Percival Puggina
Os eleitores que venceram o pleito presidencial de 2018 vêm sofrendo um bullying dos poderes de Estado e da grande imprensa. Esta última, especialmente, não se conformou em momento algum com o resultado das urnas. Dezenas de milhões de brasileiros são acusados então, cotidianamente, pelos grandes meios de comunicação, de fanatismo e irresponsabilidade política.
Em tais imputações, essa mídia tem parceria de ministros do STF e de parcela que já se revelou majoritária no Congresso Nacional. Num surto de asnice, qualificam como antidemocrática a manifestação agendada para o dia 15 março.
FORA DAS RUAS – Têm saudade do ancien régime. Não querem que o povo vá à rua. Que aguente calado o bullying a que está submetida sua esperança de um país renovado e melhor.
Cabe bem a pergunta: a tão reverenciada liberdade de opinião não alcança o povo quando ele se manifesta, ordenadamente, em espaço público?
Se o bullying midiático incomoda o cidadão, que dizer-se do próprio presidente, atacado em três turnos, sete dias por semana, pelos protagonistas da cena política? Ora é a grande imprensa cuja tarefa, “around the clock”, consiste em atingir o governo com todas as suas forças.
OS AGRESSORES – Ora são ministros do STF que, indignados com as prisões dos endinheirados corruptos e corruptores, réus confessos que causaram terríveis danos ao país e que ainda estão a devolver bilhões em dinheiro roubado, abrem-lhes as portas da liberdade e esbofeteiam a roubada nação.
Ora, são os congressistas, a fazer pirraça e a dar “lições” ao governo, derrubando seus vetos, deixando vencer medidas provisórias, deturpando projetos do Executivo para fazer com que seus efeitos sejam o oposto do pretendido pelo governo.
Esses revides legislativos ocuparam muito da pauta do Congresso no ano de 2019!
REDES SOCIAIS – De um modo bem seletivo, essa engrenagem e o respectivo bullying vão direcionados, também, aos membros do governo que, por suas responsabilidades de gestão, expressam convicções com palavras e atos.
Porém, – “Ah, porém!” – existem as redes sociais. Graças a elas, democratizou-se o direito à informação e a liberdade de expressão se tornou efetiva para 127 milhões de brasileiros com acesso à Internet. Foi assim que, dentre eles, milhões se descobriram conservadores, que outros milhões se reconheceram liberais e passaram, todos, a ter vida intelectual e política inteligente e independente. Foi assim, também, que a grande mídia, tornada militante, passou a afundar no descrédito.
Deliberadamente, confunde com “ataque ao Congresso e às instituições democráticas” a crítica aos congressistas. Deliberadamente, silencia diante de parlamentares corruptos, protetores de corruptos e vendilhões dos próprios votos. Deliberadamente, contradiz seu próprio discurso de décadas contra emendas parlamentares e compra de apoio no parlamento. E se torna importante incentivadora da mobilização para o dia 15 de março.
NOVAS PEDALADAS – Nesse clima cada vez mais azedo entre Bolsonaro e o Congresso, por conta do apoio que ele sinalizou para a manifestação contra os demais poderes, a equipe econômica ficará sem argumentos para pedir justamente um crédito para salvar o presidente de um processo de impeachment por um crime tão grave quanto as pedaladas fiscais que derrubaram Dilma Rousseff.
O governo não pode gastar mais do que arrecadada e, muito menos, emitir dívida pública para cobrir o pagamento de despesa corrente, como salários, aposentadorias, de acordo com a Constituição.
IMPEACHMENT– A regra de ouro, curiosamente, vem sendo criticada atualmente. Antes, ela não aparecia porque esse problema não era tão evidente. Começou a ser mais explícita quando o desequilíbrio das contas públicas beirou a insustentabilidade. Alguns tentam acabar com ela, mas não adianta atacar o remédio.
O melhor é focar na causa: cortar gasto público de um Estado gigante e ineficiente. Mas, pelo andar da carruagem, nem mesmo a reforma administrativa, que poderia ajustar um pouco esse quadro, deve sair.
Os eleitores que venceram o pleito presidencial de 2018 vêm sofrendo um bullying dos poderes de Estado e da grande imprensa. Esta última, especialmente, não se conformou em momento algum com o resultado das urnas. Dezenas de milhões de brasileiros são acusados então, cotidianamente, pelos grandes meios de comunicação, de fanatismo e irresponsabilidade política.
Em tais imputações, essa mídia tem parceria de ministros do STF e de parcela que já se revelou majoritária no Congresso Nacional. Num surto de asnice, qualificam como antidemocrática a manifestação agendada para o dia 15 março.
FORA DAS RUAS – Têm saudade do ancien régime. Não querem que o povo vá à rua. Que aguente calado o bullying a que está submetida sua esperança de um país renovado e melhor.
Cabe bem a pergunta: a tão reverenciada liberdade de opinião não alcança o povo quando ele se manifesta, ordenadamente, em espaço público?
Se o bullying midiático incomoda o cidadão, que dizer-se do próprio presidente, atacado em três turnos, sete dias por semana, pelos protagonistas da cena política? Ora é a grande imprensa cuja tarefa, “around the clock”, consiste em atingir o governo com todas as suas forças.
OS AGRESSORES – Ora são ministros do STF que, indignados com as prisões dos endinheirados corruptos e corruptores, réus confessos que causaram terríveis danos ao país e que ainda estão a devolver bilhões em dinheiro roubado, abrem-lhes as portas da liberdade e esbofeteiam a roubada nação.
Ora, são os congressistas, a fazer pirraça e a dar “lições” ao governo, derrubando seus vetos, deixando vencer medidas provisórias, deturpando projetos do Executivo para fazer com que seus efeitos sejam o oposto do pretendido pelo governo.
Esses revides legislativos ocuparam muito da pauta do Congresso no ano de 2019!
REDES SOCIAIS – De um modo bem seletivo, essa engrenagem e o respectivo bullying vão direcionados, também, aos membros do governo que, por suas responsabilidades de gestão, expressam convicções com palavras e atos.
Porém, – “Ah, porém!” – existem as redes sociais. Graças a elas, democratizou-se o direito à informação e a liberdade de expressão se tornou efetiva para 127 milhões de brasileiros com acesso à Internet. Foi assim que, dentre eles, milhões se descobriram conservadores, que outros milhões se reconheceram liberais e passaram, todos, a ter vida intelectual e política inteligente e independente. Foi assim, também, que a grande mídia, tornada militante, passou a afundar no descrédito.
Deliberadamente, confunde com “ataque ao Congresso e às instituições democráticas” a crítica aos congressistas. Deliberadamente, silencia diante de parlamentares corruptos, protetores de corruptos e vendilhões dos próprios votos. Deliberadamente, contradiz seu próprio discurso de décadas contra emendas parlamentares e compra de apoio no parlamento. E se torna importante incentivadora da mobilização para o dia 15 de março.
NOVAS PEDALADAS – Nesse clima cada vez mais azedo entre Bolsonaro e o Congresso, por conta do apoio que ele sinalizou para a manifestação contra os demais poderes, a equipe econômica ficará sem argumentos para pedir justamente um crédito para salvar o presidente de um processo de impeachment por um crime tão grave quanto as pedaladas fiscais que derrubaram Dilma Rousseff.
O governo não pode gastar mais do que arrecadada e, muito menos, emitir dívida pública para cobrir o pagamento de despesa corrente, como salários, aposentadorias, de acordo com a Constituição.
IMPEACHMENT– A regra de ouro, curiosamente, vem sendo criticada atualmente. Antes, ela não aparecia porque esse problema não era tão evidente. Começou a ser mais explícita quando o desequilíbrio das contas públicas beirou a insustentabilidade. Alguns tentam acabar com ela, mas não adianta atacar o remédio.
O melhor é focar na causa: cortar gasto público de um Estado gigante e ineficiente. Mas, pelo andar da carruagem, nem mesmo a reforma administrativa, que poderia ajustar um pouco esse quadro, deve sair.
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