domingo, 26 de fevereiro de 2017

Na economia, parece que o pior já passou, mas na política faltam as condenações


Resultado de imagem para crise econômica charges
Charge do Bruno Galvão (chargesbruno.blogspot.com)
Flávio José Bortolotto
A presidente petista Dilma Rousseff, por voluntarismo econômico errado ou pensamento econômico mágico, e por ter o azar de enfrentar uma conjuntura internacional depressiva, com forte desaceleração da China, queda brutal de preço de nossas commodities etc., desestabilizou a economia do país em seu primeiro governo. Logo que se reelegeu, sacou sem cerimônias seu ministro Guido Mantega, há quase 9 anos à frente da Fazenda e que tanto a ajudou a ganhar votos, e colocou em seu lugar o economista Joaquim Levy para implementar um plano de estabilização. Não aprovou nada no Congresso e em seguida despachou o ministro da Fazenda da vez, e colocou em seu lugar o economista petista Nelson Barbosa. Também não conseguiu aprovar nada no Congresso, aprofundaram a recessão e o desemprego, e Dilma foi impeachada.
PONTE PARA O FUTURO – Antes de assumir, o então vice-presidente Michel Temer, do PMDB, já havia proposto o plano “Ponte para o Futuro” no qual, simplificadamente, propunha:
1- Teto para os gastos públicos (já aprovado); 2- Reforma dialogada da Previdência; 3- Reforma dialogada das Leis Trabalhistas; 4- Reforma dialogada orçamentária. E tudo está sendo feito conforme o planejado, e com boas chances de aprovação.
Apesar dos pesares, Temer/Meirelles salvaram o Plano Real, a inflação está convergindo para a meta de 4.5%aa, o juro básico Selic está descendente junto com os juros comerciais, o US$ dólar caiu de R$ 4,20 para R$ 3,20, e a recessão e o desemprego estão fortemente desacelerando, a partir do segundo semestre de 2017 devem inverter o sinal e passamos a crescer. Crescimento lento, mas sustentável.
UM BOM RESULTADO – Não nos parece um mau resultado, pelo contrário, dentro da situação dificílima que pegaram, é muito bom resultado.
Quanto à crítica de que o governo contém ministros delatados na Lava Jato, é preciso entender que delatado não é condenado e na política brasileira quase todo mundo é delatado/delator, especialmente depois que a Lava Jato fez delação premiada com 77 delatores da Odebrecht, que envolvem cerca de 300 membros do Congresso, ministros, políticos etc., e não se pode aprovar nada no Congresso sem o apoio dessa gente.
Vamos esperar as condenações na Justiça e que paguem os que têm de pagar. E na economia o pior já passou.
Posted in

Nenhum comentário:

Postar um comentário