sexta-feira, 27 de abril de 2018

Reação de Moro e delação de Palocci esvaziam a ação da Segunda Turma


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Delação de Palocci reforça provas contra Lula
Pedro do Coutto
Enquanto na terça-feira a Segunda Turma do STF decidia transferir para a Justiça de São Paulo os termos da delação da Odebrecht sobre o sítio de Atibaia, na quinta-feira o ex-ministro Antonio Palocci assinava acordo de delação com a Polícia Federal e o juiz Sérgio Moro reagia com tranquilidade, fazendo praticamente cair no vazio o episódio protagonizado pelos ministros Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowiski. Para chegar a esta conclusão, basta comparar os fatos.
Reportagem de Jailton de Carvalho, edição de O Globo de ontem, destaca o acordo de colaboração firmado entre o ex-ministro da Fazenda e a Polícia Federal. E a delação de Palocci focaliza nitidamente vantagens destinadas ao ex-presidente Lula para que concluísse as obras do sítio de Atibaia, em relação ao qual sempre negou ser de sua propriedade, apesar das evidências em contrário.
MORO REAGE – Na tarde de ontem o juiz Sérgio Moro rebateu frontalmente a decisão da Segunda Turma do Supremo. E disse que o processo quanto ao sítio de Atibaia deve permanecer no foro de Curitiba, sobretudo porque vincula-se ao pagamento de propina pela Odebrecht e Andrade Gutierrez ao ex-presidente da República. Assim, é demolido o argumento da Segunda Turma de que o caso da corrupção na Petrobrás não se vincularia ao juízo da capital do Paraná. A Segunda Turma do STF, evidentemente, não contava com essa mais recente atitude de Antonio Palocci, e tão pouco esperava a reação contrária dos integrantes da força tarefa da Polícia Federal.
São coincidências, mas que revelam uma faixa de atrito percorrida pela Segunda Turma do Supremo, não resultando no afastamento do juiz Sérgio Moro. Moro resistiu à decisão e Palocci firmou o acordo com a Policia Federal, porém este acordo depende de homologação da Procuradoria Geral da República e de sua homologação pelo STF.
RESPOSTA IMEDIATA – Se o STF homologar as confissões do ex-ministro da Fazenda, estará atingindo duramente os três ministros da segunda turma que não levaram em conta a possibilidade de a delação de Palocci incluir a Odebrecht.
Se a Odebrecht for incluída na delação de Palocci, fica neutralizada completamente, sobretudo pela força dos fatos, a resolução da segunda turma da Corte Suprema.
Como se vê, a reação foi imediata e seus reflexos ainda não terminaram.
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