O líder do MTST pode acabar inventando a quarentena ao relento. Augusto Nunes:
A cada invasão promovida pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto,
Guilherme Boulos tentava justificar outro estupro do direito de
propriedade com a mesma discurseira fantasiosa. Enquanto milhões de
brasileiros não têm moradia, berrava, o patrimônio da burguesia e da
elite inclui incontáveis casas vazias, a serviço da especulação
imobiliária.
Depois da posse do presidente Jair Bolsonaro, as invasões subitamente
cessaram. Para isso contribuíram a extinção das mesadas federais, o fim
da impunidade institucionalizada na Era PT e a mudança das prioridades
do chefe. Boulos passou a dedicar-se em tempo integral à política
partidária. Mas que fim levaram as multidões sem-teto?
Se continuam sem uma casa para chamar de sua, como poderão cumprir as
regras do isolamento social? Boulos é defensor da quarentena para
todos. Que providências tomou o líder para ajudar os liderados? Ao menos
abrigou algum no amplo sobrado que habita?
Já que não existe quarentena ao relento, o volume de invasões de
terrenos urbanos deveria ter crescido exponencialmente, certo? Como não
se registrou um único pontapé desse gênero na Constituição, das duas,
uma: ou os milhões de sem-teto só existiram na fértil imaginação de
Guilherme Boulos ou todos já têm casa própria.
BLOG ORLANDO TAMBOSI
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