Pedro do Coutto
Foi o que exatamente aconteceu na tarde de terça-feira quando o governo Jair Bolsonaro escolheu e escalou Renato Vieira como o personagem principal pela crise que desabou no INSS, da qual as filas nos postos de atendimento tornaram-se extremamente longas, como se percebe existir uma série de responsáveis pelo problema. Mas o governo teria de escolher um, e foi inclusive esta a versão apresentada por Rogério Marinho, secretário da Previdência, ao anunciar a demissão.
Reportagem de Renata Vieira e Manoel Ventura, em O Globo de ontem, expõe nitidamente o que aconteceu nas sombras da Esplanada de Brasília.
RESPOSTA RÁPIDA – Rogério Marinho afirmou que na avaliação do Governo Bolsonaro era necessário dar uma resposta rápida ao desgaste provocado pela acumulação de 2 milhões de requerimentos para busca de direitos e também de benefícios. Separei estes dois pontos porque, por exemplo, aposentadoria é um direito, enquanto outras concessões são benefícios.
Do total de 2 milhões de requerimentos, 1.500 referem-se a pedidos de aposentadorias. Não há explicação lógica para uma fila decorrente da entrada em vigor no mês de novembro da reforma da previdência. Na minha opinião Renato Vieira não pode ser o único culpado, pois ele não se encontra nos balcões de atendimento que existem em todo o país.
SISTEMA FALIDO – Parece até que, ao anunciar a demissão, Rogério Marinho, que é ex-deputado federal, colocou o foco em uma só pessoa e não num sistema que se tornou ainda mais sobrecarregado em face da reforma previdenciária.
Certamente um fluxo de requerimentos buscando aposentadoria cresceu substancialmente antes de novembro, quando a reforma entrou em vigor. Criou-se um clima de incerteza e isso fez com que 13 mil funcionários do INSS se aposentassem desfalcando o trabalho do Instituto. Renato Vieira tornou-se um ator escolhido para representar o papel de culpado.
OUTRO ASSUNTO – O Globo também publicou ontem que a dívida federal cresceu 9,5% de 2018 para 2019, atingindo 4,2 trilhões de reais. Este montante supera até o próprio orçamento da União para este ano, da ordem de 3,6 trilhões de reais. Em cima de 4,2 trilhões de reais incide a taxa SELIC de 4%a/a. O endividamento objeto da matéria não inclui as dívidas dos estados e municípios, o que acrescenta significativa parcela de mais um trilhão.
O ministro Paulo Guedes afirmou que o crescimento de 9,5% da dívida estava dentro das previsões para 2020. Mas é um problema crucial, que não pode continuar sem solução.
Foi o que exatamente aconteceu na tarde de terça-feira quando o governo Jair Bolsonaro escolheu e escalou Renato Vieira como o personagem principal pela crise que desabou no INSS, da qual as filas nos postos de atendimento tornaram-se extremamente longas, como se percebe existir uma série de responsáveis pelo problema. Mas o governo teria de escolher um, e foi inclusive esta a versão apresentada por Rogério Marinho, secretário da Previdência, ao anunciar a demissão.
Reportagem de Renata Vieira e Manoel Ventura, em O Globo de ontem, expõe nitidamente o que aconteceu nas sombras da Esplanada de Brasília.
RESPOSTA RÁPIDA – Rogério Marinho afirmou que na avaliação do Governo Bolsonaro era necessário dar uma resposta rápida ao desgaste provocado pela acumulação de 2 milhões de requerimentos para busca de direitos e também de benefícios. Separei estes dois pontos porque, por exemplo, aposentadoria é um direito, enquanto outras concessões são benefícios.
Do total de 2 milhões de requerimentos, 1.500 referem-se a pedidos de aposentadorias. Não há explicação lógica para uma fila decorrente da entrada em vigor no mês de novembro da reforma da previdência. Na minha opinião Renato Vieira não pode ser o único culpado, pois ele não se encontra nos balcões de atendimento que existem em todo o país.
SISTEMA FALIDO – Parece até que, ao anunciar a demissão, Rogério Marinho, que é ex-deputado federal, colocou o foco em uma só pessoa e não num sistema que se tornou ainda mais sobrecarregado em face da reforma previdenciária.
Certamente um fluxo de requerimentos buscando aposentadoria cresceu substancialmente antes de novembro, quando a reforma entrou em vigor. Criou-se um clima de incerteza e isso fez com que 13 mil funcionários do INSS se aposentassem desfalcando o trabalho do Instituto. Renato Vieira tornou-se um ator escolhido para representar o papel de culpado.
OUTRO ASSUNTO – O Globo também publicou ontem que a dívida federal cresceu 9,5% de 2018 para 2019, atingindo 4,2 trilhões de reais. Este montante supera até o próprio orçamento da União para este ano, da ordem de 3,6 trilhões de reais. Em cima de 4,2 trilhões de reais incide a taxa SELIC de 4%a/a. O endividamento objeto da matéria não inclui as dívidas dos estados e municípios, o que acrescenta significativa parcela de mais um trilhão.
O ministro Paulo Guedes afirmou que o crescimento de 9,5% da dívida estava dentro das previsões para 2020. Mas é um problema crucial, que não pode continuar sem solução.
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