresa. A Volvo negou-se a falar.

Mesmo que não seja nada da área militar, Volvo e Scania podem ter prejuízos enormes com o repasse de projetos sensíveis para mãos estrangeiras, que naturalmente podem beneficiar empresas nacionais ou internacionais, que estejam envolvidas no negócio.

No setor automotivo, a espionagem industrial é um problema que vários fabricantes enfrentam, especialmente aqueles que tiveram produtos e tecnologias clonadas, sendo muitas vezes vendidas em alguns mercados onde não há tanta proteção, como na China, por exemplo.

[Fonte: Reuters]

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