sábado, 2 de maio de 2020

Comércio estima queda de 36% nas vendas para o Dia das Mães


De acordo com a Fecomércio-BA, as vendas do setor varejista, para o período, devem cair 36% em relação a 2019. Em valores, as perdas devem ser de cerca de R$ 500 milhões

Tribuna da Bahia, Salvador
02/05/2020 06:50 | Atualizado há 6 horas e 10 minutos
   
Foto: Reginaldo Ipê / Tribuna da Bahia
Por: Yuri Abreu

Considerada a segunda data mais importante do varejo nacional, o Dia das Mães, em 2020, deverá sofrer um forte impacto por conta da pandemia da Covid-19. De acordo com a Fecomércio-BA, as vendas do setor varejista, para o período, devem cair 36% em relação a 2019. Em valores, as perdas devem ser de cerca de R$ 500 milhões.
De acordo com Guilherme Dietze, consultor econômico da entidade, as quedas mais relevantes devem ser das atividades que tiveram que manter suas portas fechadas devido ao decreto de quarentena. Segundo o especialista, as lojas de móveis e decoração devem ter uma retração de 90%. Na sequência, vem o comércio de eletroeletrônicos com expectativa de recuo de 78% em relação ao mesmo período do ano passado. Já a retração esperada para o varejo de vestuário, tecidos e calçados é de 71%.
Por outro lado, os setores que estão com expectativas menos pessimistas são os básicos de consumo, farmácias e supermercados, com quedas de 6% e 3%, respectivamente. Após a Páscoa ter sido também bastante atingida pela crise provocada pela Covid-19, com dados preliminares de retração de 5,9%, a expectativa negativa também se impõe sobre o Dia das Mães.
Para o presidente do Sindicato dos Lojistas de Salvador (Sindilojas), Paulo Mota, mesmo faltando pouco mais de uma semana para a data, ele ainda considera uma incógnita os resultados que podem acontecer. Conforme ele, o desempenho pode ser menos desastroso se o prefeito ACM Neto flexibilizar o funcionamento do comércio.
“Neste momento é uma incógnita, pois estamos dependendo do prefeito liberar o funcionamento do comércio a partir do dia 04 de maio. Se acontecer, temos expectativa de movimento moderado, nos shoppings. Já quanto o comércio de rua, depende dessa expectativa moderada a liberação total das lojas e não só as até 200 m²”, afirmou.
OUTRO CENÁRIO
Mas, se as lojas físicas já estão esperando uma queda acentuada nas vendas, o comércio online vê o período com outros olhos. De acordo com uma empresa de pesquisa e consultoria, que realizou um levantamento de dados publicados sobre consumo na Bahia e no Brasil, a expectativa é a de que as próximas duas semanas serão de crescimento do comércio online e das relações de compras em Salvador.
“Temos visto consumidores fazendo compras online pela primeira vez. Na Bahia, o crescimento dessa modalidade foi de 30% e há espaço para crescer, já que só 49% das empresas locais já se adaptaram a esse modelo de vendas. Essa mudança de comportamento vai manter em crescimento o interesse por smartphones e notebooks”, disse Caroena Alves, estatística e consultora empresarial do grupo. Ela mencionou também que já é possível perceber um interesse maior por itens de conforto para o lar, como pipoqueiras, ventiladores, Smart TVs e itens de cozinha

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