À medida
que o calendário eleitoral avança, e se aproxima o momento do registro
de chapas, é natural que cresça a movimentação de pré-candidatos e
multipliquem-se conversas sobre possíveis alianças, para ampliar o tempo
das legendas no programa eleitoral dito gratuito.
O
estranho é que também influencie movimentos de juízes do Supremo
Tribunal Federal, a mais elevada Corte do país, que precisa se manter
distante de qualquer disputa, inclusive, é claro, as
político-eleitorais, em que há preferências pessoais e ideológicas.
Afinal, não podem pairar dúvidas sobre decisões do STF, por ser a última
instância de mediação de conflitos na sociedade. Ela não pode ser vista
como parcial, por ser árbitro.
Com o
plenário dividido em duas turmas, aconteceu que em uma, na Segunda,
apelidada de “Jardim do Éden”, formou-se uma maioria de “garantistas” —
Toffoli, Lewandowski, Gilmar Mendes — contra Edson Fachin, relator da
Lava-Jato, e o ministro Celso de Mello funcionando de pêndulo. Já na
Primeira, chamada de “Câmara de Gás”, concentram-se “progressistas” —
Luiz Fux, Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes, o “garantista”
Marco Aurélio Mello e a ministra Rosa Weber, que tem cumprido, como
deveria ser regra, a jurisprudência da prisão em segunda instância,
decidida por maioria do plenário, embora tenha sido voto vencido.
BLOG ORLANDO TAMBOSI
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