Jair Bolsonaro com 17% e Marina Silva com 13%, este seria o desfecho para o segundo turno se a sucessão presidencial fosse hoje. É o panorama apresentado pelo Ibope na pesquisa que realizou por iniciativa da Confederação Nacional da Indústria, se a disputa no primeiro turno fosse realizada hoje. A repórter Catarina Alencastro focalizou o levantamento em O Globo. O Estado de São Paulo também publicou reportagem de destaque, na edição de ontem, sexta-feira.
Com o passar do tempo, a posição dos pré-candidatos não tem se alterado, tanto nas pesquisas do Ibope quanto nas do Datafolha. Os demais candidatos encontram-se muito abaixo de Bolsonaro e Marina. Ciro Gomes e Geraldo Alckmin ambos têm 8%, os demais postulantes ficam contidos em percentagens mínimas. Alvaro Dias pontuou 3%. Flávio Rocha, Manuela D’Avila, Henrique Meirelles têm aenas 1% das intenções de votos, cada um.
BRANCOS E NULOS – A modificação que a pesquisa de agora acentua desloca-se para medição dos votos brancos e nulos, que somam 33%. A pesquisa não considera a faixa de 18 pontos dos que não souberam responder a pesquisa ou não desejaram. Curioso confrontar-se os brancos e nulos de agora com os brancos e nulos da pesquisa anterior, considerando-se o cenário sem Lula, como deve acontecer. Adicionando-se aos 33% a faixa dos que não responderam a pesquisa chegamos a um patamar de 51%. No levantamento anterior estavam em torno de 50% os que naquele momento queriam esterilizar o voto .
A tendência, a partir do momento em que se iniciar o horário gratuito na televisão e no rádio, é reduzir os votos brancos e nulos, como acontece em todas as eleições. Isso não quer dizer entusiasmo por qualquer nome, mas sim a disposição de participar que se destaca à medida em que transcorre a campanha política.
COMPARAÇÃO – Dessa forma devemos confrontar os 33% de hoje com os resultados que vão surgir manhã. É verdade, o fato é que eleitores e eleitoras não votam em quem desejariam, mas de acordo com as opções que o quadro partidário oferece.
Lula, quando incluído na pesquisa, registra 31%. Para onde irá seu eleitorado? Isto até agora representa uma incógnita. A pesquisa, de outro lado, ressalta os índices de rejeição, que são altos principalmente em torno de Bolsonaro e de Lula, se este candidato fosse. Quanto ao presidente atual, o Ibope revelou que o índice de rejeição de Michel Temer passa de 80% contra uma aceitação de apenas 4 pontos.
Tal revelação talvez explique o estacionamento de Henrique Meirelles no primeiro andar, com 1%. Dificilmente ele poderá fazer campanha como candidato do Palácio do Planalto. Temer bateu todos os recordes de impopularidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário