No Brasil do século XXI. sobraram poucos pais e poucas mães. Hoje temos, na maioria, “fazedores de crianças”. Educação? Entregaram à escola. Ensino? Entregaram à escola. Orientação sexual, drogas, bebidas? Entregaram à escola. Portanto, a família, uma instituição falida, entregou tudo à outra instituição falida. Resultado? Uma geração de idiotas!
Alguém dirá: não generalize! É claro que há muitas exceções, mas quando se analisa a sociedade em que vivemos, logo se constata que a maioria das famílias terceirizou às escolas não somente o ensino, mas também a educação de seus filhos. E no final, a maioria diz que a culpa é dos governos que não investem em educação! Fazer o quê?
ENSINO E EDUCAÇÃO – Bem que sei o que precisaria ser feito. Ensino é uma coisa, responsabilidade da escola, mas educação é obra, deve ficar a cargo das famílias e complementada na escola. O diabo é que não tem gente, em quantidade e qualidade, para fazê-lo. Nem pais nem professores, porque “um” espera pelo “outro”, que espera pelo “um”. Fico pensando o que farão com seus filhos, nossos netos! Na verdade, as pessoas parecem ter medo de enfrentar as próprias falhas.
Na década de 90, quando participava de painel em um evento de prefeitos no Rio Grande do Sul, sob o tema “educação”, mostrei alguns problemas que tínhamos como nação, nesse particular. Em dado momento, um dos prefeitos questionou-me: “O palestrante Fallavena só apresenta problemas. Terá alguma solução a propor?”. Respondi que sim, mas ressalvei que a resposta, certamente, não seria bem recebida.
É UM CAMINHO – Naquela oportunidade, mostrei que educação não é propriamente a solução, mas representa o caminho para que muitos problemas sejam solucionados. E mais: queremos punição para os outros, porque só os outros cometem erros e crimes. Ou seja, não queremos mudanças em nossas vidas, mas nas vidas dos outros, e por aí adiante. E conclui que, assim agindo, a única saída seria trocar o povo, já que o país parece ser muito bom.
Quando vejo aqui na Tribuna da Internet a opinião de comentaristas gabaritados como Carlos Frederico Alverga, dizendo que não existe regime de governo ou sistema político que nos sirva, isso reforça a minha opinião. O que nos falta são pessoas, cidadãos qualificados. O resto o país já tem.
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