Perderam
a eleição para Bolsonaro porque preferiram atacá-lo em vez de se
perguntarem por que o povo o seguia. Agora, pelo mesmo motivo, caçam
fantasmas e conspiram contra ele.
"Todos
no Brasil têm que entender que estão submissos à vontade do povo
brasileiro. Tenho certeza, todos nós juramos um dia dar a vida pela
pátria. E vamos fazer o que for possível para mudar o destino do Brasil.
Chega da velha política", afirmou.
Bolsonaro falou aos manifestantes que podem contar com ele "para
fazer tudo aquilo que for necessário para que nós possamos manter a
nossa democracia e garantir aquilo que há de mais sagrado entre nós, que
é a nossa liberdade".
Arrepiaram-se, fingidos, os barões
assinalados. Era preciso refletir temor ao autor de frases tão simples e
ao perigo representado por não se sabe bem o quê. Então, acusaram-no de
tossir uma vez e não fazê-lo sobre o cotovelo... Desabituados a usar
palavras que expressem pensamentos reais, viciados com bastidores,
useiros de conchavos e conspirações, grandes autoridades da república
medem o presidente com sua própria escala. Não funciona.Li hoje um artigo em que o autor, advogado e empresário Luiz Carlos Nemetz faz a seguinte resenha de patranhas belicosas do Congresso pilotado por Maia e Alcolumbre contra o presidente.
Deixou
caducar as medidas provisórias do 13º do bolsa família, da carteira
estudantil, da revogação do imposto sindical, da publicação de balanços;
desfigurou completamente o pacote anticrime e de combate à corrupção;
enfraqueceu a operação lava-jato com a lei de abuso de autoridade;
articulou o aumento do fundo partidário e impediu seu uso para combate à
COVID-19; aprovou o orçamento impositivo; não põe em pauta o marco do
saneamento de gastos, da PEC emergencial 186/19 e do pacto federativo;
junto com o Senado não vota a prisão em segunda instância dando chances
para que a nata da aristocracia medieval corrupta não seja investigada,
nem punida e, mesmo quando condenada, saia às ruas e goze a vida com os
bilhões que roubaram.
Agora,
neste exato momento, articula com os seus, a completa desfiguração do
Plano Mansueto, que é um programa de acompanhamento e equilíbrio fiscal,
que, em síntese, visa ofertar aos Estados uma solução para que consigam
equilibrar suas folhas de pagamento e quitem suas despesas mais
urgentes.
É estarrecedor que uma suposta elite dos poderes
Legislativo e Judiciário tenha desvirtuado de tal modo sua percepção
sobre a finalidade do poder que exercem! Nada aprendem das manifestações
da opinião pública que com exaustiva frequência superlota ruas e
avenidas por não encontrar outro canal de expressão.Com mais sensatez e menos presunção, com mais senso de responsabilidade e menos vaidade, com mais amor à pátria e menos amor próprio, haveriam de chegar às câmeras de TV e às páginas de jornal para refletir sobre a estupidez de nossas instituições e sobre as razões de seu próprio descrédito junto à sociedade. Desapreço, aliás, que cresce a ponto de muitos ansiarem por uma ditadura.
Não temam, senhores, por uma ditadura de Bolsonaro. Temam, antes, as consequências de sua ambição, de seus conchavos, de sua fatuidade e de seu desprezo aos cidadãos.
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* Percival Puggina (75), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.
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