Aline Macedo e João Paulo Saconi
O Globo
O PTB definiu neste sábado, dia 26, que não irá lançar candidatura à Prefeitura do Rio de Janeiro na eleição municipal deste ano. A decisão acontece após a ex-deputada Cristiane Brasil, pré-candidata pelo partido, ter sido presa no início do mês na Operação Catarata, sob acusação de se beneficiar de um esquema de pagamento de propinas de prestadoras de serviço na área social da prefeitura e do Estado.
O substituto dela, o produtor cultural Fernando Bicudo, também ficou fora da disputa após perder o prazo para se desincompatibilizar da administração fluminense. O PTB pretende concentrar esforços para eleger seus candidatos à Câmara de Vereadores do Rio. A intenção, a princípio, é não apoiar candidato de outra legenda à Prefeitura do Rio.
“SOLIDARIEDADE” – Membros do partido dizem que essa definição é um gesto de solidariedade a Cristiane Brasil, cuja prisão consideram injusta. Ela é filha do presidente nacional do PTB, o ex-deputado federal Roberto Jefferson.
Cristiane foi presa em 11 de setembro após ter sido alvo da operação, baseada em uma delação que a coloca como integrante de um suposto esquema de corrupção — a ex-deputada classifica a narrativa como “mentirosa”. Onze dias depois, na última terça-feira, o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Joel Irlan Paciornik a manteve na prisão.
Após Cristiane ter sido detida, o PTB resolveu indicar Fernando Bicudo, que é assessor especial da secretaria estadual de Cultura e Economia Criativa. Ele, no entanto, perdeu o prazo para deixar o cargo a tempo de concorrer: a exoneração, que precisaria ter acontecido até 15 de agosto, só foi publicada na última quarta-feira. A expectativa era que ele liderasse a chapa e tivesse Cristiane como vice, o que não se confirmou.
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