Entra ano,
sai ano, e as campanhas dos candidatos em tempo de eleição continuam
eivadas de promessas eleitoreiras, e o país continua atrasado. E o pior,
sofrendo malversação interminável do erário público pelos elementos que
o povo confia votando nas urnas eleitorais. Alguns deles, respondendo
inquérito ou já processados, estão acostumados a meter a mão no dinheiro
de forma desonesta, utilizando-se de caixa dois e outros expedientes
fraudulentos. Temos que ter esperança na LAVA JATO que com suas
decisões judiciais, encarcerando muitos corruptos, surta o efeito da
intimidação aos neófitos que entram no exercício da política com o fito
de roubar.
Por outro
lado, o princípio da alternância dos poderes não é considerado! As
figurinhas se repetem nos cargos “públicos” durante décadas. Muitos têm
dez, vinte, trinta e até quarenta anos no senado e câmaras legislativas
de um modo geral. Dois ex presidentes da República que não terminaram o
mandato, sofreram impeachment, um deles é senador da república e a outra
candidatíssima ao senado. A Culpa inicialmente é da própria
Constituição de 1988, que dá azo a indecência dessa natureza colidindo
com preceitos dela própria coadjuvada por julgados absurdos de instância
judicial superior.
Sem querer
falar também das firulas jurídicas que a turma de muitos setores do
judiciário deixa a gente de cabelo em pé. Acresce que as escolas
brasileiras, de níveis desiguais – na sua maioria – não formam os seus
alunos, futuros leitores e eleitores, proporcionando uma visão crítica,
reflexiva e criativa do que vem acontecendo no nosso país. Aceitam os
desmandos com naturalidade e inércia, quase sempre por não abstrair da
importância da pessoa humana no contexto político e social.
Em tempos
de Operação Lava jato e com outras denominações, ainda se percebe nessas
eleições de 2018, verdadeiros tumultos por parte de candidatos que
deságuam em guerra, demonstrando falta de serenidade onde prevalece na
verdade conflitos provocados por muitos deles destilando o sentimento de
ódio. Agem às avessas sem na prática agirem conforme o dizer
aristotélico sobre o exercício da verdadeira política.
E as
pesquisas eleitorais vêm demonstrando uma total ausência de luz – e
falta do mínimo conhecimento do que seja o exercício da política – nas
pessoas que dão opinião nas citadas pesquisas, posto que elas ignoram,
ou fazem que ignoram, ou não estão nem aí, se o “seu” candidato de
preferência é “cordeiro ou dragão”.
A brilhante jornalista Eliane Cantanhêde em 23/09/2018 no Jornal A Tarde, assim se posicionou:
“Vão se
criando dois Brasis. Um se alinha com discurso da bala, da segurança, da
antipolítica, do antipetismo e do conservadorismo de costumes. O outro é
grato às benesses sociais, suscetíveis às promessas populistas,
desconhece a importância do equilíbrio fiscal, acha natural o
aparelhamento do Estado e releva a pregação contra a corrupção. ”
O que “é
grato às benesses sociais”, é réu, como cediço, em Ação de improbidade
administrativa onde responde sobre questões relativas a construção de
ciclovias. Faz-se de desentendido, e, se for eleito, será que exercerá o
múnus público PRO BONO?
Já, o que
desponta em primeiro lugar nas pesquisas, parece que também responde por
algum crime. Vinte e sete anos na função de deputado federal. Militar
da reserva, que se diz de boa cepa, vem angariando o primeiro lugar nas
pesquisas eleitorais e a turma que o apoia confia e acredita que com ele
o Brasil vai entrar nos eixos. Os seus apoiadores não levam em
consideração essas questões pelo fato dele também ser processado.
O Supremo
Tribunal Federal já levantou questão de que quem é réu em algum processo
criminal não pode ser candidato a presidente da república, ou seja, não
seria permitido concorrer ao cargo político mais alto do país. Neste
caso, nenhum dos apontados, pelas pesquisas que estão em primeiro e
segundo lugares não deveriam ser candidatos a presidente da república.
Além de que “Advogada que destruiu a defesa de Lula no TSE, pretende
pedir a impugnação de Haddad (Veja o Vídeo) Leia mais: https://www.jornaldacidadeonline.com.br/noticias”.
Diz a lei: “Partidos não podem substituir candidatos impedidos de
disputar caso as razões para o impedimento sejam anteriores ao registro
da candidatura”. Quem se enquadra nessa situação, hem?
No tocante
ao que afirmou Eliane Cantanhêde – não entendo que foram criados “dois
Brasis”. Com os resultados últimos das pesquisas eleitorais, foram
criados mais dois problemas. Culpa maior do próprio povo que vai na onda
de uns e de outros grupos, e aí vira festa. O povo, na sua grande
maioria, não faz uma avaliação antes de outorgar seu sagrado voto.
Faz parte
desses dois problemas um outro aspecto que se deve levar em
consideração, é a delação premiada de Antônio Palocci que pode estourar e
se tornar pública a qualquer momento. Segundo informações, atingirá em
cheio várias pessoas do meio “político” inclusive ao candidato à
presidência da República que figura em segundo lugar nas últimas
pesquisas eleitorais.
O que não
convence – e é motivo de tristeza – para as pessoas de bom senso
político, são os “projetos” verbais que os candidatos apresentam nas
suas campanhas em rádios, jornais e televisão de forma reiterada. Muitos
deles, se eleitos, esquecem tudo e fazem o que quer e/ou o que querem.
Muitos não fazem nada, só mamam abastecidos com o erário público. A
história está aí desde os tempos de outrora. Os politiqueiros mentem e a
grande massa aceita as mentiras e ainda faz festa para essa turma em
época de eleições. A maioria do povo brasileiro adora uma atividade
lúdica.
A
Constituição Federal ou até lei infraconstitucional deveria prevê
sanções para candidatos com promessas aleivosas repetidas em campanha
eleitoral que no término do mandato não são concretizadas e estabelecer
periodicamente uma avaliação, por órgãos competentes, da atuação de cada
prefeito, vereador, governador, deputado, senador e presidente da
república. Será que muitos deles sabem quais são as suas competências no
exercício da sua missão nas regras estabelecidas?
Mas ainda
está em tempo dos eleitores, que votarão em silêncio, virarem esse jogo
dando preferência nas urnas por um candidato (a) que apesar de não
pontificar nos primeiros lugares das pesquisas eleitorais, divulgadas
até então pela mídia, é na verdade ficha limpa.
Com tudo
que acontece neste país, muito gente se pergunta: Até que ponto as
pesquisas eleitorais são fidedignas? E as urnas eletrônicas, são
confiáveis?
Não é
possível suportar mais quatro anos nesse caminho que nós estamos! É
preciso ordem e progresso! É urgente restabelecê-los mudando “políticos”
por outros bem-intencionados, isso só pode ser feito com o voto sem
paixão e seguro, ou seja, sem pedido ou indicação de outrem. Ainda é
urgente restaurar a equipe do STF e outras instâncias acabando com
indicações de presidente da república e colocando em prática o
concurso público e/ou o merecimento para qualquer instância dos
magistrados existentes.
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