quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

Regina Duarte aceita o convite de Jair Bolsonaro e vai pacificar o setor da Cultura


Regina Duarte saindo da reunião com o presidente Jair Bolsonaro Foto: Jorge William / Agência O Globo
Regina Duarte ficou satisfeita com a reunião na Presidência
Deu no G1
A atriz Regina Duarte afirmou nesta quarta-feira (29), após encontro com o presidente Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto, que aceitou o convite para assumir a Secretaria Especial da Cultura. Ao deixar o palácio, no fim da tarde, a atriz afirmou aos jornalistas: “Sim, tá? Só que agora vão correr os proclamas antes do casamento”, em referência a metáforas de matrimônio usadas pelo presidente.
A nomeação oficial de Regina Duarte ainda terá de ser publicada no “Diário Oficial da União”. Indagada sobre quando vai ser o “casamento”, fez sinal com os braços de que não sabe.
ALTO NÍVEL – “Trata-se de um reforço do mais alto nível para compor o time do governo federal. Turismo e Cultura são atividades com uma forte sinergia que mostram ao mundo o que o Brasil tem de melhor, além de terem um alto potencial de geração de emprego e renda em nosso país e é sob essa perspectiva que trabalharemos fortemente”, afirmou o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, ao qual a secretaria é subordinada.
A atriz desembarcou em Brasília no início desta quarta e falou brevemente com os jornalistas. Na ocasião, disse que havia um protocolo a ser seguido e que não poderia falar mais sobre o assunto.
Disse apenas que o “noivado” foi excelente, em referência às conversas com o governo.
EX-MINISTÉRIO – A Secretaria da Cultura herdou as atividades do antigo Ministério da Cultura, extinto pelo presidente. O órgão estava sem comando desde o último dia 17, quando o ex-secretário, Roberto Alvim, foi demitido por Bolsonaro.
Alvim caiu após a repercussão negativa de um discurso em que usou frases semelhantes às usadas por Joseph Goebbels, ministro da Propaganda do governo de Adolf Hitler, na Alemanha nazista.
Na mesma semana da demissão de Alvim, Regina teve um encontro com Bolsonaro no Rio de Janeiro e foi convidada para assumir a pasta. Na oportunidade, ela disse que estava “noivando” com o governo e que queria ir a Brasília conhecer mais sobre o cargo.
CARREIRA COMO ATRIZ – Regina Duarte estreou na televisão em 1965 aos 18 anos na novela “Deusa Vencida”, da Excelsior. Em 1969, fazia seu primeiro trabalho na Globo, em “Véu da Noiva”.
Três anos depois, se consagrou em “Selva de Pedra”, ao interpretar uma artista plástica com dupla identidade, Simone Marques.
Em 1975, voltou ao teatro, onde havia começado a carreira. Na peça “Réveillon”, buscava romper com a imagem de boa moça conquistada com seus personagens na TV. Depois de um período fora da emissora, voltou à Globo em 1985 para interpretar seu papel mais conhecido, a viúva Porcina, de “Roque Santeiro”.
PROTAGONISTA – Após participações em séries, emendou dois de seus trabalhos mais conhecidos, “Vale tudo” (1988), de Gilberto Braga, e “Rainha da sucata” (1990), em uma protagonista escrita especialmente para a atriz.
Entre breves interrupções para voltar aos palcos, ainda teve tempo para interpretar três Helenas nas novelas de Manoel Carlos, “História de amor” (1995), “Por amor” (2006), na qual contracenou com a filha Gabriela, e “Páginas da vida” (2006).
No cinema, trabalhou em filmes como “Lance maior” (1968), “Além da paixão” (1985) e “Gata velha ainda mia” (2014).

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