Depois de 10 anos de recesso, Dilma Rousseff voltou ao mundo dos gramados para analisar Maradona. Augusto Nunes:
Em
maio de 2010, já candidata à Presidência da República, Dilma Rousseff
entrou em campo fantasiada de analista esportiva. Depois da divulgação
da lista de jogadores convocados pelo técnico Dunga para representar o
Brasil na Copa da África do Sul, resolveu mostrar que também entendia de
futebol. Com a segurança de um zagueiro escalado para acompanhar Pelé
sem perder Garrincha de vista, ela foi convidada a comentar a ausência
de Neymar e Ganso.
A
resposta, como comprova o vídeo que eternizou a histórica fala em
dilmês de boleiro, resultou num dos momentos mais eletrizantes do
Discurso sobre o Nada:
“Na
minha humildade, né, no meu chinelo da minha humildade, eu gostaria
muito de ver o Neymar e o Ganso. Porque eu acho que 11 entre 10
brasileiros gostariam. Porque deu alegria ao futebol. Porque, a gente…
Eu vi. Cê veja, eu já vi. Parei de vê, voltei a vê. E acho que o Neymar e
o Ganso têm essa capacidade. Fazê a gente olhá.. Porque é uma coisa
que, né, mexe com a gente. Tem esse lado brincalhão e alegre.”
Depois
de um recesso de 10 anos, Dilma voltou ao mundo dos gramados para
analisar Maradona. “A morte de Maradona é uma grande perda para todos os
amantes do futebol, que tiveram por ele a mesma paixão com que ele
próprio conduziu a sua vida. Sua genialidade encantou o mundo”, escreveu
a ex-presidente no Twitter. “Mas Maradona também merece ser admirado
pela defesa dos direitos dos povos da América Latina e do Caribe à
soberania, à democracia e à justiça social”.
Os dois momentos confirmam: a analista esportiva Dilma Rousseff só não é pior que a governante Dilma Rousseff.
BLOG ORLANDO TAMBOSI
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