sábado, 30 de junho de 2018

Prepare-se, esta será a eleição mais emocionante e confusa de todos os tempos


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Charge do Glauco (Arquivo Google)
Carlos Newton
Mesmo com a exclusão de Lula da Silva, que está com os direitos políticos suspensos e não poderá conseguir a certidão de elegibilidade, documento indispensável para registro de candidatura, ainda não se pode fazer uma análise mais precisa do quadro eleitoral, porque o PT continua espalhando fakes news de que o ex-presidente vai disputar a eleição. Com isso, a maioria absoluta do eleitorado (cerca de 51%, segundo o último Ibope) continua indecisa ou já resolveu votar nulo ou em branco, situação confirmada por todos os demais institutos de pesquisa, que têm números até maiores, que chegam a 66%.
Com isso, a eleição fica ainda mais emocionante, porque ninguém sabe o que vai acontecer, não se tem, realmente, a menor ideia, especialmente porque todos os candidatos que mostram ter chance estão cheios de problemas, alguns enfrentam dificuldades que podem até ser intransponíveis.
HORÁRIO NA TV – Para alguns candidatos que realmente estão no páreo, como Jair Bolsonaro (PSL), Marina Silva (Rede), Ciro Gomes (PDT) e Alvaro Dias (Podemos), o maior desafio é conseguir alianças com outros partidos, para aumentar o tempo no rádio e TV.
Apenas Geraldo Alckmin (PSDB), Fernando Haddad (PT) e Henrique Meirelles (MDB) estão tranquilos a esse respeito e sabem que terão tempo suficiente para tentar atrair eleitores no horário gratuito.
Aliás, entre esses três privilegiados, Haddad e Meirelles nem sabem se serão candidatos. O o petista depende de uma decisão de Lula, que mandará o partido apoiá-lo ou investir em Ciro Gomes, enquanto Meirelles depende de Temer, que pode dar a legenda a ele ou não, porque ainda sonha com a reeleição e na segunda-feira até se reuniu com os líderes da Assembléia de Deus, em busca de apoio, acredite se quiser, diria Robert Ripley.
MENAS VERDADE – Até agora, ninguém fechou com ninguém. Tudo está no ar. Somente Alckmin alardeia que já tem apoio de quatro partidos (PSD, PV, PTB e PPS), e Bolsonaro anuncia que só falta o aval do senador Magno Malta para se coligar com o PR . Mas é “menas verdade”, como diria Lula. Nenhum partido fechou acordo para valer. O único que realmente ficou perto foi o PTB. Mas a decisão foi solitária de Roberto Jefferson, sem respaldo da Executiva, e ocorreu antes da desmoralização do partido com a nomeação desfeita de Cristiane Brasil e a entrada apoteótica da Lava Jato no Ministério do Trabalho. 
Embora também tenham hipoteticamente se acertado com Alckmin, os outros três partidos (PSD, PV e PPS) estão tucanamente em cima do muro, de onde só sairão se o candidato do PSDB subir nas pesquisas ou aparecer outro pretendente mais qualificado, digamos assim.

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