Coluna de Alexandre Garcia, publicada pela Gazeta do Povo:
O presidente Jair Bolsonaro está voltando da Índia trazendo na
bagagem 15 acordos muito interessantes sobre as mais diversas áreas. Eu
falei de todos esses acordos no domingo (27). Grandes conquistas da
equipe que foi antecipadamente para o país.
Ainda no último dia, Bolsonaro teve o privilégio de visitar o Taj
Mahal, este monumental túmulo que um potentado fez para a sua mulher
morta. Além disso, o presidente conheceu um país que hoje é o terceiro
do mundo, depois dos EUA e da China.
Esqueçam esse negócio de fritura de Sergio Moro
No domingo (27) foi, para mim, obrigatório assistir o programa
Pânico, da Jovem Pan, porque o entrevistado era o ministro Sergio Moro.
Eu já havia pedido para vocês esquecerem o noticiário sobre a fritura do
ex-juiz.
A história de que iriam tirar a pasta da Segurança Público de Moro
era uma invenção que surgiu do nada. Não há possibilidade disso
acontecer, até o presidente disse que a chance é zero e que o assunto
está encerrado.
Perguntaram para Sergio Moro sobre o assunto e ele revelou que é uma
minoria que estava por trás disso. Eu já tinha dito para vocês que a
situação foi criada por ciúmes, briga por poder e gente se aproveitando
disso para tentar enfraquecer o governo.
Moro é um dos melhores ministro do governo, o que tem a maior
popularidade e o que tem os melhores resultados na área da segurança
pública. O ministro inclusive chegou a falar desses resultados.
Por que o general estava presidente?
O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, deu um telefonema para
o presidente em exercício, general Hamilton Mourão. Depois, sem pedir
licença, o governador divulgou o áudio sem que Mourão soubesse.
Não tinha nada que comprometesse ninguém no áudio. A ligação era um
pedido de apoio ao governo federal por causa dos problemas que as chuvas
vêm causando no estado.
Mas foi falta de ética divulgar a conversa sem a autorização de uma
das partes envolvidas. Mourão chegou a responder dizendo “Witzel, que
fora fuzileiro naval, parece ter esquecido o rigor da ética militar”.
Fofoqueiros inventaram que Bolsonaro estava chateado porque o
governador chamava Mourão de presidente. Eu chamaria ele assim também,
Bolsonaro também se ligasse da Índia: isso porque o general é realmente o
presidente.
A Constituição brasileira diz que quando um presidente viaja ele
continua presidente em qualquer lugar do mundo, mas tem outro presidente
no território nacional. Eu já falei aqui sobre a esquisitice do país
ter dois presidente quando o eleito viaja.
Até quando teremos a impunidade para crimes de trânsito?
Aqui em Brasília, no fim de semana, uma mulher de 24 anos matou um
ciclista de 34 anos enquanto ele estava indo para a padaria onde
trabalhava para sustentar uma filha de dois anos.
A jovem, Luzia Ferreira de Assis, não tem habilitação e estava
bêbada. Além disso, ela estava em alta velocidade, o carro ficou todo
estragado. A vítima, Jailson, morreu na faixa própria para ciclistas.
O que aconteceu nas 24 horas seguintes foi: a mulher foi presa, o
bafômetro constatou embriaguez, viram que ela não tinha licença para
dirigir e, mesmo assim, uma juíza de custódia soltou a mulher.
A soltura se deu sem o pagamento de fiança. A juíza disse que a
mulher “não evidenciou periculosidade exacerbada”. Quer dizer que se não
for exacerbada, se for só periculosidade, pode soltar?
Neste momento, a mulher está livre neste momento para pegar outro
carro, sem habilitação, e matar outro ciclista depois de beber. Essa é a
grande questão da impunidade neste país: as autoridades não se dão
conta da grande responsabilidade que têm.
Em nenhum país do mundo essa mulher estaria fora da cadeia. Em alguns
países, o juiz já bateria o martelo sumariamente condenado a pessoa que
cometeu esse homicídio doloso, porque houve a intenção de matar.
BLOG ORLANDO TAMBOSI
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